quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

POR QUE ALGUNS CUBANOS FOGEM E OUTROS NÃO

A formação médica em Cuba é dividida em 3 ciclos. O primeiro ciclo de 2 anos é o chamado básico e é comum a todos os profissionais de saúde. Na década de 90 houve um movimento capitaneado por lideranças marxistas nas universidades para fazer o mesmo no Brasil, o chamado "basicão", claramente com intuito de rebaixar o curso médico. Só vingou na UnB, que é o local do Brasil que mais se aproxima de Cuba atualmente, inclusive com a sua comissão racista de cotas.

O segundo ciclo tem dois anos também e é específico do curso médico, onde são ensinados algumas noções de clínica, cirurgia e farmacologia. Insuficiente para formar um médico no modelo ocidental de medicina, muitos cubanos e estrangeiros saem das faculdades como ELAM apenas com esses 4 anos. A maioria dos profissionais de "salud" que Cuba mandou ao Brasil possui essa formação intermediária, que já foi revelada neste blog no artigo dos Feldschers.

Alguns cubanos conseguem chegar ao terceiro ciclo, também de 2 anos e complementado com residência médica, esse sim chegaria perto da formação médica tradicional, com todas as limitações da tecnologia atrasada de Cuba. Alguns desses médicos cubanos também foram enviados ao Brasil para da uma disfarçada nos Feldschers, ou agentes comunitários de saúde chamados de médicos.

Só pode exercer medicina em Cuba quem tem os 3 ciclos, cujo acesso por estrangeiros é difícil. A maioria sai de lá com os 4 anos apenas.

Quem tem apenas os dois ciclos sabe que se fugir, jamais conseguirá revalidar o diploma, mesmo que consigam gabaritar, hipoteticamente, as provas. Não possuem currículo. Para esses, o estímulo para fuga é bem menor, sabem que fora do esquema de mercado de escravos jamais serão "doutores". A maiora resigna-se.

Para os que possuem os 3 ciclos, como os primeiros alforriados do Mais Médicos, Ramona e Ortega, o estímulo é maior, pois apesar de difícil, pelo menos podem pleitear uma revalidação de diploma. Não a toa, só estão fugindo os que possuem os 3 ciclos. Não são a maioria.

Além disso, pesam as ameaças de captura, deportação e retaliação a familiares, típica de regimes ególatras como o dos Castro.

Mas apesar da coação feita as cubanos aqui, sendo pressionados por agentes que se dizem ligados ao governo para dar depoimentos "condenando" Ramona, o fato é que nas costas esses cubanos estão na expectativa do que vai acontecer à primeira alforriada do Estado brasileiro após 1888. Estão sendo pressionados a condená-lá em redes sociais, mas a idolatram.

Muitos admiram Ramona, conforme os relatos chegam ao blog, e sonham segui-la. Mas para as câmeras opressoras do carrasco e capitão-do-mato Padilha, vão dizer horrores de sua ídola. Se Ramona conseguir seu pleito, a debandada será muito maior.

E continuam as duas perguntas que este blog faz e nenhum progressista responde:

1) Por que fogem?
2) Se a medicina cubana é tão humana e melhor que a brasileira, porque estão vindo "aprender medicina" fazendo "intercâmbio" no Brasil? Não deveria ser o contrário?

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