quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

QUIS BRINCAR DE MÉDICA, FALOU BOBAGEM E CAUSOU CONFUSÃO E MAL ESTAR

Psicóloga metida a médica fala asneira em programa dominical da Globo e revolta pais e parentes de pessoas com autismo.  

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Discurso de psicóloga no "Domingão do Faustão" deixa mães de autistas e especialistas indignados 
Tatiana Pronin 
Do UOL em São Paulo

A psicóloga Elizabeth Monteiro comentou o caso de Adam Lanza, autor do massacre na escola de Connecticut, no programa do último domingo (16)



Um comentário de poucos minutos feito pela psicóloga Elizabeth Monteiro no programa do Faustão, na TV Globo, gerou indignação em centenas de mães de autistas e especialistas no último domingo (16). Misturando conceitos de psicopatia e da síndrome de Asperger, um tipo de autismo, a declaração fez muitas crianças diagnosticadas com o transtorno ficarem com medo de voltar à escola e serem tratadas como potenciais assassinas. 

O apresentador aproveitou a presença da psicóloga no programa para comentar o caso de Adam Lanza, de 20 anos, que matou a própria mãe, 20 crianças e outros seis adultos em uma escola em Connecticut, nos EUA. Logo depois de descrever características comuns a psicopatas, como a inteligência e a falta de empatia, a psicóloga disse que tinha lido que Adam Lanza era um Asperger. "O Asperger é um tipo de autismo. Não é aquele autismo tradicional, que a pessoa não faz contato e às vezes não consegue aprender. O Asperger faz contato e às vezes ele é considerado uma pessoa inteligente", declarou. 

Ela foi interrompida por Faustão, que passou a questionar se esse tipo de crime não poderia ser prevenido se os pais fossem capazes de notar comportamentos estranhos nos filhos precocemente. "Tem mãe que é cega", respondeu a psicóloga, citando como exemplo o caso de Suzane von Richthofen, que matou os pais em 2002 e era filha de psiquiatra. 

O psicólogo Alexandre Costa e Silva, presidente da Casa da Esperança (instituição especializada em pessoas com transtorno do espectro autista), em Fortaleza, não acredita que Elizabeth Monteiro seja tão desinformada a ponto de confundir autismo com psicopatia. "Mas o fato é que, do modo como foram feitas, em um programa de grande audiência, as afirmações dela têm potencial para causar bastante confusão", diz o especialista. 



E de fato causaram. A própria Casa da Esperança recebeu dezenas de mensagens de famílias confusas e preocupadas com a repercussão do programa. Ele cita o exemplo de uma mãe que estava prestes a contar ao filho que ele tem a síndrome de Asperger, após orientações de especialistas, mas desistiu por causa da associação feita com o assassino de Connecticut. 


(Para ler a matéria toda, clique aqui.

NOTA 1: São esses psicólogos que estão há 10 anos fazendo todas as manobras possíveis para barrar o ato médico. Não querem perder a chance de se passarem por um. Ficam falando bobagem  (por isso são os bobólogos, para não ser mais grosseiro) e depois reclamam quando dizemos que diagnóstico clínico e psiquiátrico é ato médico e que psicólogo não tem preparo para isso (vide aliás o discurso da "especialista").

NOTA 2: Quem é mais culpado? A ignorante ou a emissora que bota uma ignorante para falar o que não é de sua competência?

NOTA 3: Cadê a PFDC perdendo essa boquinha de um holofote fácil desses? Estão enferrujados ou vão ficar mudos por não ter sido um médico a proferir a asneira?

NOTA 4: Fica a solidariedade do BLOG à todas as famílias que possuem autistas e pessoas com Asperger em seus seios familiares.

NOTA 5: Essa bobóloga comprova o que foi dito à psicóloga e senadora Marta Suplicy anos atrás, quando a política disse que "psicólogo podia sim dar diagnósticos simples": Como alguém pode dar diagnósticos simples se não sabe diagnosticar o complexo? O resultado está ai: psicóloga "famosa" chamando autista de psicopata.

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