quarta-feira, 12 de março de 2014

SINSSP PEDE A CABEÇA DE DULCINA

O SINSSP já previa 
(http://www.sinssp.org.br/)


Quando publicamos o artigo intitulado “A CALCULADORA DO FERRO”, denunciamos o controle e a limitação de vagas do agendamento no estado de São Paulo, que ocasionava o represamento da demanda e fazendo com que o segurado fizesse uma verdadeira via sacra pelo estado em busca de vagas e até mesmo indo para outros, como Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.


Com a implantação do SISAGE, em novembro de 2013, toda a farsa montada no agendamento pela dupla Ferro e Dulcina foi desmascarada. O sistema SISAGE deixa o agendamento aberto, sem limites de dias e impedindo a limitação das vagas. Com isso, toda a demanda reprimida, criada pela dupla Ferro e Dulcina, veio para dentro da agenda, acarretando em um estouro do Tempo Médio de Espera do Atendimento Agendado (TMEA), que poderá piorar outros indicadores.


Enquanto as outras Superintendências já trabalhavam com o Turno Mestre (agenda aberta), São Paulo controlava as vagas, maquiando a demanda. Consequentemente, tinha todos os indicadores do Plano de Ação em ótima saúde, sendo considerada a melhor Superintendência do Brasil. Isso se refletiu, inclusive, no recebimento de novos servidores, pois, se São Paulo é o “paraíso” e exemplo de excelência, não precisa de servidores.


Passados quatro meses da implementação do SISAGE, a máscara caiu. Basta checar no portal a que todos os servidores têm acesso, para verificar os indicadores, principalmente o TMEA e o Tempo Médio de Agendamento Ativo (TMAA): antes de novembro de 2013, São Paulo tinha a melhor Superintendência, mas a partir de dezembro, se tornou a pior de todas. Provavelmente Ferro e Dulcina vão propor alguma ação para livrar suas cabeças da guilhotina, tal como: aumento das vagas ofertadas ou antecipação de agenda. E advinha para quem vai sobrar? Essa resposta todos sabemos. É para o servidor.


Faz tempo que o SINSSP vem alertando sobre a necessidade urgente de mudanças na gestão e no modo de fazer política da Superintendência de São Paulo. Olhando um pouco para trás, no governo Lula (2003-2010), tivemos superintendentes protagonistas no cenário nacional, que ajudaram e participaram das negociações das greves, nas negociações da GDASS, no planejamento e implementação de políticas da Previdência Social e que, no plano político, tiveram papel importante nas eleições de 2006 e 2010.


Hoje, a Superintendência de São Paulo se contenta como o papel de figurante de um filme de terror, cujo enredo é a inércia e a incompetência Como pode o estado de São Paulo, responsável por quase 60% dos benefícios do país, o principal estado da Federação, estar jogado às traças?


Se a presidenta Dilma Rousseff, do jeito que as coisas estão, precisasse de qualquer ação para poder se reeleger, poderia com certeza pegar sua bolsa e voltar para casa, pois o INSS, em São Paulo, padece de uma doença denominada “Ostracismo Político”, para sermos bonzinhos.


A única certeza que temos é que já passou da hora de mudar. São Paulo, por sua grandeza e importância, não merece esse tipo de tratamento.

Escrito por SINSSP 

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