Governo de SP aprova docentes barrados em concurso
AE - Agência Estado
A Secretaria de Gestão Pública recuou e decidiu aprovar professores que haviam sido vetados por motivos de saúde, pela própria pasta, no último concurso público da rede estadual de São Paulo. Havia casos de profissionais barrados por serem obesos ou por terem tido depressão em algum momento da carreira. Os docentes entraram com recurso e pediram nova perícia médica.
O resultado da nova perícia foi publicado ontem no Diário Oficial do Estado, com a lista dos professores. Segundo consta na publicação, 304 professores pediram reconsideração da perícia. Desse total, 33 não compareceram ao procedimento ou não concluíram o processo e 48 foram considerados novamente não aptos - ou seja, uma taxa de 16% de reprovação.
Após o resultado da primeira perícia, a secretaria havia divulgado nota em que dizia que não poderia admitir um funcionário "doente" - uma vez que ele poderia faltar por motivo de saúde - porque prezava pelo bom funcionamento da rede de ensino.
Segundo a secretaria, dos casos de professores vetados por endocrinologistas na primeira perícia, 73% foram classificados como aptos na reconsideração. Já no caso dos docentes vetados por psiquiatras, 66% passaram.
O secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini, nega que a pasta tenha voltado atrás na decisão anterior, que reprovou os docentes. "Não mudamos de opinião. Para essa segunda perícia, chamamos uma junta médica do Hospital das Clínicas", disse. "Tomei pessoalmente esse cuidado, especialmente nesses casos mais polêmicos, para que o procedimento fosse o mais independente possível da primeira perícia", explicou. Os professores que continuam considerados não aptos ainda podem entrar com recurso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fatos estranhos.
1) 73% das reprovações foram reconsideradas para Obesidade e 66% para transtorno depressivo
2) Foram avaliados na primeira avaliação por especialistas médicos e Peritos na Junta do Estado
3) Numa segunda avaliação foram avaliados por colegas especialistas assistentes que reverteram a maioria das decisões depois que os anteriores sofreram enorme pressão social de Mídia, OAB, Direitos Humanos, Políticos e Sindicatos.
Estaria O "CLAMOR SOCIAL" se sobrepondo a "QUESTÃO TÉCNICA"?
Estaria a Vontade da IMAGINAÇÃO vencendo aquilo que É FATO?
Não estaria a sociedade exigindo receber o que ela GOSTARIA que fosse e ouvindo as palavras que GOSTARIA de ouvir? Um perito que carrega sobre si a responsabilidade técnica e segue protocolos não deveria ser protegido, ao invés de fazer isso com medo de ser assediado, humilhado em público e ter sua capacidade questionada?
Ora, é só dizer o que o povo quer ouvir e está resolvido. Está mesmo?
Espero que não, de outro modo seria enorme o dano a sociedade das nossas decisões.
A sociedade protetora das obesas e deprimidas que me perdoem, mas não dá para aceitar.
Os advogados, promotores, assistentes técnicos, sindicalistas, políticos e mesmo magistrados podem ser parciais, no entanto, seria inadmissível que peritos médicos cedessem as suas convicações por compaixão ou pressão de qualquer natureza. Nada é mais danoso para a sociedade a perícia parcial.
Ela solta culpados. Prende inocentes. Gasta sem necessidade. Economiza quando não se pode.
A Perícia feita no GRITO é a destruição da sociedade.
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