domingo, 29 de julho de 2012

O DIARIO.COM


29/07/2012 às 02:00 - Atualizado em 29/07/2012 às 02:00
Número de auxílio-acidente recua 35% em Maringá
Renato Oliveira

O número de concessões de auxílio-acidente em Maringá pelo Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) recuou 35,5% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.

Entre janeiro e junho de 2012, os peritos da regional da Previdência Social aprovaram 279 benefícios. Nos primeiros seis meses de 2011, forma 433.

29/07/2012 02:00:00
‘Os peritos médicos não são rígidos’Já na área dos postos de atendimento da regional do INNS, incluindo Maringá e Astorga, Campo Mourão, Cianorte, Colorado, Goioerê, Loanda, Paiçandu, Paranavaí e Umuarama, o volume de auxílios acidente caiu 14,4% na primeira metade deste ano. Foram 1.288 benefícios aprovados pelo órgão no primeiro semestre de 2012 ante 1.504 no mesmo período do ano passado.

Rafael Silva


Adelina, sem emprego e auxílio do INSS, mostra o raio X da coluna: "Cheguei a trabalhar machucada, mas a indústria me dispensou"

Advogados que atuam com causas previdenciárias observam que é crescente o número de ações contra pareceres de peritos do INSS. O especialista em Direito Previdenciário, Wilson de Paula, explica que a maior parte dos pedidos de auxílio destinados a tratamentos de acidente de trabalho reprova na avaliação do órgão.

O advogado ressalta que os "peritos do INSS são muito rigorosos". "A maioria acaba recorrendo às vias judiciais. Os recursos ao órgão não costumam ter êxito." Outra falha apontada é a falta de especialistas entre os avaliadores. "Isso pode gerar conclusões inseguras", pontua.

Além disso, existe o vínculo com o órgão que pode interferir na imparcialidade do parecer. "Ele é pago pela própria Previdência. Pagar o benefício sem contestação pode ser uma situação desconfortável. Eles jamais vão partir para esse critério", argumenta.

A única maneira de tentar reverter a situação é mover uma ação na Justiça. A advogada especialista em Direito Previdenciário, Izabela de Castro Martinez, explica que será nomeado um perito judicial especialista no caso em questão.

"Só assim para ter uma avaliação com precisão e imparcialidade em cada caso porque quem vai avaliar não é o médico do requerente nem do INSS", destaca.

É o caso da auxiliar de serviços gerais Adelina Alexandre, 39 anos, é um exemplo de reprovação contestável. Operária de uma fábrica de doces, ela perdeu os movimentos do braço e da perna direita, além de lesionar a coluna. Debilitada, no dia da perícia no INSS o médico "recomendou que voltasse a trabalhar", mesmo sentindo dores.

EXPERIÊNCIA
“A maioria acaba recorrendo às vias judiciais. Os recursos ao órgão não costumam ter êxito”
Wilson de Paula
Advogado

Ela se acidentou em abril de 2009. Desde então não pode trabalhar. Após 1 ano conseguiu ser atendida pelo perito da Previdência. Com o pedido de benefício por acidente de trabalho que iria custear parte do tratamento, restou entrar na Justiça.

Hoje, ela não consegue trabalhar e vive de doações de parentes e amigos. "Já não sei mais o que fazer. Cheguei a trabalhar machucada, mas a indústria me dispensou. E não acho outro trabalho."

2 comentários:

Rodrigo Santiago disse...

Esta senhora da foto da reportagem está mostrando a radiografia para quem? Para o repórter? hahaha.E ele é médico? Senão, vejamos o que diz o repórter sobre o caso na matéria: " Operária de uma fábrica de doces, ela perdeu os movimentos do braço e da perna direita, além de lesionar a coluna.".

Realmente, o repórter não deve ser médico mesmo, pois basta olhar a foto da senhora segurando a radiografia com o membro superior esquerdo e apoiando-a com o membro superior DIREITO, tendo alguns dedos da mão homolateral em posição fletida ou de semi-flexão variáveis.Ora, então ela não teria perdido os movimentos da mão e, logo, tudo leva a crer e a inferir que não perdeu também do braço?

É claro que o repórter quando usa a palavra braço tenciona referir-se a todo o membro superior, como é usual aos leigos assim fazerem, não subdividindo-o em braço e antebraço.Mas, ainda que tenha querido referir-se somente a braço, seria raro encontrar uma doença que levasse à perda dos movimentos do braço, mas não dá mão e dos dedos, da forma como estamos vendo na foto.

Mas, é claro que não estou fazendo uma perícia, mas apenas questionando a forma tendenciosa e empafiosa de alguém querer insinuar contestar o ato de um perito, sem sequer entrevistá-lo e sem ter a mínima noção daquilo que fala, ao que tudo indica.

Da mesma forma poderia-se contestar o profissionalismo e a capacidade técnica e ética de um jornalista assim.

Snowden disse...

A pergunta correta a ser feita é: E o numero de benefícios aguardando avaliação pericial?