domingo, 22 de julho de 2012

FELICIDADE COMO "DIREITO DO CIDADÃO" = PROBLEMA SOCIAL

Este BLOG já fez uma série de postagens explicando o impacto que causa à perícia médica o fenômeno mundial representado pela Era Midiática onde a propaganda transforma o desejo em obrigação do Estado e a felicidade em um "direito do cidadão", como se isso caísse do céu e não precisasse ser conquistado com muito suor e sangue. (vide aquiaqui, aqui, aqui e aqui)


Pelo contrário, inverte-se a lógica e os bem sucedidos são acusados de expropriarem a felicidade alheia e pressionados a "repartir" seus ganhos com os que "não são felizes" pois isso seria um "dever social". Quando isso lhe é negado, o cidadão considera uma "humilhação" e uma "afronta". Por isso muitos cidadãos encaram a ida ao INSS pedir benefício por incapacidade como uma humilhação e não como o exercício de um direito.

O auxílio-doença é um direito a quem está incapaz de trabalhar por doença mas também virou um dos últimos escapes do cidadão frustrado por não estar usufruindo de sua "felicidade" que a mídia diz que lhe é um direito natural. O INSS precisa entender isso e mudar seu foco junto à população senão será cada vez mais refém desse discurso. 70% das demandas atuais já envolvem auxílio-doença, se a Nova República separou a área da saúde da área da previdência ao quebrar o INAMPS e criar o INSS, o mundo pós-moderno está religando, à força e por incompetência gerencial, esses setores.. O que deveria ser a exceção virou a regra. Cada dia se contribui menos e se cobra mais, o resultado disso será inexoravelmente a a falência e talvez só ai a população e os gestores acordem.


Infelizmente nada podemos esperar da maioria dos atuais gestores, pois de tão despreparados e incompetentes para lidar com esse tema, sequer conseguem enxergar outra coisa a não ser como explorar mais dos peritos para darem conta da fila. Enquanto o INSS olha pra trás e vê a fila como um problema fordiniano e taylorista, o mundo e seus fenômenos modernos avançam e o engolem a cada dia.

Esse fenômeno moderno é largamente visto nas decisões judiciais envolvendo o INSS, bem como nas nossas vidas ao vermos as justificativas para a quantidade de impostos que pagamos, num país onde menos de 15% da população declara imposto de renda e 25% vive dos benefícios da seguridade social.

As taxas de impostos aos brasileiros contribuintes orbitam na casa de 50 a 60% de sua renda anual somado todos os tipos de impostos sendo maior o percentual nas camadas mais pobres, o que agrava o problema apontado lá em cima, pois são os mais vulneráveis à frustração da não-obtenção de seus desejos e felicidade.

Porém essas camadas mais pobres são meio que "isentadas" da obtenção de sucesso pela sociedade, por motivos óbvios. Quem mais sofre com essa frustração, e vemos isso no dia a dia, são os membros da classe média, principalmente os que possuem os estereótipos de "bem sucedidos" mas não o conseguem se fazer na prática.  Para esses grupos, a pressão pode ser insuportável e levar a medidas extremistas se a pessoa já possuir um desequilíbrio de base. Observo que isso não a isenta de culpa nem de punibilidade, mas entender esse fenômeno é fundamental para se desamarrar muitos entraves da atual sociedade.

Conforme exemplificado abaixo, os problemas gerados por essa geração de "infelizes" podem ser bem maiores que uma briga no INSS por não obtenção do "encosto" (como muitos chamam o auxílio-doença). Abaixo transcrevo artigo do colunista Michael Kepp da Folha de São Paulo que bem exemplifica a que ponto a frustração de uma pessoa pode levá-la. E já não é a primeira vez e nem é mais exclusivo dos norte-americanos.

Se continuarmos a criar os nossos cidadãos com essa metodologia "laissez faire, laissez aller, laissez passer" fruto de uma ideologia sociológica "foucaultniana pseudo-marxista" baseada numa cultura de "bem estar social" pós-guerra (que na verdade era uma vacina anti-comunista para o Ocidente) a situação só tenderá a piorar.

Alienação social faz dos EUA um terreno fértil para chacinas
Não é surpresa que chacinas sejam cometidas por brancos de classe média, segmento mais pressionado a ter sucesso
É UMA SOCIEDADE ALTAMENTE COMPETITIVA E INDIVIDUALISTA, COM POUCO SENTIMENTO DE COMUNIDADE
MICHAEL KEPP
COLUNISTA DA FOLHA
O que mais chamou minha atenção no atirador que ontem matou pelo menos 12 pessoas num cinema do Colorado onde "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" estava sendo exibido foram a máscara de gás, o colete à prova de balas, o capacete e as três armas que ele usou -incluindo um fuzil.
Uma testemunha disse que ele "parecia preparado para ir à guerra".
Alguns podem dizer que o fato de o atirador parecer um soldado é um reflexo de todas as guerras que minha pátria vem travando, do Vietnã ao Iraque e ao Afeganistão, e de quão fortemente armados estão os seus cidadãos.
Mas há fatores menos óbvios que também fazem dos Estados Unidos um terreno fértil para chacinas.
Acho que a alienação social e a pobreza espiritual necessárias para cometer assassinatos em massa são um produto da cultura americana, mais que de qualquer outra.
É uma sociedade altamente competitiva e individualista, com pouco sentimento de comunidade. Cerca de 25% dos americanos vivem sós.
Não surpreende que as chacinas, incluindo a de ontem no Colorado, sejam quase sempre cometidas por homens brancos de classe média, o segmento da população mais pressionado a ter sucesso e que tem o menor senso de comunidade.
Acho que o Brasil é um terreno menos fértil para franco-atiradores devido ao senso maior de comunidade que existe aqui.
Os únicos crimes dessa natureza dos quais me recordo aqui foram o assassinato de três pessoas e ferimentos em quatro às mãos de um estudante de medicina em um cinema de São Paulo, em 1999, e a morte de 12 crianças e ferimentos em outras 11 numa escola no Rio em 2011, por um ex-aluno de 24 anos.
O atirador de São Paulo era um fanático da internet, solitário, perturbado e de alta classe média, o perfil do atirador americano típico.
O atirador do Rio tinha mais semelhanças com os dois estudantes que mataram 12 de seus colegas e um professor no colégio Columbine, de classe média, em 1999, também no Colorado.
O que esses massacres todos têm em comum: aconteceram em lugares onde as pessoas estavam reunidas. Normalmente nos sentimos mais vulneráveis quando estamos sozinhos.
Mas, em lugares como cinemas, estamos mais vulneráveis juntos. É isso o que é tão assustador nesses crimes todos. É por isso que os americanos podem pensar duas vezes na próxima vez em que quiserem assistir, não apenas a um filme de Batman, mas a qualquer filme.
MICHAEL KEPP, jornalista americano radicado há 29 anos no Brasil, é autor do livro "Tropeços nos Trópicos - crônicas de um gringo brasileiro" (Record)

7 comentários:

Rodrigo Santiago disse...

É a profissionalização da valorização da politicagem da gritaria e a degradação das profissões técnicas que requerem graduação superior, em sua maior parte da classe média.

A cumpanheirada petralha pseudocomuna tem uma linha bem clara de atuação: criar duas castas sociais apenas: a elite e os seus escravos.Antes, a cumpanheirada era trabalhadora.Agora chegaram à elite utilizando-se do seguinte expediente: transferindo dinheiro da classe média que estudou e que trabalha para a classe de quem não trabalha e é pobre, mas que é colocada em posição de vítima pela elite, que culpa a classe trabalhadora e estudada pela miséria de quem não estudou ou trabalhou.

Para corrigir este "problema" adotaram uma estratégia muito clara: drenar dinheiro da classe (média) trabalhadora para eles próprios, a elite, e para os pobres.E ambos, pobres e elites, incluindo os cumpanheiros, não trabalham, apenas criticam, condenam e menosprezam, com todo recalque que lhes é peculiar, os que trabalham e que suaram, qualificando-se para isto.

Assim, esperam igualar a classe pobre que não trabalha com a classe média que trabalha, drenando recursos desta para aquela.Pregam assim um Estado comunista para todos, menos para eles, elite, que também se tornou elite às custas dos que são classe média, arroxada por eles, escravizada.

É claro que esta minha descrição não se aplica a todos e a tudo, mas exemplifica em linhas gerais o modus operandi daqueles que falam para fazerem diferente do modo como fazem de fato.A cumpanheirada mantém-se no poder colocando os pobres contra os classe média que trabalharam e estudaram, fazendo-os crer que estes são os carrascos do país e responsáveis pela miséria em que aqueles se encontram, incutindo em suas cabeças que devem ser merecedores de todos os direitos - e sem fazer nada por isto.

Até quando o sistema vai suportar esta falácia?Até quando ocorrerá transferência de renda da classe trabalhadora para a não trabalhadora ( que são, a grosso modo, os ricos e pobres).
Comunismo de araque porque não mexem com os poderosos, já que se fundiram-se os ex-pobres (ou novos ricos) arrogantes e sem prêmio meritocrático aos mesmos.

Por quê o Congresso não aprova o projeto de lei que lá tramita que prevê tributação diferenciada para mais de grandes riquezas?Vocês sabiam que se este projeto for aprovado haveria um aumento de 10 bilhões de reais de imposto a ser recolhido?E vocês sabiam que estes dez bilhões de reais sairiam do bolso (bolsão) de apenas 650 brasileiros mais ricos?Sabiam que este dinheiro não iria tornar estes 650 brasileiros nem um pouco menos ricos, mas pelo contrário, se este dinheiro fosse bem gerido e aplicado ou investido (que é diferente de distribuído eleitoralmente ou desviado) se reverteria e multiplicaria os ganhos dos que já são podres de rico?

Se os cumpanheiros aprovassem este projeto eu começaria a acreditar que este país teria um futuro.Mas do jeito que está não vai longe!Falta visão de Estado, de longo prazo, a maioria dos que comandam são mesquinhos, rancorosos, vaidosos, não têm despojamento para fazer um país grande, para pensar no coletivo.

Para mudar isto somente uma grande crise, uma guerra ou uma revolução.Fora isto, não tem jeito este país.A conta um dia chegará dos desmandos e arrogâncias...e este dia não está longe

Snowden disse...

Não querendo antagonizar totalmente o exposto no sentido de julgar seja o PT ou qualquer partido político que esteja na situação quanto as questões de gestão adotadas mas é preciso fazer uma ressalva no sentido de que é preciso conhecer a Sociedade como um todo e consequentemente se passa necessariamente pela participação política! Eu tinha uma visão do que era política dai me filiei a um partido político e passei a participar das reuniões partidárias pra formar conceito e digo-lhe que sua visão e abordagem mudará quando conhecer a realidade dos filiados e os interesses das camadas mais pobres da sociedade! Os interesses, objetivos e satisfações são diferentes do que a maioria pensa, pode ter certeza, inclusive o seu exposto comentário em julgar o Governo atual! Não fosse isso em pesquisa recente publicada em grande jornal, a Dilma não teria preferencia dos eleitores em 60% dos votos!
Esse país ainda tem muita miséria, IDH baixo em vários municípios e Índice de Gini "sinistro" quando comparamos com os países desenvolvidos!
Então não adianta argumentar quando você representa uma minoria populacional e a grande maioria agoniza!
Embora a elite intelectual consiga enxergar pontos e questões relevantes, ela não consegue sensibilizar a maioria populacional com seus argumentos e consequentemente não espere mudanças impactantes no modelo atual!

Rodrigo Santiago disse...

Aldo, respeito a sua opinião e sua experiência política.Gosto muito dos teus comentários aqui e te considero extremamente inteligente e culto.Com certeza eu poderia ter outra visão se tivesse ativa participação em algum grupo político.No entanto, por enquanto acredito que não devo me filiar a nenhum partido, porque percebo, lamentavelmente, que hoje em dia não há muita diferença programática e ideológica em relação aos partidos e que, no fim e no fundo, é tudo apenas um grande jogo de interesses, de guerrilhas, de escambos cretinos de lado a lado.Poucos são os políticos que se salvam nesta história e estes podem estar em qualquer partido.Prefiro manter a independência do meu pensamento e ter liberdade para fazer as críticas construtivas de todos, quando assim for necessário, assim como aceito as críticas à minha pessoa e entendo que isto nos agrega valor e fazer crescer.

Os partidos viraram quase que uma massa amorfa (ou moldável a qualquer forma que se lhes dê).Não sou contra e nem a favor de nenhum partido político.Sou a favor de pessoas dentro de alguns partidos, inclusive do PT.Quando a Dilma entrou nos primeiros meses eu falava para todo mundo que era a melhor presidente que o Brasil já teve, pela sua coragem de enfrentar os poderosos, de não se curvar a interesses e chantagens, apesar de minha pouca idade.Hoje, minha opinião mudou um pouco, mas não deixo de admirá-la de verdade.Diferentemente do ex-presidente, de quem não consegui enxergar quase nada de bom ou de republicano.Assim, em todos os partidos admiro os bons e detesto os maus políticos.

Talvez eu guarde um pouco mais de rancor do PT em relação a qualquer outro partido porque era uma estrela brilhante em que todos depositaram suas esperanças antes de assumir o poder e depois imiscuiu-se com as práticas nefastas que fazem com que nosso imenso país permaneça sem sair do lugar.Não preciso entrar em detalhes do que a imprensa já noticiou sobre as práticas espúrias que teriam acontecido no ABC, caso Celso Daniel, que culminaram com sua morte, mensalão, etc.A frustração com o PT foi maior do que a de qualquer partido porque o tombo da esperança caiu de uma ribanceira mais alta.

Rodrigo Santiago disse...

A minha raiva das políticas de inclusão social que começaram no governo do FHC e continuam no governo atual é que não farão o Brasil avançar, são puramente eleitoreiras e populistas e um dia vamos pagar a conta disto.E, principalmente, não dão dignidade a quem vive destes programas e nem a quem os sustenta, em sua maioria a classe média, como disse.

Enfim, não dá para manter o povo para resto da vida sendo dependente de programas de governo que arrocham alguns trabalhadores em função de sustentar outros (elite e pobres).É injusto da mesma forma.Só há uma forma de fazer a verdadeira revolução neste país e de fazer desenvolvê-lo de fato: EDUCAÇÃO!Se não houver drástica valorização da educação viveremos eternamente com programas que mantém os miseráveis na pobreza (ou seja, melhora só um degrau sua situação social, sem lhes dar expectativas de progradir na vida) e mantém os classe média infelizes e frustrados (como está na matéria que o Francisco postou acima).Só quem ganha é a elite.
No fundo minha maior raiva é da elite financeira e a sua forma, em sua maioria, pouco republicana de agir.E a elite não está só no PT, da mesma forma que nem todos que são do PT são elite.Ademais, nem todos no PT deixam de trabalhar ( no sentido de agregar valor a um produto ou ao conhecimento a fim de fazer um país desenvolver-se), mas aqueles que assim o fazem são extremamente perniciosos, seja da elite do PT ou não.Talvez eu tenha rancor apenas de alguns dos dirigentes maiores e mais poderosos porque no fim são os que mandam, por não aceitarem críticas, por levarem a coisa pro lado pessoal e por serem rancorosos e não valorizarem a meritocracia.
Não sou elite e nunca fui e conheço a pobreza na própria pele.Éramos família de classe média em BH até que o Collor ganhou as eleições em 90 e acabou com a vida de minha família.Meu pai perdeu emprego e ficou dez anos sem conseguir se empregar até morrer no ano 2000 de câncer (sei que em grande parte este câncer do meu pai foi social, ele foi muito rejeitado).Minha mãe sustentou a casa com três filhos, sem pensão e sem ajuda de ninguém, digitando apostilas para cursinho até altas horas da madrugada todos os dias.Entrei para faculdade de medicina em 94 e me formei em 99.Um ano depois meu pai morreu, eu estava servindo exército no Acre.Fiz a faculdade na penúria, às vezes comia sopa de fubá e ía andando para faculdade porque não tinha dinheiro para vale transporte sequer.Faculdade ficava longe de casa.

Outra coisa: o que eu escrevi é uma caricatura da realidade e é claro que estou pintando o quadro com tintas mais fortes apenas para reforçar um ponto de vista, mas sei que jamais posso fazer generalizações a nada e nem a ninguém.Meu comentário é muito baseado em meu ponto de vista de dentro da profissão de perito e de quem já sofreu, foi caluniado, humilhado e perseguido nesta profissão.Hoje, consigo enxergar o como e o porquê destas coisas terem acontecido e é claro que nada acontece por acaso.Tentaram de todas as formas me perseguir e me desqualificar.

Rodrigo Santiago disse...

Acho que quem é menos favorecido social e econômicamente tem que ser amparado pelo Estado, mas é lamentável o modo como isto é usado e a falta de iniciativas para acabar com isto, inclusive cobrando mais da elite econômica.O problema desta elite é que são, talvez em sua maioria, prepotentes e muito ambiciosos, e são a força bruta, não adianta argumentar e mostrar o mérito, ainda persistem as velhas oligarquias travestidas de "sensíveis" aos menos favorecidos.

Acho que a elite intelectual nunca irá sensibilizar os menos favorecidos com seus argumentos, porque são deixados em situação de extrema fragilidade pela elite da elite econômica e assim tornam-se facilmente manipuláveis, de maneira cruel e impiedosa, por esta elite, a quem só interessa o voto para se perpetuar no poder, ainda que este voto seja adquirido em condições pouco republicanas.A maioria populacional só irá se sensibilizar quando de fato tornar-se protagonista e quando tiver condições de emitir seus próprios pensamentos, argumentos, de perceber de fato qual é a realidade à sua volta e de participar ativamente da política, de fazer continuamente o controle social.Isto só se dá pela educação, não há outro caminho.E quem é determinado consegue se educar com ou sem governo, ou até contra a vontade do governo.As coisas dependem muito do sacrifício pessoal e o texto que o Francisco postou aqui vai muito neste sentido também.
Talvez seja muito utopia de minha parte, mas como viver sem a utopia?Hoje trabalho no Brasil é sinônimo de cavar a terra para encontrar minério e perfurar a terra para encontrar petróleo.Daí vem a maioria do nosso PIB.Nosso PIB tem que vir dos nossos cérebros e não do fundo da terra.As nossas maiores commodities estão em nós mesmos e nenhum governo pode ser mesquinho de temer que o povo de seu país cresça pela educação, a fim de que possa produzir valor agregado de verdade ao conhecimento.Só assim é que a população poderá ter dignidade e ter empregos de verdade, e não subempregos, que é a maioria do que há hoje em dia.Hoje em dia muitos preferem não trabalhar porque são beneficiados pelos programas do governo.Ocorre que o valor destes benefícios é insuficiente para qualquer um ter uma vida digna.O problema é que o valor que receberiam em um emprego também é – talvez para a maioria da população – insuficiente para terem vida digna.Então, por quê trabalhar?No entanto, alguém tem que trabalhar, não?Afinal, não existe almoço grátis.A maioria das pessoas que trabalham não recebe um salário digno neste país.É porque o país está amarrado.
Para sair deste círculo vicioso e passar a ter um trabalho de verdade é só através da educação, porque só assim se produz riqueza verdadeira.Vejo pelo lado nosso de peritos: não nos dão autonomia, nos perseguem diariamente, tentam se intrometer a todo momento em nosso trabalho como se tivessem conhecimento para fazê-lo, não nos respeitam.Se partisse de cima uma política de valorização do Estado, do conhecimento, de proteger seus servidores públicos que cuidam de bens maiores da coletividade, de incentivar nossa qualificação e aprimoramento profissional, de meritocracia, de respeito às leis e normas.Mas, somos vítimas e colocados indefesos como bode expiatório de um Estado que não tem coragem para fazer o que deve ser feito e nem desapego pessoal e destemor para permitir que a educação permita o progresso.Temem por seus cargos e seus podres poderes.

Snowden disse...

Concordo plenamente que a saída é Educação: conhecimento, cultura, sao essenciais em qualquer grupo que queira se diferenciar! Mas pegue a base do Estado que é a família, veja hoje como estão as famílias, a falta de responsabilidade dos pais e a cobrança de que o Estado é o responsável pela criação de seus filhos. Querem creche, depois querem merenda escolar de excelente qualidade, querem médicos de primeira na rede publica, querem os benefícios assistencialistas do Governo. E como você expressa, não existe "almoço grátis" consequentemente alguém tem que trabalhar pra pagar a conta!
Já existe estudos que referem que serão necessários 20 a 30 anos para que a População "desacostume" com os benefícios assistencialistas, mas questiono, há interesse? Há interesse em construir população culta, que conhece seus direitos e responsabilidades, que cobre do Estado? Um dos maiores exemplos que eu penso é quando a gente compara o Publico da Passeata gay x Passeata contra a corrupção...mas do outro lado a gente observa uma Classe Media arrochada de todos os lados que começa a jogar a toalha pois não aquenta mais e com isso, o aumento da sana arrecadatoria do Estado para com as empresas! Até as empresas estão começando a ruir e digo-lhe questionando: Será que sao verdadeiras as informações de que o país está tão bem no Panorama mundial?
E veja a falta de profissionalização do Estado? Veja quem sao os gestores? Pessoas incompetentes, despreparadas, sem formação técnica pros cargos que ocupam. O que gera apenas perseguição tendo em vista que o ser humano é egoísta e não se conforma que "seus subordinados" sejam melhores técnico e intelectualmente. A Receita Federal só funciona pois ouve algum avanço trabalhista, mas a Previdencia não! Reflexo no aumento dos gastos, aumento dos processos judiciais na cultura " se colar, colou". Se você tem uma caixa d'água, você pode manter o nível de duas formas: aumentando a quantidade de água que sai da torneira ( Receita Federal), diminuindo a boca do ralo ( Previdencia e Licitações publicas), mas há interesse? Ou quem está no comando quer se perpetuar dos "benefícios"?
Se você não tiver o apoio da Maioria, você não anda...

Snowden disse...

E vou te falar uma coisa pra finalizar: se a classe intelectualizada não invadir a Política, não sair de simples coadjuvantes para tornar-se Atores, você esqueça!
Se não houver uma invasão missiça dos Partidos Políticos por pessoas comprometidas com o Coletivo de fato, esqueça!
"há duas formas de se fazer o mal: Fazendo literalmente o mal ou Cruzando os Braços diante de uma situação em que você vê o mal sendo feito e não faz nada"!
"O que lhe define não são as palavras que fala, mas atitudes que toma!"