segunda-feira, 23 de julho de 2012

O direito a "Felicidade" pode ter um Preço Caro!

Rio de Janeiro

Médicos do Rio estão proibidos de fazer parto em casa

Cremerj afirma que a intenção é alertar para os riscos do procedimento. Conselho de Enfermagem pretende recorrer ao MP para rever proibição, que chama de "ditatorial"


Conselho de Medicina fere direitos da mulher ao proibir parto domiciliar e parteiras em hospitais, diz presidente de entidade de enfermeiros

9 comentários:

Francisco Cardoso disse...

Que direito está sendo ferido? O de morrer no parto? Pelo emprego e mercado de trabalho, trabalhadores que se dizem da saúde estão dispostos a arriscar a vida de milhares de mães iludidas com o papinho liberal foucaultiniano pós-moderno para poder garantir uma boca a mais... Que vergonha. Que façam o parto e seus filhos em casa antes de defender isso pra terceiros e vítimas do modismo midiático. Ou alguém acredita que a Gisele Bundschen de fato teve o filho na banheira de casa?

Francisco Cardoso disse...

"Mas para outros profissionais de saúde, o fato de dar à luz uma criança não pode ser visto apenas como um evento médico, e sim como um processo natural, “dado por Deus”. É essa a opinião do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ), que pretende encaminhar um pedido ao Ministério Público solicitando medidas contra a resolução do Cremerj."

Se o argumento é esse ele devia pedir intervenção do Papa (ou do Bispo Macedo) e não do MP... francamente...

Quando se fala sobre o "direito da mulher" em temas ligado à gestação esquece-se que existe um outro ser vivo que também precisa ter seus direitos protegidos, inclusive o direito de ser protegido dos devaneios de uma mãe maluca que bota seu egoísmo e seu desejo midiático na frente da segurança do filho.

HSaraivaXavier disse...

Olha conselho de enfermagem apelar para religião para justificar interesses políticos e técnicos é o fim.

HSaraivaXavier disse...

Trabalho há mais de década em maternidades. Já vi todo o tipo de desgraça ocorrer. Acho de uma imbecilidade infinita a defesa do parto domiciliar. As pessoas parecem não compreender que PARTO MAL CONDUZIDO MATA E MUITO.

As mães não tem o direito de expor a vida dos seus filhos ao risco.

Em qualquer procedimento médico o mais importante é a segurança. Festinha, felicidade, bem-me-quer, conforto, luxo e o escambau é secundário. Infelizmente parece que vai precisar morrer muita gente para que sociedade aprenda

Marcelo Rasche disse...

Faço ultrassom obstétrico em uma cidade pequena, e de certa forma conheço boa parte das gestantes.

Fico chocado quando fico sabendo de complicações no parto de alguma de minhas pacientes do ultrassom.

Também acho de um imbecilidade que não encontra limites querer fazer parto em casa.

Antigamente com parto em casa, se morria muito e paralisia cerebral por anóxia era comum.

Rodrigo Santiago disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rodrigo Santiago disse...

Não é admissível a criação de casas de parto ou partos em casa.

Primeiro, porque criam-se duas castas sociais, o que a Constituição Federal veda ao dispor que todos são iguais e tem direitos iguais em relação à saúde.

Não existem suseranos e vassalos, segundo sentenciou uma Juíza aqui do Acre ao fundamentar sua decisão de proibir que médicos sem CRM atendessem a população mais pobre e desinformada.

É uma sacanagem, na verdade é um crime que usa de oportunismo, falácias, sofismas e regado a muito recalque, ignorância e irresponsabilidade.

A população mais pobre - que é para quem será vendida esta falácia - é a mais indefesa e vulnerável de todas, simplesmente porque não tem opção ou voz para poder dizer não, é frágil em todos os aspectos e está preocupada com a sobrevivência.

Portanto, é, além disto, uma covardia vender esta idéia para quem não tem como recusá-la.É a tentativa de vender um crime.

É crime porque o parto não é um momento fotográfico, mas um processo dinâmico, que dura cerca de 10 horas desde o início das primeiras contrações produtivas e deve ser monitorado a cada minuto por uma equipe onde cada um tem seu valor e seu papel, mas só o médico tem por formação acadêmica a visão holística e global do paciente, o aprofundamento do conhecimento suficiente e, sobretudo, a prerrogativa - que é vedada às outras profissões em saúde - de intervir invasivamente ou não, cirúrgicamente ou não, para indicar e fazer exames na hora em que estes forem necessários.

E quem é que vai fazer o diagnóstico de um anel de Bandl, na iminência de uma ruptura uterina, ou de uma DIP tipo 2 ou 3, por exemplo?

O problema destas casas de parto é que são quase como jogar na loteria ou apostar no mais provável, ou torcer que tudo dê certo, objetivando, no fundo e na raiz, economizar recursos e isolar o médico do atendimento, como que dizendo que de médico e louco todos fazem um pouco.Sim, um pouco.Saúde boa custa caro!

Sem o médico não há garantia de maior segurança em um parto.O que acontece do ponto de vista prático nestas casas é que quando as coisas complicarem, só aí, com um atraso tremendo, é que vão levar estas parturientes para o hospital onde tem médicos.

Se o médico estivesse acompanhando desde o início, o problema já teria sido diagnosticado e detectado antes e a intervenção já teria sido tomada ali e na hora dentro do próprio hospital - que tem toda estrutura para fazer uam cesariana, se for o caso.

No final, as estatísticas de erros ou de complicações de partos em casas torna-se quase zero, já que as parturientes serão levadas para morrer ou para produzir recém nascidos deficientes para o resto da vida nos hospitais, aumentando os índices de insucesso e de partos complicados no hospital, além das mortes fetais e neonatais, as morbidades hospitalares, aumentando os custos com internação, com absenteísmo, com medicações e com gastos previdenciários por consequência.

No final, ainda arrisca culparem o médico pelo desfecho mal sucedido de milhares de casos.Bode expiatório pefeito de um malabarismo engodoso.Este sistema de partos em casas só daria certo se Mateus embalasse o filho que pariu e se as enfermeiras assumissem do início ao fim todos os atos e condutas, sendo proibidas de encaminhar os casos graves quando der "pepino".

Então, façam assim: construam uma casa cercada do mundo e longe de qualquer hospital, sem ambulância para socorrer e sem médicos.E resolvam os problemas do início ao fim.E assumam a maternidade do filho morto ou paralítico cerebral quando estes nascerem.A maioria pode nascer bem?Pode, sim! Talvez mais de 50%!Mas, e os outros 50%?

Só vou acreditar neste discurso quando agirem da forma que eu falei e deixarem livremente à escolha da população o que preferirem.Para onde acham que a população vai querer ir?Ah, e só vou acreditar na autenticidade deste discurso quando puserem seus filhos e netos para nascerem sob estas condições.

Snowden disse...

É assim: "Vamos fazer o parto na Casa de Parto, se complicar a gente corre pro hospital e lá se alguém morrer a culpa é do Doutor! E se complicar e o Doutor não atender ligeirinho a Mídia vai cair matando, não tem como dar errado a Casa de Parto, vamos jogar esse 171 pois o Povo gosta de novidade pra depois sair contando pros outros. É sucesso garantido!" há há há

Airton Jr. disse...

Já vi e vivenciei várias complicações em parturientes de parto normal dentro de um hospital, que, se não fossem tomadas medidas urgentíssimas, o feto morreria e a genitora o acompanharia...
Podem até afirmar que as complicações possam ser raras ou de pouca casuística, mas que acontecem, acontecem... e aí, quem se arrisca??

Nunca vi uma enfermeira padrão ou obstetriz passar um fórceps...

Triste ver a que ponto uma entidade pode chegar para conseguir mais espaço...