quinta-feira, 8 de maio de 2014

PORTARIA CRETINA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE AUMENTARÁ TRANSMISSÃO VERTICAL DE HEPATITES VIRAIS

O Ministério da Saúde, órgão mais sectário e anti-médico que existe na administração pública federal, fez mais uma de suas pataquadas com a publicação ontem de uma portaria insana (clique aqui) que tenta "pautar" o ato médico através de leis insossas e absolutamente desprovidas de embasamento científico. Como sabemos, a turma do multiprofissional rejeita a ciência, pois não a domina, e prefere as "experiências" e as "interações sociais" baseadas em achismos politicamente corretos que simplesmente não funcionam quando a pessoa passa mal.

No caso em questão, sob pretexto de estimular o "parto humanizado", tentam impor uma série de medidas absurdas como atraso na vacinação e medidas profiláticas ao recém-nascido em troca de um suposto "humanismo" em fazer o contato "pele-pele" sem sequer perguntar á mãe se é isso o que ela quer.

Além disso, recomenda deixar o cordão até parar de pulsar (alguns minutos) exceto em caso de isoimunizadas e HIV/HTLV. E as hepatites crônicas virais, a vasta maioria com carga viral detectável e em volumes elevados, Ministério da Saúde?  

Os mesmos cretinos que recomendam que uma mãe com hepatite amamente são os que fazem essa recomendação absurda, quando a ciência mostra a cada dia os elevados riscos de transmissão vertical de hepatite viral nessas situações.

Num país que sequer consegue fazer o pré-natal de suas gestantes, que não consegue coletar exames e processá-los a tempo hábil durante a gestação, fazendo muitas vezes que a mãe só descubra ter doenças transmissíveis após o parto, quando chega o resultado, um país que vive com taxas vexatórias de sífilis neonatal e de outras doenças infecciosas congênitas, fazer esse tipo de recomendação sobre o cordão umbilical é um acinte.

O mero ato de querer regular por lei ato médico (técnico, profissional) já é um absurdo. E quando nessa regulação se recomendam medidas que botam em risco a saúde do bebê, ai já é o cúmulo da insanidade.

Sugiro aos GO: Continuem fazendo o que a faculdade e a ciência ensinam, conversem com os pais sobre como eles esperam e querem que o parto ocorra (isso sim é humanismo de verdade, e não humanismo de decreto) e como todo bom médico, ignorem o que o Ministério da Doença Saúde recomenda.

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