Fonacate ameça greve geral se governo não negociar com servidores
Fórum Nacional de Carreiras Típicas de Estado, entidade à qual a associação dos peritos se filiou em 2006, ameaça aderir ao grande movimento grevista nacional que atinge todo o serviço público federal.  Várias entidades grevistas ou não participaram do debate, mas a dita associação, que hoje tem "alma servidora", não esteve lá. Aguarda algo para chamar de vitória, seja ele uma criança ou uma placenta.
"Nós esperamos que o governo cumpra a Constituição, reponha as perdas inflacionárias e se disponha a, de fato, negociar com os servidores públicos."

Pelo menos 350 mil servidores federais 
já estão paralisados em busca de negociação com o governo federal. 
Segundo as entidades, o país está vivendo um momento inédito de 
mobilização das carreiras. Para os servidores "a postura intransigente 
do governo, está dificultando a negociação", e é o que também afirma o 
presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado –
 FONACATE, Pedro Delarue. Para ele, a expectativa da categoria é pelo 
cumprimento da Constituição. "Nós esperamos que o governo cumpra a 
Constituição, reponha as perdas inflacionárias e se disponha a, de fato,
 negociar com os servidores públicos", ressaltou.
Entre as reclamações dos servidores 
públicos federais está o congelamento dos salários. Desde o primeiro ano
 do governo Dilma Rousseff, os servidores não têm reajuste e, segundo os
 representantes das carreiras, as reposições inflacionárias, desde 2008,
 não saíram do papel.
"Cada carreira tem a sua reivindicação 
específica, além da reivindicação salarial. Na realidade, não é apenas a
 reestruturação que está em jogo, mas também as próprias condições de 
trabalho, para atender melhor a população brasileira. Muitas coisas 
estão sendo discutidas e o Governo está tentando reduzir à uma mera 
discussão salarial. É muito mais do que isso", afirmou Delarue.
O dia 31 de agosto é a data limite para 
inclusão de emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias. A previsão, caso o
 governo não negocie com a categoria, é que seja deflagrada greve por 
tempo indeterminado. "Na realidade, o Governo transformou o principal 
foco na recomposição de perdas, mas muitas carreiras estão depauperadas,
 desmontadas e precisam sofrer pesados investimentos para que possam 
atender, de maneira eficiente, a população brasileira", concluiu o 
presidente da Fonacate.
A mesa foi composta por Pedro Delarue, 
Rudnei Marques, da União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e
 Controle - Unacon Sindical, Marcos Leôncio, da Associação Nacional dos 
Delegados de Polícia Federal - ADPF e Paulo Mendes, da Associação 
Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras Federais - 
Aner.
Acompanharam a coletiva advogados e 
defensores públicos federais, auditores fiscais da Receita Federal e do 
Trabalho, delegados peritos da Polícia Federal, além de servidores do 
Ciclo de Gestão e do Núcleo Financeiro, das Agências Reguladoras e das 
Relações Exteriores.
   
 
 
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