quinta-feira, 16 de maio de 2013

Antes de cobrar média mundial de médicos, deveria praticar a média mundial de gastos com a saúde

Brasil gasta com saúde menos que a média mundial

Publicação: 16/05/2013 09:07 Atualização: 16/05/2013 09:28

Genebra - O governo brasileiro gasta menos que a média mundial com a saúde de seus cidadãos. Dados divulgados nesta quarta-feira, 15, em Genebra pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o País de fato avançou na última década em relação aos investimentos na área. O resultado, porém, ainda o coloca em uma posição inferior à média global. Hoje, mais da metade das necessidades de saúde de um brasileiro é paga pelo próprio cidadão, não pelos serviços públicos.

As informações foram divulgadas na semana que antecede a Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra. Na ocasião, será feita uma avaliação do setor no mundo. Está prevista a participação de ministros da Saúde de vários países, entre eles o brasileiro Alexandre Padilha.

Segundo os dados, os gastos públicos mundiais com a saúde de cada cidadão chegou a US$ 571 por ano em 2010, a última cifra disponível em escala mundial. No Brasil, esse gasto per capta somou US$ 466/ ano.

A OMS destaca que, em uma década, o orçamento do setor no País cresceu quatro vezes. Em 2000, o governo destinava US$ 107 à saúde de cada cidadão. Mas esse aumento não foi suficiente para acabar com a profunda distância do Brasil em relação aos países ricos.

Os Estados Unidos gastam anualmente, per capita, US$ 3,7 mil; na Holanda, são US$ 4,8 mil e na Noruega, US$ 6,8 mil. Na outra ponta dos investimentos está o Congo, na África, com US$ 4 per capita por ano, e a Libéria, com US$ 8.

A OMS também ressaltou a defasagem que existe entre o Brasil e a média mundial em relação ao porcentual do orçamento público investido na saúde. De acordo com a organização, 15,1% do orçamento público do mundo vai para a saúde - no País, a taxa era de 10,7% em 2010; entre os demais países emergentes, 11,7%. Dez anos antes, o governo brasileiro destinava apenas 4,1%.

Segundo a OMS, dos gastos totais de um cidadão com saúde, o governo brasileiro cobre 47% do valor, anualmente. A taxa é superior aos 40% observados em 2000. Isso significa que o brasileiro está gastando, em termos porcentuais, menos dinheiro do próprio bolso para custear sua saúde.

No entanto, mais uma vez, o índice está abaixo da conta global. Na média mundial, governos garantem 56% de cobertura. Nos demais países emergentes, a taxa é um pouco superior à do Brasil: 48%.

Nos últimos dez anos, o brasileiro passou a gastar significativamente mais dinheiro com saúde. Somando gastos privados e investimentos do Estado, cada cidadão investe hoje US$ 990 por ano na própria saúde. No ano 2000, esse valor era de apenas US$ 265.

Expectativa de vida

Se os gastos públicos brasileiros ainda não alcançaram a média mundial, a expectativa de vida aumentou de forma significativa nos últimos 20 anos, informou na quarta-feira, 15, a OMS.

No início dos anos 1990, uma pessoa vivia no Brasil uma média de 67 anos. Em 2011, essa expectativa atingiu os 74 anos. Nos países ricos, há dois anos a taxa era de 80 anos.

Fonte: O Estado de Minas

3 comentários:

Aloísio disse...

Desculpe mas querer comparar Brasil com EUA, Holanda, e Noruega é desonestidade intelectual!!!!!


São países com os melhores índices de qualidade de vida, com uma população extremamente instruída e educada... Em relação a saúde, tanto a Holanda como a Noruega tem uma política assistencialista maior do que o Brasil, referente a benefícios e a qualidade do SUS deles... e nos EUA, apesar da qualidade de vida, lembremos que todos os planos de saúde eram privados e bastante caros até o governo Obama, que só agora preocupado com o envelhecimento da população, votou e aprovou uma espécie de SUS para os cidadãos americanos que por enquanto ainda é bem abaixo mesmo do SUS brasileiro.

Aloísio disse...

Alguém aí já ouviu falar em turismo em procura de assistência médica pelos americanos e europeus?


Brasil tem sido conhecido como um destino para a cirurgia estética. Para procedimentos não-cosméticos, Brasil só agora está entrando no mercado global.

No entanto, Albert Einstein Hospital judeu em São Paulo foi o primeiro mecanismo acreditados JCI fora dos EUA, e mais de uma dúzia de equipamento médico brasileiro desde então foi credenciado da mesma forma.

Canadá
Canadá tem entrou no campo do turismo médico. Em comparação com nos custos de saúde, pacientes de turismo médico podem salvar 30 a 60% nos custos de saúde no Canadá.

Costa Rica

Devido à proximidade da Costa Rica, para os Estados Unidos, o país é capaz de atrair mais de 20.000 nos pacientes por ano. É, também, os preços dos serviços médicos que são bastante atraentes para os consumidores que procuram atendimento de qualidade a um preço acessível.

O centro de Deloitte para soluções de saúde, em seu relatório 2009 "Turismo médico consumidores em busca do valor" relatou custo poupança média entre 30-70% nos preços.

Cuba
Cuba tem sido um destino de turismo médico popular para mais de 40 anos. Milhares de pacientes viajam para Cuba, particularmente da América Latina e Europa, atraídos pela "excelente reputação de médicos cubanos, os baixos preços e nas proximidades de praias em que para se recuperar."

Em 2006, Cuba atraiu quase 20.000 turistas de saúde.

Tratamentos médicos incluíam substituição da articulação, tratamento de câncer, a cirurgia do olho, cirurgia estética e reabilitação de vícios. Os custos são cerca de 60 a 80% menos do que nos custos.

No filme documentário americano de 2007, ' Sicko ', que critica o sistema de saúde americano, produtor Michael Moore lidera um grupo de pacientes americanos sem seguro a Cuba para obter mais assistência médica acessível. Com sicko aumentou significativamente o interesse dos estrangeiros na área da saúde cubana.

Uma história recente de Miami Herald focada na alta qualidade dos cuidados de saúde que recebem pacientes de turismo médico canadense e americana em Cuba.

O governo cubano desenvolveu turismo médico cubano para gerar renda para o país. Residentes do Canadá, Reino Unido e a maioria dos outros países podem viajar para Cuba sem qualquer dificuldade, apesar de um visto de turista é geralmente necessário.


México
Os americanos, particularmente aqueles que vivem perto da fronteira mexicana, agora rotineiramente atravessam para o México para cuidados médicos. Especialidades populares incluem odontologia e cirurgia plástica.

Dentistas mexicanas frequentemente cobram um quinto a um quarto de nos preços, nós médicos salientar que o sistema jurídico mexicano torna quase impossível processar mexicanos médicos por imperícia.


Panamá
No Panamá, saúde e turismo médico está crescendo rapidamente. Fatores médicos turistas de desenho incluem apelo turístico do Panamá, posicionar-se como um hub para viagens internacionais e o uso do dólar americano como moeda oficial.

Muitos dos médicos do Panamá são bilíngüe, placa certificada e acostumados a trabalhar com o mesmo equipamento médico e tecnologia utilizada nos Estados Unidos e na Europa.

Na maioria dos procedimentos, Panamá oferece uma economia de mais de 50% em comparação com os Estados Unidos e Europa. o mesmo estudo da McKinsey estima que 750.000 turistas médicos americanos viajaram dos Estados Unidos para outros países em 2007 (acima de 500.000 em 2006).

Fonte: http://www.news-medical.net/health/World-Medical-Tourism-Review.aspx

Francisco Cardoso disse...

A comparacao é com a média mundial .