domingo, 27 de abril de 2014

CARAVANA DE PADILHA ATOLA NAS SUSPEITAS DA POLÍCIA FEDERAL.

É preocupante a situação do PT em São Paulo. Com todas as fichas apostadas na eleição para o Governo no "terceiro poste de Lula", ou seja, o ex-Ministro da Saúde e mentor do Mais Médicos, Alexandre Padilha, o seu envolvimento no escândalo do doleiro Alberto Youssef abalou profundamente as estruturas do Planalto, que não tem substituto caso Padilha seja forçado a abrir mão da disputa. 

Os outros nomes conhecidos do PT para São Paulo ou estão impedidos por não terem se descompatibilizado a tempo (Mercadante, Marta Suplicy) ou estão em cana na Papuda (Dirceu, Genoíno, Cunha). Só sobrou Eduardo Suplicy, a quem Lula tem tanta ojeriza que prefere ver mais 4 anos de Alckmin do que seu correligionário vencer.

O pai do Mais Médicos, programa que escravizou 14 mil técnicos de saúde falsamente chamados de médicos para fazer politicagem com a saúde alheia, Alexandre Padilha está atordoado com a descoberta do seu nome na nebulosa operação desnudada pela PF que pretendia arrancar milhões de reais da Saúde para os bolsos de criminosos e, talvez, caixa 2 de partidos?

Padilha, que com o beneplácito do TRE-SP vem fazendo campanha antecipada através da "Caravana Horizonte Paulista", aparentemente está com o horizonte a cada dia mais curto, após as denúncias. A Caravana foi suspensa temporariamente para ele se explicar. Lembrando que a PF é subordinada ao Ministério da Justiça, do petista José Eduardo Cardozo.

O que temos de indícios até agora se resumem na esquete abaixo:


1 - O doleiro Alberto Youssef adquire a preço de banana um laboratório falido, sem estrutura, com nome moderno ("Labogen") para servir de fachada pra remessa de dinheiro ao exterior. Se associa ao então vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR) para fazer lobby no Ministério da Saúde para ganhar dinheiro em cima desse projeto.

2 - Segundo confirma o próprio Padilha, Vargas o procurou algumas vezes para viabilizar a presença da Labogen nos contratos do Ministério da Saúde.

3 - Segundo a PF, e negado por Padilha, para facilitar a vida da Labogen dentro do MS, Padilha teria indicado um conhecido seu de partido, ex-assessor do MS e que estava fazendo lobby para a Geap (plano de saúde dos servidores federais completamente dominado pelo PT - Zé Dirceu e aliados), para virar "executivo" da Labogen, Fontes confirmam que Padilha conhecia sim o indicado, Marcus Cezar, a quem chamava de "Marcão" e que tiveram importante papel nas Relações Institucionais, de onde veio Padilha, na campanha de Dilma Roussef em 2010 (clique aqui).

4 - "Marcão" (Marcus Cezar, nomeado assessor por Padilha em 2011 antes de ir militar na Geap), é contratado por Youssef para ser executivo da Labogen, a R$ 4 mil reais por mês na CTPS, mas segundo a Folha de SP, o vencimento real seria de R$ 25 mil reais (clique aqui).

5 - Feito o trato, a Labogen se maquiou para a "inspeção" do Ministério da Saúde e da Anvisa. Segundo denúncia, os equipamentos acima são apenas casca brilhante, ocos por dentro. A idéia seria participar com laboratórios de verdade para a produção de sildenafil (Viagra) para distribuição pelo SUS, através de contratos denominados PDP. Nem a EMS nem a Marinha explicam porque precisariam do Labogen, um laboratório nanico e de fachada, para fazerem a produção. (Clique aqui).

6 - Para justificar a produção, Ministério da Saúde acelera protocolo de atendimento à Hipertensão Pulmonar que estava engavetado há 10 anos e que estranhamente direciona o SUS a usar o sildenafil preferencialmente. (Clique aqui). Aprovado o protocolo, a primeira remessa já é planejada, ao custo de 31 milhões de reais. Na foto abaixo, Padilha assina contrato de intenção com a Marinha e, supostamente, a Labogen (clique aqui) e em janeiro de 2014 o Consenso de Hipertensão Pulmonar sai da gaveta.

7 - A Labogen, homologada com o executivo amigo de Padilha e o PDP com a Marinha e a EMS, entregaria o remédio ao MS a preço superfaturado.

8 - O MS pagaria a grana aos envolvidos.

9 - O caminho da grana ainda é incerto. Youssef e Vargas falaram em "independência financeira", mas obviamente não seria os únicos beneficiários.

10 - A pergunta que não quer calar: Padilha não faria isso de graça nem por favor. A quem mais o esquema de Youssef beneficiaria? Padilha teria autonomia em tal operação sem a aprovação de superiores, sendo ele Ministro? Já sabendo que era o escolhido para a campanha paulista, seria caixa 2? Ou será fogo amigo de dentro do PT querendo sabotar sua candidatura, por divergências internas? Após a exposição, o MS suspende o acordo (clique aqui).

Uma coisa é certa: Padilha e Vargas eram grandes conhecidos. Tanto que Padilha fez campanha para ele em 2010, deferência dada a poucos candidatos a deputado pelo futuro Ministro da Saúde:


E agora Padilha? 

Em um falso laboratório, com nome moderno, Youssef e Vargas tramaram para ganhar dinheiro vendendo remédios superfaturados ao Ministério da Saúde. Do alto de seu cargo de Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, Vargas pretendia enriquecer, segundo denúncia da PF, desviando dinheiro da Saúde. Alexandre Padilha, que era o responsável pela segurança desse dinheiro e que falsamente acusou nós, médicos brasileiros, de ser a causa da falência da saúde pública, enquanto gastava bilhões de reais importando escravos cubanos para fazer política e propaganda a favor de seu governo, deixava rolar solto o esquema de Youssef e Vargas debaixo das suas barbas. 

Agora, parece que além de deixar rolar, haveria participação ativa do Ministro na montagem do esquema, segundo suspeita a PF. É um tipo de corrupção que, se provada, mereceria um tratamento diferenciado por parte das autoridades, pois sugaria recursos parcos e destinados a salvar a vida de pessoas. Essa corrupção literalmente mata pessoas. Recursos esses que sempre faltaram , menos para tramóias como essa e o Mais Médicos. Aquele que nos chamou de mercenários, parece que olhava no espelho quando proferiu tamanha ofensa.

2 comentários:

Anônimo disse...

O pilantra pensou q ia fazer campanha politica hoje no Roda-Viva e se deu mal; foi apertado por todos os entrevistadores e ficou falando sozinho.

Anônimo disse...

Alias, ninguem tinha mais saco de ficar ouvindo o pilantra contar historinha triste p/ ganhar eleitorado ignorante q adora novelinha. Fiasco.