sábado, 26 de março de 2011

MEDIR SATISFAÇÃO DO SEGURADO NO ATENDIMENTO PERICIAL - MÁ FÉ OU IGNORÂNCIA?


Em muitas análises sobre a Perícia Médica do INSS, percebe-se um desconforto da imprensa e do Governo com as "críticas" da população em geral sobre o serviço prestado pelos peritos médicos.

Isso é muito marcante nas falas dos locutores, vide a série de reportagens do SP TV, que chega a citar "mais de 300 queixas" (como se isso por si só provasse alguma coisa) e a partir desse efêmero dado já julga, dá o veredito e aplica a pena, sem saber que somente na maior APS de Sâo Paulo são feitas 1000 perícias por dia (isso mesmo, por DIA).

Mas o que chama mais a atenção é a exigência, por parte do INSS e da imprensa, de índices de satisfação no atendimento médico pericial. Ora senhores, eu não posso acreditar que um repórter experiente ou um político possa conceber que pesquisas de satisfação de atendimento possam ser validadas em um serviço que em sua essência é CONFLITUOSO e por sua natureza opõe interesses entre o cliente (segurado) e o prestador de serviço (perito médico). O interesse do cidadão é sair com o dinheiro no bolso, não interessa como. O do perito é aferir a capacidade laborativa do requerente (cidadão) mesmo que isso cause um indeferimento do pleito.

Francamente, senhores repórteres, políticos edirigentes do INSS: Quem em sã consciência vislumbta que uma pessoa possa achar "bom" ou "ótimo" um atendimento onde ela terá que provar uma afirmação, ser questionada e examinada?

Serviços como Perícia, Polícia, Fiscal e Auditagem são por natureza conflituosos e se opõe ao interesse do cidadão que está sendo submetido a ele. Alguém aqui já viu, por exemplo, pesquisas de satisfação de atendimento policial ou da receita federal resultarem em altos índices de elogios? Alguém já leu cartas do tipo:

A) "Quero agradecer à Polícia Militar por ter me prendido em flagrante e me algemado de maneira educada e cortês após eu ter assassinado meu vizinho e queria elogiar o atendimento eficiente da Justiça que me condenou a 30 anos de prisão em regime fechado, o Juiz foi educado e sincero..."

B) "Queria agradecer ao Fiscal da Receita Federal por ter colocado meu nome na malha fina da receita e ter-me aplicado uma multa de milhares de reais com multa de 20%, foram gentis e cordiais..."

C) "Elogio aqui o banco XXXXX que gentilmente me colocou no SPC pois dei calote em 5 faturas de cartão de crédito, fui bem atendido pelo gerente que me informou com educação que meu crédito estava cortado e meu cheque suspenso..."

D) "Obrigado senhor Ministro do Trabalho pela excelente atuação de seus fiscais auditores que fizeram uma operação em minha fazenda em Roraima onde foi descoberto um esquema de escravidão de índios e caboclos que eu mantinha a duras penas para poder ter muito lucro, os auditores do Trabalho me trataram muito bem, minha fazenda foi arrendada para a Reforma Agrária e a Polícia Federal me prendeu e me transportou confortavelmente no porta malas de uma viatura..."


POR FAVOR COLEGAS E SOCIEDADE!! CAIAM NA REAL!!!

Quantos segurados do INSS que tiveram seus benefícios DEFERIDOS manifestaram queixas contra "o atendimento dos peritos"? Ou que foram "humilhados na perícia"?

E quantos segurados que tiveram seus pedidos INDEFERIDOS manifestaram queixas sobre a "forma humilhante" como foram tratados na perícia?

Precisa dizer mais alguma coisa? São 7 MILHÕES DE PERÍCIAS POR ANO. Qual é mesmo o número de queixas? 300? 1000? 5000? 10.000? Mesmo se forem 70.000 (nossa!!),isso não passaria de 1 (UM) porcento do total de atendimentos/ano prestado pela perícia médica.

A sociedade, que PAGA 20% de sua renda para sustentar o INSS, está tratando esse assunto de forma histérica, sem pensar ou raciocinar, pois parece fácil a indignação ao imaginar um médico de jaleco, gravata, esteto e lâmpada na testa "massacrando" um pobre coitado dentro do INSS.
Só que ninguém para para pensar que é tão absurda a cena que talvez possa ser invenção de alguém que não gostou de ter tido o pedido indeferido.

Dados da Auditoria do TCU junto ao INSS mostram que em mais de 85% dos casos onde o segurado alega que o perito "sequer olhou seus exames", os tais exames estavam descritos detalhadamente no Laudo Médico Pericial, que leva o NOME E CRM do perito. Esses dados encontram-se neste BLOG. Teriam então os peritos poderes mediúnicos?

Mas a imprensa e a sociedade estão tão histéricas e preocupadas em apenas bater e querer manchetes sangrentas que sequer param para pensar nas impossibilidades e nas incongruências de tais relatos.

Existem casos que necessitam investigação? CLARO QUE SIM, e os são pelas Comissões de Ética Médica dentro do INSS, eventualmente até mesmo a Corregedoria pois nenhum serviço é perfeito. Existem casos, processos, sindicâncias, mas saibam também que existem processos de peritos contra esses segurados na Justiça por relatos e depoimentos falsos.
Comprar fácil um discurso desses, ou pior, querer o impossível (pesquisas mostrando satsfação de atendimento,como se a perícia fosse um parque de diversões), não parece crível aos olhos de um crítico isento. Portanto pergunto aos jornalistas e aos dirigentes e políticos: É MÁ FÉ OU IGNORÂNCIA?

41 comentários:

Unknown disse...

e se fosse sua mae, vc gostaria.que ela estivesse entre este 1% . pimenta nos olhos dos outros e açucar meu caro. ou o senhor e medico perito e nao quer perderr emprego. ou e uma baita puxa saco.
tenho cvancer, como pode um medico pediatra me fazer pericia. o senhor acha que ele tem capacidade distio. apos uns anos para ka, cada um escolheu um profissao medico, mais nao e medico como antigamente. e sim uma determinada parte do corpo. entao para ser perito teria que ser clinico geral nao qualquere merd.

HSaraivaXavier disse...

Excelente texto. Reflete precisamente o pensamento da imensa maioria dos peritos. Todo médico é clinico geral no instante em de forma.
Curioso é que dezenas de milhres de advogados especialistas fazem concurso para procuradores e juízes, ninguém lhes cobra isto. Médicos legistas possuem suas especialidades e fazem perícia criminal. Auditores fiscais Sao engenheiros, advogados, jornalistas e mesmo médicos. O que o senhor Benito diz não tem nenhum fundamento. O foco da atividade pericial não é doença, é a questão previdenciária simples assim. O contrário provaria. Experimente colocar o seu Oncologista sentado na cadeira do perito e pergunte pequenos aspectos periciais. Pergunte detalhes da legislação previdenciária. Ou acha que não sao importantes?
Vamos deixar de dar opinioes sem fundamento.

HSaraivaXavier disse...

Certamente teve um resultado contrário.
Resta-lhe procurar falhas no sistema que Sao muitas, mas sem qualquer relação com o aspecto da especialidade medica.

Francisco Cardoso disse...

Caro Benito, não, claro que não gostaria, é por isso que existem os mecanismos de reclamação já citados. O problema é que confunde-se mau atendimento com indeferimento e são duas coisas diferentes. Ao jogar tudo no mesmo saco, comete-se crime de injúria e difamação contra o perito, mas se o perito passou de seus limites como médico e servidor, tem que ser investigado, por isso é importante fundamentar a queixa e não ficar no reme reme de "não me deu o benefício, fui humilhado". Quanto a especialidade do perito, o perito não precisa saber OPERAR UM CORAÇÃO para saber quanto tempo uma cirurgia cardíaca gera em incapacidade. O pediatra não precisa saber fazer uma quimioterapia ou uma cirurgia oncológica para saber quanto tempo um câncer tratado ou em tto vai afastar uma pessoa. Logo o argumento não procede. Se o senhor acha que a perícia foi injusta, existe o Pedido de Reconsideração e a Junta de Recursos, nessa ordem. Não vou discutir o caso em si pois só estaria ouvindo um lado da LIDE.

Cavalcante disse...

Caso o Sr. Benito não saiba, deste 1969 existe uma Especialidade Médica, Reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), dentre outras 53 Especialidades que se chama Medicina Legal (denominação que ainda este ano mudará para "Medicina Legal e Perícias Médicas").
O Especialista em Medicina Legal (ou em Medicina Legal e Perícias Médicas, a partir da mudança da denominação) é aquele que segundo o próprio CFM tem capacidade técnica para realização de avaliações e laudos periciais nas difersas esferas públicas e privadas.
O raciocínio do Sr. Benito está equivocado, pois segundo ele, caso só o oncologista pudesse fazer parícias oncológicas, precisaríamos ter no INSS todas as 53 especilidades médicas.
O que fica de mensagem na fala do Sr. Benito é que, para evitarmos esse tipo de falácia, nós médicos peritos atuantes temos cada vez mais que buscar nosssa especilização. Os concursos públicos na área médico pericial também deveriam passar a exigir como pré-requisito que o profissional tivesse título de Especialista em Medicina Legal e perícias Médicas.

Francisco Cardoso disse...

Concordo com o colega Cavalcante plenamente. Não temos que ter medo da certificação, principalmente quem já passou em concurso público.

Regiane Alves da Rosa . disse...

Então teremos todas as especialidades médicas AO MESMO TEMPO em emergências de todos os hospitais e clinicas privadas deste País ?

Deveremos então ter todas as especialidades médicas AO MESMO TEMPO nos postos de saúde ?

Então Médico dos PSFs e Médicos de Família desaparecerão pois não são especialistas e então não poderão atender a praticamente ninguém pois por serem clínicos e não possuírem uma especialidade em não poderão as patologias das especialidades?

Pessoal, a PERÍCIA MÉDICA PREVIDENCIÁRIA é especialidade SIM, MESMO QUE HAJA FORTE INTERESSE DO GOVERNO EM NÃO RECONHECE-LA !

Quem fez Concurso público e passou para ser Perito ?(notar que vários especialistas se submeteram ao concurso e não foram aprovados),
quem fez cursos (dentro e fora da Autarquia)? , quem se atualiza diuturnamente dentro das questões afins ? quem vai aos congressos de Perícia Prevideciáris ? quem está afeito a legislação pertinente e suas atualizações ? quem entra na "briga" para que haja melhorias dentro do sistema previdenciário ?
Quem está todo o dia envolvido nas demandas,examinando processos e examinando o periciados ?

Quem dos médicos especialistas está afeito a isso tudo ?
REPITO: A ESPECIALIDADE MÉDICA DE PERITO JÁ EXISTE MAS SÓ NÃO QUEREM RECONHECÊ-LA!

MÉDICOS DESTE BRASIL, UNAM-SE, POIS O "INIMIGO" NÃO É NOSSO COLEGA MAS SIM OUTRO!

Regiane Alves da Rosa . disse...

Coitado do Clínico pois mesmo tendo sua especialidade é visto pela população como um médico que atende tudo mas não sabe de nada.

Deixaremos que esses comentários fiquem sendo emitidos e nada faremos?
Onde está o respeito aos médicos generalistas e aos Peritos?

Digo mais: fazer perícia não é fazer condução da patologia mas sim avaliação do status laboral em um determinado momento, fato este que por si só já o afasta de questionamentos como os referidos acima.
Abraços a todos os colegas.

Adriano Battista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Adriano Battista disse...

Vocês ainda teimam em querer levar a sério este "país" e suas instituições (especialmente o INSS)?
Não perceberam, ainda, que todas as decisões, ações, normas etc. emanadas da Autarquia são dirigidas no sentido de facilitar a concessão - praticamente indiscriminada - de benefícios (ou benevícios)?
As tentativas de transformar a Previdência Social em assistência social são evidentes!
Os Peritos Médicos nunca foram levados a sério pela Autarquia à qual estão vinculados. Nunca representaram nada para a estrutura vigente.
Não são respeitados pelos demais servidores do INSS, pela imprensa, pelo Poder Judiciário, pelo público que procura atendimento nas APSs, pelos Médicos assistentes e pela sociedade em geral.
Acordem!
Se o Governo quer abrir as porteiras e fazer jorrar sem controle o dinheiro público por meio de medidas controversas, quem são os Peritos para lutar contra isso e remar contra a correnteza?
Se é do interesse dos dirigentes transformar a Perícia Médica em mera homologadora de atestados e exames, por que se preocupar?
Vão continuar estressando-se, indispondo-se com requerentes, administrativos, imprensa, "Justiça" e o público em geral? Vale a pena expor-se a perigos e colocar em risco a vida por causa de um benefício previdenciário?
Não dá para levar este "país" a sério!
Se não estão satisfeitos, parem de reclamar, saiam, mudem de profissão, vão fazer outra coisa. Mas preservem sua saúde, sua sanidade, sua inteligência... PRESERVEM SUAS VIDAS!
Enquanto isso, outras profissões gozam de mais prestígio, segurança, status, segurança, qualidade de vida no trabalho etc.
O Ministério Público Federal abriu concurso para 114 vagas de procurador, com salário inicial de quase R$ 23.000,00.
A "carreira" de Perito Médico Previdenciário é a mais criticada, perseguida, esculachada e motivo de piadas até mesmo entre as demais carreiras do serviço público federal. É uma ilusão e uma grande mediocridade!
E ainda há alguns "heróis" que não foram/são capazes de compreender todas as nuances envolvidas, e preferem desgastar-se cada vez mais...
A vida é boa demais para desperdiçá-la com certas coisas de significância tão ínfima!

Cavalcante disse...

O comentário do colega Adrianus, apesar de desanimador, é a pura expressão da verdadade que enfrentamos neste país!
Porém sabemos que os verdadeiros médicos peritos tem a "profissão no sangue" e apesar de todas as adversidades continuaremos exercendo a nossa árdua tarefa!
Porém insisto que devemos "falar a mesma língua" e buscarmos formação, capacitação e especialização que sejam comuns a todos nós.
Assim a população gradativamente passará a ter maior respeito e reconhecimento pelo nosso trabalho, ainda que nossos pareceres e conclusões técnicas contrariem alguns interesses pessoias (lembrem-se de que invariavelmente a atividade médico pericial nasce em um conflito de interesses, onde existe a necessitade de uma avaliação técnica e isenta).
Infelizmente, algumas autoridades e até magistrados temem o nosso trabalho, pois uma avaliação pericial bem feita e fundamentada acaba "engessando" o livre convencimento de alguns julgadores e de agentes públicos de maneira geral.
Repito que o caminho inicial seria buscarmos especialização obedecendo as normas de nosso Conselho Profissional (CFM) e a seguir intensificarmos o trabalho de divulgação de nossa profissão/ especialidade junto à comunidade!
NÃO DESANIMEMOS!!!

Adriano Battista disse...

No meu extremamente humilde entendimento a única saída viável para a Perícia Médica, considerando as circunstâncias atuais, seria desvincular-se da Previdência Social, do INSS, e constituir órgão autônomo - PMU: Perícia Médica da União - ou ser atrelada ao Ministério da Justiça.
Se continuar do jeito que está, jamais será respeitada, levada a sério e valorizada!

Cavalcante disse...

Sem dúvida alguma a autônomia administrativa e funcional efetiva da perícia médica seria um grande caminho na conquista de respeito e reconhecimento.
Porem esse processo dependeria de sensibilizarmos nossos legisladores que muitas vezes desejam que continuemos desacreditados e subordinados a órgõas e a pessoas que ameaçam a boa qualidade do nosso trabalho.
Penso que a luta da autônomia medico pericial deve ser feita como um todo e não apenas individualizando-se a perícia pervidenciária.
Uma sugestão poderia ser a criação de um órgão médico pericial em nível federal, talvez atrelado mesmo ao Ministério da Justiça e com seus correspondentes nos Estados, junto às Secretarias de Justiça/ Defesa Social.

Luciana Coiro disse...

Comungo das opiniões do Dr. Cavalcante, sempre muito bem colocadas, em minha opinião.

Luciana Coiro

Vandeilton disse...

Minha mãe já teve indefirido requerimento de auxílio-doença, baseado em parecer contrário de perito médico.
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Avaliei o caso como filho e como perito e, apesar de eu achar que é incapacitante o problema dela, para a profissão que tem, concordei plenamente que os argumentos do perito, frente aos dados que dispunha no momento da perícia não eram suficientes para classificá-la como incapacitada.
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Ela não concordou com o resultado da perícia e não quer mais fazer perícia, pois acha que foi humilhada.
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Ela me descreveu com detalhes toda a avaliação pericial, a forma como foi atendida, a educação do perito, a análise que o mesmo fez dos exames complementares e atestados, etc.
Em nada notei motivo para que ela se considerasse humilhada.
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O fato é: o povo acha que o auxílio-doença é um direito para todos os doentes, e qualquer um que dizer o contrário o está humilhando.
Confundem contrariado com humilhado.
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Na verdade, ela foi contrariada em sua petição por alguém que fez bem o seu trabalho. Mas não humilhada.
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O que fiz: pago INSS para ela, e pagarei até que ela complete a idade para se aposentar por idade.

hulk disse...

Meu amigo e vizinho,acaba de falecer 9;20 minutos,,devido a gravidade da sua doença,frequentemente estava internado em hospital ou em ps,aguardando vaga para internação.Em pericias realizadas por peritos do inss,nunca foi solicitado aposentadoria ao mesmo, mas indeferido algumas vezes.Coclusão os perito do orgão da autarquia federal,são de uma extrema competencia profissional que causa inveja a qualquer médico assistente,possem um conhecimento nosologico profundo,no que aufere sua condição de perito.duma presteza soliedaria que chega ser plauzivel.Meu amigo jas numa loza fria. aguardando providencias para seu sepultamento.Á todos peritos (as) que o atenderam e o colocaram na condição de labor, meus sinseros vótos de dó,por possuirem tamanha arrogancia.Obrigado por valorizarem e respeitarem a vida de meu amigo.

Cavalcante disse...

Prezado Sr. Paulo,
Jamais podemos cometer o erro de generalizar, condenar e rotular toda uma categoria profissional, com base em um caso, do qual não temos maiores informações sobre a doença específica que levou à pretensa incapacidade e também ao óbito de seu amigo.
Após a devida averiguação se o periciado reunia condições legais e clínicas que ensejassem a concessão do benefício é que poderemos emitir algum juízo de valor sobre o caso.
Ainda assim, o questionamento que fica é se também não foram percorridas as outras vias recursais, administrativas e judiciais para "correção do alegado equívoco pericial"???

hulk disse...

Dr Cavalcante,não quis generalizar,se assim o fiz,péço desculpas.Mas mais uma vez parabenizo o auto conhecimento técnico e a soliedariedade humana de que são dotados os peritos que periciaram meu amigo e deram a ele condição laborativa.Parabens,grande proveito vcs tiveram pelas obras que praticaram.Mostraram que realmente possuem determinação e não voltam atrás, fiquem com a autarquia de vcs e com vossas consciencias se, é que tem uma.

o disse...

todos sao umas lastimas o francisco cardoso aps cambuci sp se liga a sua batata ta assando ,luciana coiro tristeza com neo se afasta o cavalcante sabe tudo adrianus filosofo e o heltron
de boa nas praias rgn so fica postando vao encarar ps ao inves de ficar mamando no mpas se LIGA PERITADA O GABAS VAI VOLTAR XICOTE VAI ESTRALAR

Vandeilton disse...

Sr. Paulo, tens provas de que os peritos erraram?
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Você acha que, se a doença levou à morte, então ela é incapacitante, não?
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Pois saiba que a coisa nem sempre é assim. Não sei que doença ele tinha, mas o fato de uma doença levar à morte não quer dizer que ela SEMPRE foi incapacitante. A maioria das doenças incapacitam as pessoas em alguns momentos, e em outros não, pois possuem um curso clínico variável.
Isto causa resultados aparentemente contraditórios dos peritos. Ora constatam incapacidade, ora não a constatam.
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Outra coisa: você sabe se as contribuições previdenciárias dele estavam em dia?
Sabes que, mesmo incapacitado, se as contribuições não estiverem em dia, não há direito ao benefício?.
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Se não sabes estes detalhes, procure saber antes de julgar este ou aquele, pois nós, peritos, somos obrigados a levar em considerações detalhes que os leigos nem sabem que existem, mas que a legislação nos exige observar.
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E sua colaboração à sociedade, neste momento, não está sendo tão maior que aquela dos peritos que tanto desprezas.
Disseminas publicamente acusações de fatos que não presenciastes (ou presenciastes a perícia?) nem sabes os motivos que o definiram.
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Injurias a classe médica publicamente baseado no simples fato de que "achas" que estás certo.

Cavalcante disse...

O comentário desse tal de "o" é que não passa de um lástima, sem qualquer fundamento.
Prezado "o", caso não saiba, sequer sou perito do INSS e apenas contribuo com algumas opiniões neste blog por ser um entusiasta da boa prática médico pericial. Ademais, a minha formação acadêmica, assim como a de grande parte dos colegas aqui deste blog (Médico do Trabalho e Especialista em Medicina Legal) não foi direcionada para "encarar PS", mas sim para oferecer à sociedade laudos e pareceres médico periciais tecnicamente embasados e isentos.
Como já informei, não tenho qualquer interesse de ficar "mamando no MPAS", até porque não pertenço sequer aos quadros da Prevideência Social, razão pela qual não tenho também qualquer motivo para temer o "xicote" desse tal de Gabas que para mim, pelo que sei, não passa de mais um ignorante em materia pericial e mal intencionado, assim como o Sr. demonstra ser.
Contudo, caso queira elevar o nível da discussão para patamares técnicos aceitaveis, permaneço a sua disposição!!!

hulk disse...

Sr Vandeilton,antes de colocar meu exposto,tive ciencia de tudo que o sr frizastes a respeito.Não pretendo continuar esse assunto com vossa senhoria, pois o acho despreparado éticamente para tal.Com certeza o sr fsz parte de um corporativismo, embasado apenas em sua opinião,que é seu direito,mas se não o sr não quer concordar comigo problema é seu,como tambem tenho o direito de não concordar com vossa pessoa,Mais uma vez corroboro com o que disse.

Regiane Alves da Rosa . disse...

Médico discute assuntos médicos com outros Médicos.

Peritos só discutem sobre assuntos Médico-periciais com outros Peritos-Médicos.

Portanto, Srs.Peritos ,e colegas Médicos em geral, nosso compromisso é com nossa profissão,nossos colegas Médicos e com a justiça,da qual fazemos parte, ao aplicarmos o direito Médico-Previdenciário à quem é titular do direito em questão.

Questões diversas poderão ser aludidas ou mesmo questionadas na Justiça Federal,conforma previsto pelas vias recursais.

Perito cuiaba disse...

Concordo em genero, numero e grau com o colega Adrianus, não há o porque lutar contra todos (executivo- representado pelo INSS- sociedade,imprensa, judiciario, medicos assistentes), estamos remando contra a maré, contra o nosso proprio patrão que é o executivo que no momento quer abrir as comportas e fazer populismo com o dinheiro da previdência.
Ando pensando como fortalecer nossa carreira, como sermos respeitados, como percebermos uma remuneração digna,e cheguei a seguinte conclusão TEMOS QUE FALAR A LINGUA DO NOSSO PATRÃO.
Os fiscais quando vão tributar não ficam colocando em cheque a constitucionalidade daquele ou deste tributo, simplesmente cobram, se o executivo determina uma aliquota abusiva estes não se negam a arrecadar mesmo que incontitucionais.
O governo estipula em determinado momento que parem de realizar certas atividades proximas as eleições, no mesmo momento auditores e controladores da união fazem oque a portaria estabelece. Assim oque se percebe é que o administrador pode contar com estes servidores, por isso os respeita e lhes da um salário alto, e o contar significa usa-los para fins politicos.
Nós peritos ficamos numa encruzilhada:
1- mantemos nossa honra etica e autonomia medica-(mas continuaremos apanhando de todos os lados)
2- Viramos servidores do executivo e aceitamos fazer a politica do governo, se este quer enxugar(nós enxugamos), se este quer liberar dinheiro perto das eleições (nós liberamos), etc, etc...

hulk disse...

Como dizia,Dr Legatti,ja falecido,uma pessoa que aprendi respeitar e admirar até os dias de hoje.
CRENÇA NA PROPRIA OPINIÃO.

hulk disse...

Considerando;
Na qualidade de brasileiro.
Na qualidade de contribuinte da Previdencia Social.
Na qualidade de pagante dos meus tributos ao Estado.
Na qualidade de paciente.
Na qualidade de observador da medicina para leigos criado, pela instituição CRM e CFM.
Na qualidade de Eleitor do Partido PT.
Na qualidade de cidadão.E por acompanhar alguns processos, e ter sapiencia de que existem milhares de processos,tramitando nos escaninhos abarrotados das esferas judiciais,emporcalhando o bom nome da Previdencia Social,Deixa bem claro que muitos peritos médicos que atuam nessa Autarquia federal, deixa a desejar como perito técnico,fazendo valer apenas seu poder autárquico.Não tenho interesse nenhum pessoal em macular a classe,pois tenho amigos e parentes médicos na familia.Mas faço meu,manifesto tantas quantas vezes achar nescessário.Sem mais.

Cavalcante disse...

Sr.

Paulo vai me desculpar, mas a sua sexta premissa (Eleitor do PT) inviabiliza todo o resto do raciocínio em relação à prática científica médico pericial.
O correto e técnico exercício da atividade do médico perito deve obrigatoriamente estar viculado à isenção, à ciência e à legalidade e não ao assitencialismo, à politigagem eleitoreira, ao populismo e à defesa de interesse de alguns grupos sindicais.

Anônimo disse...

Não sou perito previdenciário mas acompanho este blog.

Tenho certeza absoluta de que os peritos previdenciários, na sua maioria, são tecnicamente preparados para a atividade. Para mim não há dúvida quanto a isto.

O problema é que não há cultura previdenciária no Brasil, aqui se confunde previdência, saúde e assistência social.

No caso do INSS, este é instrumentalizado pelo governo para ser um "distribuidor de renda" quando aquele deveria sim zelar pela boa prática previdenciária pública, com atuária, equilíbrio financeiro, combate ferrenho a fraudes, etc.

Como médico, perito judicial e securitário e também advogado não vejo como uma autarquia possa contar com laudos e pareceres administrativos de peritos que são institucionalmente ligados a ela. Isto faz perder toda isenção da boa prática médico-pericial, chocam-se interesses, é inadimissível.

O correto, o legal, o ético é que houvesse um órgão federal de perícias médicas que subsidiasse não só o INSS mas qualquer outro órgão ou ente federal nas demandas (administrativas ou judiciais) que envolvesse a União.

Isto me parece gravíssimo, mas a AGU prefere, ao invés de discutira isso, dar parecer de encomenda para permanência de terrorista no Brasil.

Parabéns aos peritos previdenciários pela luta árduo que enfrentam no dia a dia!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Concordo com o Paulo, existem muitos casos que são indeferidos por orgulho do perito, eu já passei por peritos que sabem fazer o trabalho de uma forma que não constrangem o cidadão, mas tem uns que parecem que estão atendendo um animal, não lêem o laudo de um medico que especialista na área, não olham exames e fazem uns testes que não comprovam em nada a situação do segurado, imaginem a situação tenho um problema no meu cérebro e já teve peritos que quiseram ver como estar minhas pernas, (não sou jogador de futebol), parece que tem uns peritos que quando você entra ele já te olha com um olhar de vou indeferir, vejo aqui nesse blog que se julgam uma classe superior, alguns até colocam a mamãe para comover os outros, caros colegas quando vamos fazer uma pericia não estamos pedindo uma ajuda para um assistente social e nem queremos isso, buscamos o nosso direito que nos foi dado, se não fossem nós este orgão não existiria portanto pagamos a nossa contribuição para quando necessitarmos também possamos usufruirmos, portanto peço a alguns que não são todos que parem com hipocrisia e lutem sim por um sistema justo de avaliação do segurado, quanto a capacidade de vocês de avaliarem alguém eu não duvido que as tem, pois já passei por alguns peritos que sabem fazer seu trabalho com dignidade, então leiam os laudos medico de seus colegas de profissão, olhem nossos exames, façam uma avaliação segura, para assim terem sossego em sua profissão, acredito que vocês são muito importantes sim para nossa sociedade, mas temos que assumir que existem pericias absurdas e assim os bons pagam pelos maus.

Vandeilton disse...

Sr. Paulo, você acredita em suas crenças. Parabéns. Mas não deixe que as mesmas sejam imutáveis frente à realidade. Flexibilize-as, conforme haja argumentos fidedignos contrários.
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Exemplo: você acusou os peritos que atenderam seu amigo de não serem solidários com o mesmo.
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Eles não foram, e nem poderiam ser, pois não lidam com dinheiro próprio. Lidam com dinheiro de terceiros (do povo).
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Ser solidário com o dinheiro dos outros é roubo.
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Nós não temos o direito de agir por dó, pois isto introduz imparcialidade em nosso trabalho.
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Temos o dever de agir de acordo com a lei, com o bom senso, com a verdade e com a ciência, seja a quem for.
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Já imaginou um perito sendo solidário e doando o dinheiro do contribuinte a todos que ele tiver dó (muitos, pois a situação do brasileiro atualmente é de dar dó, mesmo)?
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E o pior: sempre há o mal-intencionado que manipula pessoas simples para conseguir benefícios através delas. Elas nem sabem que estão metidas em falcatruas, e cabe ao perito identificar estes casos.

Vandeilton disse...

Ao Baiano:
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Quanto à sua referência da "mamãe", eu apenas respondi à pergunta do primeiro post deste tópico, quando o Benito perguntou o que sentiríamos se fosse nossa mãe a estar sendo periciada.
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Tente ler primeiro, para depois julgar. Pois julgar errado é o mesmo que acusar sem provas.
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Sobre sua referência de "possível" erro do perito em examinar suas pernas para avaliar lesão no cérebro, acho que deves se informar melhor sobre como se examina alguém com problemas cerebrais.
O exame da força muscular, da marcha, do tônus e dos reflexos dos membros inferiores é essencial para avaliarmos a função do córtex cerebral e da medula vertebral. Não há como dizer que se avaliou o cérebro sem testar os membros inferiores.
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É o que digo: leia mais, informe-se mais, para não falar besteira.
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E digo mais: uma pessoa que se mete a corrigir o exame físico de um médico, sem nem ao menos pesquisar se o médico fez certo este exame físico, tem o direito de acusar este ou aquele de "se achar superior"?
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É uma questão para se refletir, não?

Vandeilton disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vandeilton disse...

Outra coisa: o direito ao auxílio-doença não lhes foi dado. Ele foi condicionado à constatação de incapacidade laboral por perito médico.
Ou seja, se a incapacidade alegada não for constatada, não existe direito ao auxílio-doença.
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Só há direito ao auxílio-doença aos que a perícia constatar incapacidade laboral, desde que haja qualidade de segurado e carência completa (excetuando-se desta regra as doenças que isentam carência).
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É o que diz a lei.

Vandeilton disse...

Agora, você tem razão quanto a peritos que não olham os exames, os atestados, as receitas ou destratam o segurado.
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Os exames, os atestados, as receitas e demais documentos apresentados pelos segurados não são essenciais à constatação da incapacidade, mas são fontes de informações.
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A ética médica diz que temos que usar todos os meios disponíveis em benefício do paciente. Mesmo que o segurado não seja um paciente, acredito que esta regra se aplica aí também.
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Eu olho tudo, leio tudo e examino tudo. Junto todas as informações disponíveis e elaboro minha conclusão.
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Mas ... faço isto porque tenho tempo. Atuo em APS do interior do Brasil, com pouca demanda. Não digo que os peritos de Belém, de São Paulo, do Rio Grande do Sul e demais locais de intensa densidade populacional, não digo que eles têm a mesma chance de fazer o que faço.
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É por isto que uma das bandeiras dos médicos peritos é a de não haver limitação temporal nas perícias. Hoje o INSS limita nosso tempo em 20 minutos. Não dá tempo de ver tudo.

Tòpicos Escluídos da Comunidade. disse...

Eu gostaria que algumas dessas respostas fossem dadas a mim porque eu iria mostrar as provas uma a uma.
Vocês podem enganar um ou a dois mais não enganam a todos. Pelo menos a mim não porque estive dos dois lados e o que eu jamais poderia supor que passaria, tive que sentir na carne o que é dar de cara com certos psicopatas que pertencem a categoria. São capazes de tudo. Basta qualquer um me pedir que eu posso mostrar provas do que eu digo, ou então me processem se eu estiver errado, mas lembrem-se quanto a provas não existem argumentos.
Vejam o que escrevo (Antonio Poet@) na Comunidade INSS é uma Vergonha, pois é tudo verdade.
Poet@
Manuel Saraiva Poeta
(Meu nome por completo pois nada temo).

hulk disse...

Dr Cavalcante:
Acusei o recebimento de sua postagem.E passo a fundamentar o seguinte.Como menbro da comunidade, possuo tambem, o direito de participar da direção e da gestão dos assuntos pubricos.Assim,posso afirmar que democracia é um regime de governo no qual o poder de tomar decisões politicas esta com os cidadãos, que são componentes da sociedade a quem cabe discutir,refletir,pensar,e encontrar soluções e intervir para nossos problemas.
Porém faz mister acrescentar que a democracia "não é um fim em si mesma; ,é uma poderosa e indespensavel ferramenta para a construção continua da cidadania, da justiça social, e da liberdade compartilhada.Ela é a garantia do principio da igualdade irrestrita entre todas e todos.

hulk disse...

Perito Vandeilton.

Refutas imperativamente meu parecer,quanto as pericias realizadas em meu amigo (in memórian).Òbviamente defendes o paradigma da sua classe,Incasavelmente me julgas prepotente por decernir posturas que foram tomadas por peritos (as) que (pericias) em meu amigo agora falecido.Tambem acho claramente óbvio,existem peritos bons,peritos ruins técnicamente.Tambem te acho prepotente por quereres julgar a mim,pois não tens o condão,nem entidade moral para se fazer juiz ,a meu respeito.Continue a fazer seu testro e suas firulas,se isso te aplaz.Nada do que disse me afliges,e não sinto que algo do que relataste faça com que mi desabone.Porem onde hà a mão humana hà a imperfeição.Teci um comentário onde foi obeservado pelo Dr Cavalcanti,e consultado a respeito lancei pedido de desculpas.Mas a ti nada tenho que pedir.Se te possas imteressar passarei pela 8° cirurgia.Saio desse forúm como entrei.De cabeça erguida com minha dignidade sem resíquios de ter sido tocada ou ferida.

HSaraivaXavier disse...

Discutam porém sem ofensas e com argumentos por favor. Eu sou administrador deste blog e qualquer um que sentir-se ofendido pode enviar email para peritomed@hotmail.com para denunciar. Este blog aceita críticas aos peritos e ao INSS porém sem palavras de baixo calão. Espero que todos se respeitem e aproveitem este blog que na verdade é o único espaço ativo onde um segurado e um perito podem debater em conjunto os principais fatos. Caro queiram usar termos obscenos e condutas desrespeitosas, existem várias comunidades na internet que teriam prazer de recebê-los inclusive muito maiores que este simples blog.

Cavalcante disse...

Prezado Sr. Paulo,
O seu Direito de opinar e de participar da gestão de assuntos públicos e mesmo deste blog, assim como as premissas básicas da Democracia, jamais foram por mim questionadas.
Apenas afirmei que nunca podemos misturar questões político partidárias com a técnica e a prática médico pericial, por pura incompatibilidade entre os dois temas.
Ao expressar seu voto no Partido dos Trabalhdores (PT), mandatário maior do poder neste país, infelizmente fui compelido a deixar claro algumas sabidas práticas daquela agremiação partidária (assistencialismo, populismo, defesa de alguns interesses de sindicatos específicos, indicações políticas para o exercício de cargos e funções públicas estritamente técnicas), práticas essas que são confrontantes e até inviabilizadoras do bom exercício da atividade médico pericial!

beto disse...

eu tive a maioria de minhas pericias deferidas e peguei peritos super educados, assim como peguei peritos mais sérios,mas nunca cheguei a ser ''destratado''.