sexta-feira, 13 de agosto de 2010

DEZENAS DE FRAUDES DIÁRIAS E UM ROMBO BILHÕES, MAS...


“Perícias médicas são o grande problema do INSS”, diz a superintendente

Foram longas horas de conversa, pingos colocados nos seus lugares, acertos a serem feitos, metas a serem avaliadas, tudo em prol do melhor atendimento possível do público alvo do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Como cenário, o salão Florence do Hotel Jandaia em Sant'Ana do Livramento e como atores principais, os dezenove gerentes executivos do INSS vindos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na cabeceira da mesa, coordenando dos trabalhos, a superintendente do INSS na região Sul do Brasil, Eliane Schmidt, que juntamente com outros quatro superintendentes, tem a missão de coordenar os trabalhos em todo o país e atender a um número gigantesco de beneficiários. Durante toda a manhã de ontem, a portas fechadas, a superintendente ouviu de cada um dos gerentes, relatos da rotina de trabalho em cada uma das agências e uma avaliação do plano de metas proposto pela instituição. Este foi o segundo encontro do ano entre os profissionais e a superintendência, e um terceiro ainda deverá acontecer até o final do ano.

Sistema

Na reunião de avaliação do planejamento da região Sul do país, Eliane Schmidt disse que existem vários pontos positivos e muitas dificuldades. Entre os pontos considerados críticos pelos gerentes e relatados à superintendente, o sistema de informações é o líder em reclamações. "Temos hoje muitas dificuldades, pois como trabalhamos hoje apenas com computadores, muitas vezes o sistema sai do ar ou fica muito lento e acaba prejudicando o atendimento que queremos dar aos segurados.Temos condições, com o sistema funcionando bem, em até trinta minutos estar com os dados corretos e o sistema funcionando perfeitamente. Muitas vezes o sistema não nos permite isso e as pessoas acabam demorando mais do que o necessário dentro da agência e não entende o porquê do servidor estar ali parado sem poder dar respostas rápidas", disse ela. Eliane Schmidt afirmou, ainda, que já estão sendo concluídos alguns programas que têm como objetivo melhorar e dar mais agilidade diminuindo ainda mais o tempo de espera dos segurados nas agências em todo o país. "Estamos aguardando. Isso já deveria ter sido entregue no mês de março, mas a empresa atrasou porque tem uma série de fatores e muitos deles relacionados ao mercado. Quando estiver tudo pronto, vamos sair definitivamente desta situação, pois é justamente o que as pessoas querem e também o nosso maior desejo, o de prestar sempre, e cada vez melhor, o atendimento à população", afirmou.

Segurança, médicos e perícias

Um dos pontos mais críticos anotados pelos gerentes e também pela superintendente do INSS, está diretamente relacionado aos peritos. "Estamos vivendo atualmente um conflito grande e importante com os peritos médicos. Esse conflito se dá porque no ano passado a Associação Nacional dos Médicos fez uma operação padrão em que os profissionais se recusam a cumprir o trabalho que está agendado e adotam uma série de medidas que alongam muito a nossa agenda de atendimento. Para completar essa problemática, no final de junho os médicos peritos entraram em greve por que o presidente Lula vetou o pedido de redução da jornada de trabalho para seis horas, querendo continuar ganhando como se ainda estivessem cumprido oito horas. Eles se revoltaram com o veto do presidente que achou injusta a reivindicação com os demais que precisam trabalhar oito horas", relatou Eliane. Ela disse, ainda, que está em curso uma operação padrão e uma greve que está comprometendo o ritmo das perícias, além de afirmar que a justiça decretou a legalidade da greve. "Espero que em breve consigamos normalizar as perícias médicas que é o que a população mais precisa e procura", salientou. Com relação às questões relacionadas a segurança nas agências do INSS instaladas em toda a região Sul do país, Eliane Schmidt destacou que a área de perícia médica, por ter uma série de conflitos, recebeu um significativo investimento na área. 'Eventualmente acontece da pessoa se alterar, mas isso não constitui na necessidade de uma mudança maior do que a que atualmente temos. Temos porta com detector de metal e o dobro de vigilantes. Temos adotado uma postura preventiva, mesmo que alguns profissionais discordem. Queremos prestar um atendimento tão bom que as pessoas não precisem sair do seu estado normal e necessitemos intervir ou reforçar o nosso sistema de segurança", frisou

Estrutura

Ao ser questionada sobre o fato da população brasileira estar crescendo e envelhecendo ao mesmo tempo, fazendo aumentar a necessidade de investimento na estrutura das agências, a superintendente disse que a estrutura das 1.200 unidades de atendimento é considerada boa. "Estamos em um momento de interiorização da Previdência, de crescimento”, disse. A superintendente afirmou, também, que outras 720 unidades estão em construção e deverão ser entregues até o final de 2011. "Estamos trabalhando com obras em cidades que tenham acima de 20.000 habitantes, interiorizando, readequando as nossas agências. No atendimento de aposentadoria, estamos desenvolvendo um sistema que vai automatizar e permitir, daqui há alguns anos, que as pessoas possam requerer pela internet e receber uma carta em casa dizendo que a pessoa está aposentada e qual banco vai receber o benefício", relatou ela.
A fazer um balanço do encontro em Sant’Ana do Livramento, a superintendente afirmou que a perícia médica é um problema crônico, mas considera que das metas propostas desde o começo do ano, a grande maioria foi atendida e cumprida.

FONTE: www.aplateia.com.br/geral.php

3 comentários:

Anônimo disse...

Será que a escolha da localidade da reunião dos poderosos gerentes da economia do povo mais simples do Pais tem a ver com o free-shop da cidade?
Talvez seja para fazer umas comprinhas amigas de coisicas baratinhas, perfumes, uisques, quinquilharias eletrõnicas ou coisas mais excitantes, talvez pó de arroz.
Será que tem algo a ver com as reuniões e cursinhos de vereadores sempre em cidades turísticas ou em áreas de fronteira,como noticiam os jornais do RS?
Essas pessoas são mesmo muito malandras e ainda por cima jogam a conta para os peritos médicos enquanto vão se locupletando com as diárias régias pagas pelos contribuintes.
Aí então o jornal localista não pergunta nada a eles a respeito da escolha de uma cidade "tão central" na superintendência do Sul. Será que é para economizar o dinheiro público que se marca uma reunião para uma região que não tem sede de GEX? Será que é para alavancar o comércio legal e ilegal existente na cidade?
Com a palavra a CGU, TCU e MPU.
Que imprensa investigativa temos.
Que bons e eficientes órgãos de controle...

Firewall40 disse...

perito médico é culpado por tudo mesmo, o idiota do carlos gabas não generalizou dizendo que temos salario de 14 mil reais? quando essa realidade é o fim da carreira???? que idiota!!!

Firewall40 disse...

essa superintendente idiota!!! queria ela ser médica com certeza, como não pôde, é mais uma frustrada que tenta nos atingir pra diminuir o impacto de sua incapacidade mental que nãolhe logrou exito numa carreira médica.