sábado, 22 de junho de 2013

REVISTA VEJA - O PRONUNCIAMENTO DE DILMA

Protestos
O grande erro no pronunciamento de Dilma: prometer a ‘importação’ de médicos
Entre as três promessas que a presidente fez em cadeia nacional, a contratação de profissionais estrangeiros para a saúde pública ficou fora de tom

Presidente Dilma Rousseff faz pronunciamento em rede nacional, sobre os protestos do país (Reprodução)

A presidente Dilma Rousseff pisou numa casca de banana no pronunciamento que fez ao povo brasileiro na noite dessa sexta-feira: prometeu “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde)”.

Outras duas propostas concretas foram feitas por Dilma, no âmbito de um “grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos”: elaborar um plano nacional de mobilidade urbana e destinar todo o dinheiro dos royalties do pré-sal para a educação.

Nenhuma das duas atrai oposição encarniçada. Mas não é o que ocorre com a ideia de importar médicos estrangeiros. A ideia é bombardeada pela classe médica – e não só por ela.

O propósito de trazer 6 000 médicos cubanos para atuar em áreas carentes de mão de obra, como as regiões norte e nordeste, foi anunciado em maio pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ela é motivada por razões ideológicas – a afinidade do PT com a ditadura dos irmãos Castro – e não pela qualidade da formação dos médicos cubanos.

Embora produza médicos em proporções industriais, a medicina de Cuba é uma das mais atrasadas do mundo. Como mostrou reportagem de VEJA publicada em 15 de maio, “a incompetência dos médicos de Cuba já foi atestada no Brasil. Nos últimos dois anos apenas 5% dos médicos com diploma cubano que vieram para o Brasil passaram na prova do Revalida, criada pelo governo brasileiro para que formandos no exterior comprovem sua aptidão”.

Diante da resistência despertada pela proposta, o ministro Alexandre Padilha declarou em junho que o governo faria convênios, também, com Portugal e Espanha. Não bastou para arrefecer as críticas. O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d’Ávila, por exemplo, atacou duramente Padilha dizendo que a medida era eleitoreira – o ministro é cotado para disputar o governo de São Paulo.

Num discurso que pretendia unir os brasileiros em torno de causas incontroversas, a ideia dos médicos importados surgiu como um corpo estranho, tendo o defeito adicional de ser um paliativo duvidoso e não uma solução estrutural para um dos problemas que mais afligem o brasileiro, a qualidade do atendimento público de saúde.

13 comentários:

Airton Jr. disse...

Mais uma vez esse discurso simplório, risível e imediatista de "importar" médicos...

A estrutura podre do subfinanciamento do SUS é solenemente ignorada...

Parece que lá vamos nós ter que lutar de novo contra isso!!!

Hulk Júnior disse...

Concordo plenamente que esta ideia de importar médicos, sem qualificar o que realmente precisa que é a infraestrutura do sistema de saúde e carreira de estado para atrair os médicos, não passa de um paliativo para atrair votos. Agora, me desculpem os que não concordam, a revista Veja é o veículo mais reacionário, conservador e de extrema direita do Brasil. Suas matérias são no mínimo duvidosas, para não dizer tendenciosas. Acho este artigo aqui interessante: http://revistavaidape.com.br/2013/06/17/o-que-queremos/

Snowden disse...

Isso reflete o Preconceito e o Recalque que os Políticos desse País têm contra a Classe Médica!

Todo mundo sabe que o País tem médicos em número suficientes! São várias pesquisas realizadas e que endossam essa afirmativa! O que acontece é que não há infra-estrutura para que se possa exercer a Medicina com a qualidade necessária para suprir os anseios da Sociedade! Alem do mais, o Governo insiste em não querer criar uma Política remuneratória descente e atrativa para os Profissionais Médicos! Não cria Plano de Carreira para o Médico!

Governo age com hipocrisia! Governo é hipócrita e mentiroso! Engana o Povo, a Sociedade!

Presidente Dilma vive em redoma de vidro, não sabe o que é a realidade! O que é obvio, quando fica doente vai pro Hospital Sírio Libanês se tratar! Não tem sensibilidade para as necessidades da Sociedade, aja visto insistir nessa tese de Médicos Importados!

Alguns Pontos o Governo Federal deve agir:
1) Acabar com essa questão da "Cura Gay";
2) Acabar com a PEC 37;
3) Quanto ao Mensalão, enviar pra Cadeia os Condenados! É um absurdo terem deles que assumiram inclusive cadeira no Congresso Nacional. É a desmoralização do Judiciário e do Ministro Joaquim Barboza! Inclusive já há boato de que o Ministro pode renunciar tendo em vista, quererem jogar no lixo todo o seu esforço e trabalho !
4) Saúde para o Povo, equivale sobretudo a Criação da Carreira de Estado para o Médico, com Plano de Carreira. Qualquer outra medida é ineficaz em fixar o médico nas pequenas cidades. Alem disso, é preciso investir em infra-estrutura! De nada adianta ter o Cirurgião, se falta até fio de sutura!
5) Investir no Transporte Coletivo ao invés de privilegiar a venda de carros via subsídios às Montadoras! Veja o tamanho da malha desse País!
6) Combate a Corrupção: O Governo deveria enviar ao Congresso Nacional, PL que engessa a compra de Carros e de Imóveis apenas via Transferência Bancária! Dessa forma, caso o indivíduo NÃO COMPROVASSE a origem dos recursos, o dinheiro seria sequestrado pelo Estado! Tornar ainda o crime de Corrupção inafiançável, com penas DURAS!
7) Melhorar o Controle e mecanismos de fiscalização das Licitações, criando uma Plataforma Nacional, ÚNICA! Hoje muitas prefeituras se escondem através de modelos de terceiros, cada um a sua forma, com todo tipo de dificuldades para o pleno exercício da fiscalização por parte dos cidadãos!
8) Melhorar as formas de abatimento de IR por parte das pessoas físicas! É um absurdo o indivíduo arcar com plano de saúde e escola para os filhos e só abater uma mixaria!

Bem, são medidas iniciais para acalentar a angústia e insatisfação do povo!

Eduardo Henrique Almeida disse...

Sou medico e não gostei de ser culpado pelo colapso do SUS. Quem gere aquela m***a é a turma dela. Medico não é o problema nem a solução.

MAURICIO disse...

O que um médico cubano fará em um corredor abarrotado de macas com gente até pelo chão, sem medicamentos, sem exames, sem leitos de UTI ??

Este governo é o maior estelionatário da história deste país.

O aprendizado vai mal? - Aprova o aluno até a 5ª série sem saber ler ...

As verbas da saúde não chegam ao destino? - Importa camaradas cubanos que não vão reclamar...

O jovem vai as ruas reclamar? - Promete o bolsa passeata e bolsas no exterior, de preferência para os líderes ...

A torcida vaia a presidanta no estádio em rede mundial? - Ah .... é só a classe média, são a minoria. São os trouxas que pagam o imposto sueco para ganhar serviço público haitiano...


Bando de estelionatários corruptos e demagogos.

Prefiro a direita assumida do que a esquerda travestida.

MAURICIO disse...


O líder dos prefeitos a reclamar no congresso, é o tal do Dudu de Bagé. Cumpanheiro alinhado, diz que a população pergunta: Cadê o médico prefeito?

Pois este senhor no edital de concurso para cirurgião vascular da cidade de Bagé (disponível no google) propõe salário de R$925,00 para 20h por semana para um Cirurgião Vascular que leva 10 ANOS para se formar na especialidade. É R$50,00 reais a menos do que é pago para um caixa de supermercado em São Paulo que se bobear não precisa segundo grau.

Então Sr Hulk Jr. O sr iria, depois de 10 anos de estudo com dedicação exclusiva, se sujeitar a ganhar menos do que alguém que não tem sequer o segundo grau? Compare o nível de responsabilidade de um cargo e de outro !!!! É muita demagogia. Paguem salários dignos que os médicos aparecem.
Trazer cubanos a R$ 8.000 com formação altamente duvidosa e querer pagar R$ 925,00 para um especialista .... faça-me o favor.

Adriano Battista disse...

Enquanto isso, encontro-me em situação crítica, vergonhosa, querendo trabalhar no PSF de São Paulo, mas não tenho estrutura para tanto: não tenho carro nem onde ficar na Capital. Há muitas oportunidades de trabalho. O Einstein, por exemplo, está contratando para o seu PSF, pagando R$ 10.200,00 líquidos via CLT com todos os benefícios e direitos assegurados ao trabalhador. Se ao menos eu conseguisse uma pensão, ou o aluguel de um quarto em casa de família próxima do local de trabalho... Situação grave, parado há quase dois meses após uma terrível síndrome do pânico e depressão severa. A vida praticamente perdeu o sentido!

H disse...

Só um idiota perfeito, quase psicopata (ou completo), para concordar com a importação de médicos sem prova de revalidação de diploma.

H disse...

O que mais admira é um comunista falso concordar com importação de médicos e procurar os melhores, mais selecionados, mais provados, para se tratar. Big Idiot.

HSaraivaXavier disse...

Na verdade a questão do ATO MÉDICO pode de fato ter sido usada apenas para desviar a atenção e colocar outros profissionais contra o médico no momento em que o governo deseja importá-los.

Hulk Júnior disse...

Sr. Maurício, o senhor não leu meu comentário com atenção. Eu concordo plenamente que o sistema de saúde pública do Brasil só vai melhorar se fizerem investimentos na infraestrutura e criarem um plano de carreira de estado para atrair os médicos para os lugares mais carentes. Esse negócio de importar médicos é conversa para boi dormir, balela eleitoreira. Apenas critiquei o veículo que produziu a matéria, a revista Veja, que todos sabemos tratar-se de uma publicação parcial, reacionária, hiper conservadora e de extrema direita. Defende os interesses daqueles que estão encastelados no poder desde sempre. As mesmas famílias que possuem a maior parte das riquezas do país e estão muito bem representadas na política. É só isso.

MAURICIO disse...

Ok Hulk, tinha entendido diferente, havia entendido pelo início da frase que concordava plenamente com a importação de médicos.
Desculpe.

Adriano Battista disse...

Reproduzo aqui minha resposta a um comentário feito sobre uma publicação minha no meu perfil no Facebook:

A suposta "democracia" no Bostil nada mais é do que uma ditadura disfarçada em um "país" onde imperam profundas desigualdades sociais e econômicas sem um ideal bem definido de Nação. Um "país" dominado pela corrupção em todos os setores da sociedade e níveis de poder, sobretudo na política. A ditadura militar servia aos interesses estrangeiros, especialmente os estadunidenses, mas o seu substituto - o "regime democrático de direito" - não demonstrou mudanças significativas nesse padrão subserviente, além de fomentar cada vez mais o enriquecimento ilícito daqueles que se alternam no poder. As disparidades sociais persistem, a classe média é sufocada com impostos e os pobres e miseráveis são ludibriados com promessas e "bolsas" que servem apenas como um modo de mantê-los "fiéis" aos governantes atuais. Nesse contexto, a alienação coletiva é expressiva, a população não consegue ou não faz por onde se libertar das amarras da ignorância e do conformismo. O povo continua refém de um modelo de domínio de massas, manipulado pela mídia tendenciosa e nada imparcial, e vítima dos mandos e desmandos dos seus "representantes" políticos que efetivamente não se interessam pelos interesses da coletividade, estando mais voltados à satisfação de suas próprias necessidades. No que diz respeito aos partidos políticos, a minha concepção é de que não importa quais estejam no comando, todos trazem em seu bojo a semente da corrupção que historicamente caracteriza o perfil dos habitantes deste "país". Não será este ou aquele partido que deverá promover a "salvação" destas terras. O que existe não passa de pura demagogia e na prática se evidencia a reprodução dos fenômenos já enraizados na cultura política nacional. Portanto, diante desses paradigmas e circunstâncias, somente resta o protesto como forma de luta para os que se consideram prejudicados pelas condutas e decisões políticas daqueles que se encontram em cargos eletivos, e é nesse sentido que se explica a eclosão dos movimentos sociais reacionários a reivindicar a moral, a dignidade e as melhores condições de vida para a totalidade da população, e não apenas para um pequeno grupo de privilegiados.