quarta-feira, 7 de agosto de 2013

EDITORIAL: A LUTA DE CLASSES COMO MÉTODO DE PODER PARTIDÁRIO - A MEDICINA É A BOLA DA VEZ.

Por Eduardo Henrique Rodrigues de Almeida, Perito Médico GEx BH, Fundador e ex-presidente da ANMP, Fundador e diretor de relações interinstitucionais do Sindicato Nacional dos Peritos Médicos.

Pegando um pitaco aqui, uma análise ali e acolá, me arrisco a sintetizar o momento que vivemos. Lula e o PT construíram no Brasil um ambiente de luta de classes. Isto se revela nas cotas de negros, quilombolas, índios e no ataque sistemático às elites. Sempre se cita as elites como causa de todos os males, mas não se define "as elites". Para mim, dono da Friboi é alta elite, mas para a população pobre eu sou elite.

Atacam todas as profissões que demandam estudo; rasterizam e desqualificam até os professores igualando-os aos faxineiros, todos trabalhadores dignos do ensino, mas de formação e papel muito distintos. Agora são os médicos as vítimas de bulling oficial pois simbolizam no imaginário popular a elite mais privilegiada.

Não importa que a maioria dos médicos não sejam de ricos e sim assalariados, estudem décadas e trabalhem 12, 13 horas por dia sub-financiados e sub-remunerados. Para o PT e seus apedeutas, somos elites que excluem e abandonam "os pobres". Esquecem de dizer que quem abandonou os pobres foram eles, que viraram por si só uma nova elite política e financeira, e a cada dia cortam mais e mais verbas da Saúde. 

Invertem as prioridades e taxam o estudo e a meritocracia de "privilégio de elites" e privilegiam a ignorância e o desconhecimento. O INSS é apenas um espelho dessa política nefasta.

Além disso, os governos PT estimularam o ócio, a leniência, a malandragem e não distribuiu renda nenhuma, distribuiu apenas a riqueza gerada por poucos e que precisava ter sido aplicada na infraestrutura. São 22.000 cargos comissionados, milhões de bolsistas, milhões de golpistas contra o INSS, contra os bancos públicos e contra o salário desemprego que, sozinho, comeu 40 bilhões de reais em 2012. Centenas de bilhões de reais desperdiçados com corrupção e pseudo-programas assistenciais que mantem a pessoa na miséria mas "grata" ao governo por ter um pouco menos de miséria do que a que já tem. 

O cenário mundial que possibilitava essa orgia de gastos cessou. O crescimento econômico é pífio, apelidado de pibinho, a inflação e a dívida voltaram, mas o que importa é implantar o "socialismo à moda petista", a qualquer custo. Os antigos órgãos de resistência, como a UNE e sindicatos estão totalmente aparelhados, inclusive com sede cedida pelo Governo (caso da UNE). 

Há agentes pró-PT infiltrados até no Supremo Tribunal, como são os casos de Levandowski e Toffoli. O partido não tem projeto de nação; apenas projeto de poder e a meta de implantar o socialismo não só no Brasil como na América Latina, projeto esse coordenado pelo Foro de São Paulo, organização fundada por Lula e Fidel em 1990 e que já se reuniu 19 vezes, sob o silêncio da imprensa. 

Aliás, a imprensa... depende do governo e sua farta publicidade. A luta de classes, citada há pouco, é
fundamental para a implantação do socialismo. Os médicos cubanos são os soldados dessa guerrilha e já foram treinados para isso. Faltam apenas desembarcarem para começarem o trabalho pelos mais desvalidos e abandonados brasileiros. De quebra, o Governo brasileiro drenará recursos para a ilha dos Castro, pagando pelos médicos-guerrilheiros cubanos ou brasileiros recrutados do PT/MST e treinados lá. 

O povo nas ruas dizendo estar de saco cheio disso tudo assustou um pouco, mas os petistas, expulsos das manifestações, estão infiltrando baderneiros e tentam reverter o cenário a seu favor, como fez Dilma diante do Papa, ao afirmar que o povo está tão satisfeito que foi às ruas pedir mais.

O cenário é grave e o povo precisa deter esses aloprados e suas ideias anacrônicas e mirabolantes. Comecemos defendendo a medicina de bom padrão que se pratica no Brasil, exigindo, como em qualquer país, que estrangeiros demonstrem qualificação para cuidarem de nossos irmãos.

Não é aceitável existir dois tipos de médicos e dois tipos de medicina neste país. A criação de uma medicina de pobre para pobres, paradoxalmente, é uma clássica política neoliberal, mas sendo oportunamente implementada por aqueles que pretendem alcançar o socialismo, meramente por acharem que lhes trarão dividendos eleitorais.

O PT não possui um projeto de país, possui um projeto de poder próprio. O País que se dane. Para isso, declararam guerra aos médicos. E conseguiram enfurecer uma classe até então adormecida, mas que agora se mobiliza para não ser utilizada como boi de piranha do Foro de São Paulo.

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