segunda-feira, 24 de setembro de 2012

CASO - CAOS DO IML ALAGOAS

PRESIDENTE DO SINDICATO É PRESO

"O presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, foi detido na tarde desta segunda-feira por ordem do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), desembargador Sebastião Costa Filho. Ele é acusado de descumprir decisão da Justiça do mês de junho - que proíbe os médicos legistas de entrarem em greve..."

Em forma de poesia, ex-diretor do IML faz protesto ao governador

"Excelentíssimo Senhor,
Governador do Estado,
Ouça o grito de protesto
De um servidor revoltado

Excelência, isso é incrível,
É inteiramente impossível
Suportar tudo calado

Um pobre médico legista
Tem mesmo que ser artista
Pra não morrer engasgado

Como é que se admite
Que um profissional
Graduado em medicina
Tenha um salário tão mal!

Ganhar nem três mil reais
Já não se aguenta mais
Tamanha decepção..."

Na íntegra: http://www.conexaopenedo.com.br/c2/alagoas/11002.html


“O Estado não se preocupa nem com os vivos, imagine com os mortos. O governador Teotonio Vilela Filho é o culpado, bem como o secretário de Defesa Social, Dário Cesar, que não entende que os médicos não são iguais aos peritos, digo, os médicos legistas têm carreira própria, fazem perícias criminais e também civis, como para o Seguro DPVAT”, disparou Presidente do Sindicato dos Médicos.

Segundo o líder da categoria, a média salarial dos médicos legistas no Nordeste é de R$ 8 mil, mas, em Alagoas paga-se R$ 2.600 mil. “Os legistas não são bandidos para serem presos, porque se eu for, todos irão. Estamos juntos nesta luta! Estes profissionais não são bandidos, como o governador crê. Continuo minhas atividades de médico e tenho que trabalhar muito para garantir o meu sustento. Não fugi... fiquei sabendo desta prisão pela imprensa. Fui para Maragogi resolver uma situação, porém, logo retornei e estou na capital com alguns pacientes, inclusive, internados”, explicou

Na íntegra:

Fotos do Caos:

7 comentários:

Snowden disse...

Você observa pela foto o material de trabalho enferrujado e a bancada mal conservada, que dirá demais aparelhos do dito IML!
Ai aparecer o Senhor da Lei, e com uma canetada manda prender um Homem que luta pela dignidade de seu trabalho e por dignidade no ambiente de trabalho, como que se o Legista fosse o culpado!
País injusto!
Voltamos a escravidão! Que absurdo!! Que Tirania!!
Se eu fosse Legista eu pediria demissão! E os Legistas deveriam pedir Demissão em Massa! Esse caso deveria ser Denunciado a OiT!!

HSaraivaXavier disse...

Após prisão de líder, médicos protestam e param por uma hora em Alagoas
08:24 - 25/09/2012
Da Redação


Atendimento no HGE deve ser prejudicado durante uma hora
Os médicos da rede pública estadual prometem fazer uma paralisação de uma hora nesta terça-feira (25) em todas as unidades de saúde de Alagoas. A suspensão nos atendimentos, que ocorre entre as 11h e o meio-dia, foi a forma encontrada pela categoria para protestar contra a prisão do presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Wellington Galvão, ocorrida na tarde desta segunda-feira (24), por descumprir determinação judicial para encerrar a greve no Instituto Médico Legal (IML).
Segundo o próprio Wellington Galvão, o protesto desta terça deve comprometer o atendimento no Hospital Geral do Estado, na maternidade Santa Mônica, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, e em outras unidades da rede estadual de saúde.
"No entanto, é preciso informar que não se trata de greve, mas de uma paralisação em forma de repúdio que foi decidida pela categoria em assembleia na noite de ontem. Todos os casos de emergência, com risco de morte, serão atendidos", ressaltou o presidente do Sinmed, que volta às suas atividades normais nesta terça-feira, um dia após ter sido preso pela Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), levado para Central de Polícia e liberado após assinar termo de compromisso de se apresentar à Justiça para responder a processo por desobediência.
Sobre a greve dos legistas, Wellington Galvão destacou que a categoria se reuniu, na noite de ontem, e também decidiu que a paralisação continua. "Perícia é uma coisa séria. Não pode ser feita de qualquer jeito e em um local sem a menor estrutura. Temos casos de médicos que chegam a fazer 16 perícias em apenas cinco horas. Isso é inadmissível", ressaltou.
A alegação dos médicos de que a greve é por melhoria nas condições de trabalho foi rebatida pelo juiz Maurício Brêda, durante a reunião do Conselho Estadual de Segurança (Conseg), na manhã de ontem. "Esse ponto de condições de trabalho foi superado no primeiro minuto da primeira reunião. A questão é totalmente salarial, já que os médicos querem um aumento imediato", disse o magistrado.
Entenda a prisão
A prisão imediata do presidente do Sinmed foi decretada no plantão judicial  de sábado (22), por conta da manutenção da greve do Instituto Médico Legal (IML). Em sua decisão, o presidente do TJ sustenta que Wellington Galvão estava “intimado do inteiro teor da decisão que proibiu por tempo indeterminado paralisações desta natureza”. “Mostra-se injustificável e temerária a conduta do Sindicato Réu, a merecer a imposição de outras medidas coercitivas capazes de assegurar a continuidade do serviço público e o respeito aos comandos judiciais”, atestou ainda o desembargador.
Notas de repúdio
Durante a noite de ontem, entidades nacionais que representam os médicos, como o Conselho Regional e Medicina e a Associação Brasileira de Medicina Legal emitiram nota de repúdio contra a decisão da Justiça de prender Wellington Galvão. O caso ganhou repercussão nacional.

http://tudonahora.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2012/09/25/208259/apos-prisao-de-lider-medicos-param-por-uma-hora

HSaraivaXavier disse...

Curiosa comparação... Apesar de todas as conhecidas diferenças....

"Perícia é uma coisa séria. Não pode ser feita de qualquer jeito e em um local sem a menor estrutura. Temos casos de médicos que chegam a fazer 16 perícias em apenas cinco horas. Isso é inadmissível", ressaltou.

HSaraivaXavier disse...

Médicos legistas divulgam fotos dos corpos 'largados' no IML de Alagoas

Categoria mostrou as reais condições de trabalho vividas pelos profissionais

http://www.tribunahoje.com/noticia/40612/cidades/2012/09/25/medicos-legistas-divulgam-fotos-dos-corpos-largados-no-iml-de-alagoas.html

H disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
H disse...

As fotos mostram mais do que se pode comentar. Ambiente insalubre, sem classificação. Para quem tem pouca capacidade de suportar imagens fortes um aviso: não vejam. Mais fácil prender o médico. Fica a sugestão: que o nobre juiz passe a despachar do IML também. Se está bom para os médicos, tem que ser ideal e aceitável até para o judiciário também.

http://www.tribunahoje.com/noticia/40612/cidades/2012/09/25/medicos-legistas-divulgam-fotos-dos-corpos-largados-no-iml-de-alagoas.html

HSaraivaXavier disse...

CUT manifesta solidariedade aos médicos do IML




email E-mail
mais Mais...
por Assessoria

A Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT/AL) vem a público manifestar sua solidariedade aos médicos/as do Instituto Médico Legal (IML) e repudiar a postura do governo do Estado, em sua tentativa de perseguir e criminalizar os/as profissionais do órgão, que lutam por melhores condições de trabalho e por um salário digno.

A prisão do presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, foi um ato arbitrário e que nos remete ao período sombrio da ditadura militar. Se há necessidade de criminalizar alguém, que seja o governo do Estado, que não está cumprindo seu papel institucional de oferecer à população uma saúde pública de qualidade.

A CUT/AL repudia qualquer tentativa de criminalização dos movimentos sindicais em decorrência de sua luta legítima em defesa da categoria. Para a Central Sindical, o movimento grevista dos médicos/as peritos/as do IML é ético e justo. O que não é justo nem ético são as estratégias de perseguição adotadas pelo governo do estado, que tem o dever de abrir canais de diálogo com os profissionais em greve, para que haja uma rápida solução para os problemas identificados e não apostar nas práticas antissindicais.

Como foi amplamente noticiado pela imprensa, após uma vistoria no local, o Tribunal de Justiça deu prazo até 31 de dezembro de 2011para o Estado desativar o atual prédio do IML de Maceió por falta de condições de funcionamento. O governo ignorou a ordem judicial e até agora nada foi feito.

Portanto, toda a responsabilidade pela crise do IML é do governo do Estado. Em vez de punir médicos que estão reivindicando direitos básicos, a Justiça deveria exigir do Poder Executivo o cumprimento de suas obrigações para com a população e evitar que muitas pessoas morram à míngua nos corredores dos hospitais e do HGE.