segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

O FRANORGANOGRAMA DE ANDRÉ MOURA - OCUPAÇÃO ESTRANGEIRA DO INSS


A análise do atual organograma do INSS não deixa dúvidas da verdadeira invasão estrangeira que o INSS enfrenta desde que o Deputado André Moura (PSC-SE) tomou para si as indicações para cargos desta autarquia, que originalmente pertenciam ao seu partido, PSC, na divisão política do Novo Governo.

Apesar de só ter atrapalhado o Governo e de não ter garantido a entrega dos votos necessários para a Reforma da Previdência, Moura já conseguiu emplacar 35 cargos dentro do INSS, do Presidente Francisco Lopes até faxineiros, incluindo uma bailarina que será a coordenadora de carreiras da DGP. 

A bailarina é o símbolo da (indi)gestão de Moura dentro do INSS: Ao ser alocada para coordenar as carreiras do INSS, não sabemos se é para dar o baile nos servidores ou se é apenas o canto do cisne da reforma da previdência que Moura não conseguiu aprovar na Câmara dos Deputados.

Conforme as planilhas em anexo, além dos 35 cargos já ocupados, o potencial de ocupação chegará a mas de 60 cargos apenas na alta direção do INSS. A única diretoria composta apenas de servidores do INSS, atualmente, é a DIRSAT. Até universitários de 20 anos estão ocupando cargos na Diretoria Central do INSS.

Moura já tem mais cargos no INSS do que votos para a Reforma da Previdência. Difícil encontrar algum deputado com tantos cargos na máquina pública como ele, atualmente. A Reforma não veio esse ano, dificilmente virá ano que vem. A única reforma da previdência existente é a feita pelos peritos do INSS nas revisões e melhora dos fluxos de trabalho.

Pelo revelado ontem pela ANMP, os planos de Fran-Moura são a ocupação total do INSS. Vamos permitir isso?

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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

CUBANADAS ETERNAS


Este blog fez sucesso nacional em 2014 quando iniciou a série "Cubanadas na Medicina" onde denunciávamos a má qualidade e a questionável formação médica dos cubanos e demais estrangeiros trazidos pelo Programa Mais Médicos, criado pela então Presidente Dilma para servir de pretexto de financiar a ditadura cubana. Fomos pioneiros nas críticas aos Mais Médicos, na época rendeu até reportagem de televisão.



Até hoje recebemos comentários sobre postagens da época, mas esta merece uma resposta. A cidadã identificada como "Nadja de Lima" comentou:

Nadja De Lima deixou um novo comentário sobre a sua postagem "CUBANADAS FATAIS - FUROSEMIDA INALATÓRIA PARA BRONCOESPASMO.": 
Só idiota publica sem pesquisar primeiro no pubmed...
Crit Care. 2014; 18(6): 621.
Published online 2014 Nov 24. doi: 10.1186/s13054-014-0621-y
PMCID: PMC4241398
Effectiveness of inhaled furosemide for acute asthma exacerbation: a meta-analysis
Ryota Inokuchi,corresponding author Ai Aoki, Yuta Aoki, and Naoki Yahagi 

De fato, o supra-citado artigo achou relevância estatística entre o diurético furosemida, dado de forma inalatória, e reversão de broncoespasmo asmático. Só tem dois poréns para a leitora Nadja:

1) A matéria foi publicada em maio de 2014 e este artigo saiu em novembro de 2014, logo, só idiota pode achar que uma crítica feita ANTES da publicação de um estudo inovador possa ser idiota.

2) Analisando o artigo, ele escolhe apenas 6 estudos, de 125, onde os pesquisadores comparam furosemida inalatória x placebo. Sim, isso mesmo que você leu: pesquisadores tiveram a capacidade de dar placebo para pessoas com asma em ataque. Onde está a ética desses pesquisadores? Que tipo de comissão de bioética aprova tais estudos? Óbvio que comparar um fármaco qualquer, com nada, o fármaco leva alguma vantagem.

Por isso este artigo foi amplamente ignorado pela comunidade científica. Os verdadeiros estudos que querem verificar eficácia de remédios para asma comparam o remédio testado com o padrão ouro, no caso os beta2 agonistas, por exemplo. Nesses estudos, a furosemida fracassa:

Medline ® Abstracts  of  'Management of acute exacerbations of asthma in adults':

Nebulized furosemide has been studied both as prophylactic treatment for patients with exercise-induced bronchoconstriction and as therapy for acute asthma. However, the therapeutic value of this intervention, if any, appears limited. Small early studies reported that nebulized furosemide in combination with albuterol was safe, well tolerated, and resulted in significantly improved peak expiratory flow rates compared with albuterol alone. However, subsequent larger trials have not noted a significant clinical benefit when nebulized furosemide was used in conjunction with albuterol or compared to placebo.

PubMedTIInhaled furosemide in the treatment of acute exacerbations of asthmaAUHinckley JB SOAcad Emerg Med. 2000;7(10):1167. Inhalation of the loop diuretic furosemide has been found to protect against challenges with bronchoconstrictive agents. OBJECTIVE: To determine if furosemide has any objective and/or subjective therapeutic effect on adult patients with acute exacerbations of asthma, above and beyond the effects of B2 agonists and oral glucocorticoids. METHODS: 35 adult patients with acute exacerbations of asthma were randomized and recruited into the study if they had a prior history of asthma, and<10 pack-year smoking history, had not received pre-hospital B2 agonists, were not pregnant, and had no sulfonamide allergy. A double blind study design was employed. One group received albuterol 5 mg with placebo and one group received albuterol 5 mg with furosemide 40 mg in their nebulizer. Both groups received prednisone 80 mg po. PEFRs were obtained before initiation of treatment and 30 and 60 minutes thereafter. A 10 point dyspnea scale was also employed at initiation of treatment and 30 and 60 minutes thereafter. Physicians were permitted to give rescue albuterol treatments as deemed necessary. RESULTS: There was no difference in the treatment arms with respect to PEFR, dyspnea score, or number of rescue albuterol treatments at 30 and 60 minutes. CONCLUSIONS: We found no statistical benefit to adding furosemide to a regimen consisting of prednisone and optimal doses of B2 agonist. We conclude that there is not a current role for furosemide in acute exacerbations of asthma.ADOUCOM / Doctors Hospital, Columbus, OH. PMID11015263
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PubMedTIFurosemide plus albuterol compared with albuterol alone in children with acute asthma.AUGonzález-Sánchez R, Trujillo-Hernández B, Huerta M, Vásquez C, Trujillo X SOAllergy Asthma Proc. 2002;23(3):181. Several reports have shown that inhaled furosemide protects patients with asthma from different bronchoconstrictor agents. However, the effect of this widely used diuretic in acute exacerbation in adults is unproven. There are no reports of furosemide's therapeutic effect in acute asthma in children; thus, the objective of this study was to determine the effectiveness of the combined treatment of furosemide and albuterol in pediatric patients. Using a double-blind design, 20 emergency room patients with an asthmatic exacerbation were studied and randomly assigned to one of the following treatments: (1) furosemide + albuterol (1 and 0.15 mg/kg, respectively) or (2) albuterol (0.15 mg/kg). The forced expiratory volume in one second (FEV1) was measured in each patient before medication and then 30 and 60 minutes after inhalation of the individual drug or drug combination. Neither group differed in age or baseline FEV1. An increase in FEV1 of 22.8 +/- 4.3% (mean +/- SE) in the drug combination group was noted at 60 minutes, and an increase in FEV1 of 18.0 +/- 2.6% in the albuterol group was obtained at the same time. Although the increase in FEV1 was greater in the first group after 1 hour of treatment, this was not significant. These results suggest that inhaled furosemide does not have a synergistic effect with albuterol in the treatment of asthmatic exacerbations in children.ADServicio de Pediatría, Hospital del Instituto Mexicano del Seguro Social, Manzanillo, Colima, México. PMID12125505

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PubMedTIUsefulness of inhaled furosemide in a bronchial asthma attack.AURodríguez Vázquez JC, Pino Alfonso PP, Gassiot Nuño C, Páez Prats I SOJ Investig Allergol Clin Immunol. 1998;8(5):290. Furosemide administered through repeated dose inhalation has antiinflammatory effects on the airways. We carried out a study to measure the adjuvant effect of this drug with salbutamol inhalation in asthmatic patients presenting an acute or chronic asthma attack. We studied 50 patients, 25 of whom were given salbutamol (0.5%-1 cc) every 12 h and placebo every 12 h. All patients underwent spirometry on the first day and at the end of the treatment (5 days). Peak flow was recorded twice a day as well as daily diuresis and body weight. Peak flow in the morning increased 13.8 l/min in the group given salbutamol and placebo; in group given furosemide, the increase was 2.2 l/min, with statistically significant differences. Peak flow in the evening showed no sizeable differences. The same was true with spirometric variables (FVC, FEV1 and FEF 25-75), which improved greatly in both groups, but without a considerable difference. Diuresis increased in the group given furosemide (510.80 ml; in the group given placebo the increase was 310.20) without a significant difference. Analysis of body weight showed that in the group given furosemide average weight decreased from 140.4 to 138.5 lbs (52.4 to 51.7 kg); in the group given placebo, it increased from 130.3 to 132.6 lbs (48.6 to 49.5 kg). Statistical analysis was significant. We concluded that administering furosemide by inhalation for 5 days as adjuvant treatment to salbutamol in patients presenting with acute or chronic asthma attack is not superior to treatment using salbutamol and placebo.ADPneumonology Service (Library), Hermanos Ameijeiras Hospital, Havana, Cuba. PMID9827425 

Portanto, esperamos que a leitora Nadja de Lima seja menos idiota em seu próximo comentário.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

PROCURA-SE QUEM NOMEIA O PROCURADOR

Pela Lei, a indicação dos procuradores federais junto às autarquias da União se dá através de indicação da Advocacia-Geral da União. Sempre foi assim, mas o INSS parece acometido de alguma síndrome rara onde procura-se quem nomeia o procurador.

Vago há 6 meses, a Procuradora-Geral Especializada (PFE) junto ao INSS está aos pedaços. Sei organograma parece um queijo-suíço. As pessoas que lá estão se viram para deixar a casa de pé, no vácuo de chefia inédito na história do INSS.

Nomeado após a exoneração do antigo Procurador-Chefe, o Corregedor-Geral do INSS, Ricardo Panquestor, ficou de forma inédita ocupando dois cargos antagônicos (Corregedor e Procurador) mas teve esse dilema rapidamente resolvido quando foi abatido por uma publicação da Veja que derrubou em um strike 4 diretores do INSS. Acabou ficando apenas no cargo de Corregedor, onde enfrenta um outro dilema, pois as graves acusações da Revista mereceriam um processo administrativo disciplinar  para dirimir as dúvidas levantadas pela imprensa, mas como fazer um auto-PAD?

Voltando ao assunto, a PFE está sem nome há 6 meses. Soubemos que a AGU indicou um nome, o de Elvis Galera Garcia, procurador de larga experiência e atual Coordenador Geral de Planejamento e Gestão da AGU. Porém estranhamente seu nome travou quando encaminhado para nomeação.

Por outro lado, o novo Presidente do INSS, Francisco Lopes, que pede para ser chamado de "Fran", anunciou hoje para diversas pessoas que o novo PFE será Edison Antônio Costa Britto Garcia, atualmente PFE junto ao IPEA e Conselheiro da OAB no DF. O detalhe é que ninguém estava sabendo disso, nem a AGU.

Por fim, existe ainda um terceiro nome na praça, Guilherme Maduro Zaroni, atual Procurador Seccional em Poços de Caldas-MG, terra do Diretor da DIRBEN, Alessandro Roosevelt, olha que coincidência!

Tantos nomes e uma cadeira vazia impõe a seguinte questão: Procura-se quem nomeia o procurador.

ECO, ECO... ALESSANDRO ROOSEVELT NA ESCUTA. CADÊ MEU CARGO CONSIGNADO?

A Diretoria de Benefícios do INSS, DIRBEN, deveria ter o nome trocado para Diretoria de Consignados, DIRCON. Pelo menos é o se depreende das últimas ações do Diretor Alessandro Roosevelt na DIRBEN.

Alessandro é uma espécie de "gato" da previdência social, pois aparenta ter sete vidas e sempre cai de pé, mesmo quando jogado dos andares mais elevados. Após pular de galho em galho ao longo de sua vida previdenciária, saindo de uma humilde chefia de APS em Poços de Caldas-MG para a Auditoria-Geral do INSS em Brasília, Roosevelt deu um salto típico do felino para alcançar a Diretoria de Benefícios, onde chegou prometendo uma revolução no combate as fraudes, na desburocratização dos benefícios e na gestão de riscos e ética da conduta pública, o famoso "compliance".

Mas aparentemente nada deu certo, as deficiências da DIRBEN foram mantidas, o compliance virou "cúmplice" de uma série de sacanagens, como a DIRBEN-TUR, e foi desmoralizado. Soubemos que Roosevelt foi avisado pelo então presidente Gadelha há cerca de 3 meses que ele perderia o cargo. De pronto, teria pedido a Gadelha que arrumasse um "DAS na Dataprev", no que teria ficado sem resposta. Mas será que ficou mesmo?

De bilhete azul marcado e sem conseguir deixar nenhum legado, Roosevelt tem se dedicado a implantar no INSS, para ontem, o sistema ECO  - Empréstimo Consignado Online, desenvolvido pela Dataprev para permitir empréstimos consignados e cálculo de margem de empréstimo diretamente entre o banco pagador e o segurado, sem o intermédio do INSS. Os grandes bancos vão surtar de delírio quando esse sistema for implantado.

O Sistema ECO é um negócio bilionário que vai deixar muita gente feliz. O papel da DIRBEN/ DIRCON na implantação desse sistema no INSS é vital. Agindo como aparentemente está, querendo para ontem o sistema, nos parece que Alessandro Roosevelt quer garantir logo o seu consignado. No caso, o CARGO CONSIGNADO na Dataprev, que ficaria muito feliz com a concretização desse sistema. Seria essa a sétima vida do "gato" Alessandro Roosevelt?

ECO, ECO....