quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

CASO BENTO GONÇALVES - CUBANO AFASTADO HÁ TRÊS SEMANAS SEGUE RECEBENDO SALÁRIO SEM ATENDER A POPULAÇÃO - "NENHUMA SOLUÇÃO FOI DADA"

Cubano é afastado para ter aulas de português no RS

Publicação: 13/02/2014 21:07 

Brasília, 13 - O médico cubano Luís Enrique Rodriguez foi afastado há três semanas do posto de saúde de Bento Gonçalves (RS), onde prestava atendimento, para aperfeiçoar seu Português. Durante a jornada de trabalho, em uma sala cedida pela Secretaria de Saúde, ele recebe aulas improvisadas de colegas. "Era a alternativa que nos restava", afirma o coordenador médico da pasta, Marco Antonio Ebert.

Rodriguez chegou há 40 dias no posto Vila Nova, mas, desde então, o movimento no local diminuiu. Queixando-se da dificuldade em entender o médico, pacientes passaram a procurar outros postos", disse o coordenador. A pouca intimidade com o idioma também foi notada nos prontuários.

A coordenação convocou a supervisão regional do Mais Médicos. "Registramos tudo em ata, foram diversas reuniões e contatos", disse Ebert. Mas nenhuma solução foi dada. "Enquanto a recomendação da coordenação não é enviada, ele continua aqui, recebendo o auxílio moradia e alimentação e, agora, a capacitação que podemos oferecer." Apesar das dificuldades de Rodriguez, Ebert espera receber mais quatro profissionais do programa, que mandou dois médicos para a cidade.

Antes de ir para Bento Gonçalves, Rodriguez fez o curso preparatório de três semanas, como todos os integrantes estrangeiros do Mais Médicos. Quando o programa foi lançado, o então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assegurou que profissionais que não tivessem desempenho adequado teriam de refazer o curso.

O Ministério da Saúde afirmou que a coordenação estadual do Mais Médicos está apurando a situação. Se for constatado o descumprimento das regras, o profissional pode receber advertência ou até ser desligado.

Um comentário:

Francisco Cardoso disse...

Ué, punido porque? Não foi o Padilha que disse que a língua era bobagem, que o importante era o amor? Não foi a Dilma que vetou a exigência de prova de conhecimento de português? Ele não foi submetido a uma "prova" onde teria sido aprovado? Não foi o Padilha que botou na lei que bastava uma autodeclaracao do candidato dizendo que sabia português? E muitos a fizeram em espanhol? E foram aceitos? Vai punir porque?