domingo, 25 de novembro de 2012

Não há nada que não haja

25/11/2012 16h44 - Atualizado em 25/11/2012 17h56
Jovem leiloa virgindade e diz ter recebido proposta de R$ 70 mil
Jovem que mora em Sapeaçu entrou na 'onda' de vender a virgindade.
Ela teve ideia após ver vídeo de catarinense, e pretende ajudar mãe doente.

A principal motivação de leiloar a virgindade, segundo alega, é conseguir dinheiro para ajudar no tratamento da mãe, que é aposentada pelo INSS por invalidez. "Eu estava passando muita dificuldade, até para conseguir ajuda para comprar remédios, marcar exames. A gente vive com um salário mínimo. Até já tentei trabalhar, mas aqui na cidade paga pouco. Só consegui ganhar R$ 40, R$ 100 por trabalho um mês inteiro. Não faz diferença esse dinheiro porque teria que pagar uma pessoa para cuidar da minha mãe", disse.

A mãe de Rebeca sofreu AVC (Acidente Vascular Cerebral) há quatro anos e ficou com graves sequelas, segundo conta. Entre elas, não consegue andar nem tomar banho sozinha, além de ter dificuldades para se alimentar e estar com a fala comprometida. Há aproximadamente um mês, a mãe sofreu um segundo AVC. "Com o pouco recurso que a gente tem, não dá para pagar fono [fonoaudiólogo]. São várias coisas para pagar que a gente não tem", afirmou.

6 comentários:

Francisco Cardoso disse...

"Onda"? Prostituição é a mais antiga das profissões, não é o que dizem?

Vandeilton disse...

Acho que vocês já estão exagerando na "cruzada contra as doenças mentais".
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Se o entusiasmo neste tema é tão grande, porquê não discutem os aspectos técnicos que orientam decisões em uma perícia por Burnot?
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Sim, é difícil comentar sobre doença psiquiátrica, pois não temos referência objetiva, mas também não é impossível. Só porque a coisa é difícil e os espertinhos escolhem este ramo da medicina para nos enganar, não quer dizer que todos os doentes mentais que aparecem na perícia são preguiçosos.
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Acho que devemos nos ater nos protocolos e diretrizes da sociedade de psiquiatria e treinar muito semiologia psiquiátrica, além da farmacologia desta área. O que fugir daí pode-se empregar os protocolos para se detectar simulação.
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O problema da perícia psiquiátrica é o aumento da desconfiança do perito, o elevado índice de erros diagnósticos até dos psiquiatras, o pouco tempo disponível para este tipo de perícia, o auto índice de analfabetismo que atrapalha o emprego de boa parte dos testes cognitivos, de memória, atenção e raciocínio lógico/matemático, além da dificuldade de se manusear bem os conceitos básicos da semiologia psiquiátrica.
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Como exemplos de dificuldades, podemos citar:
1) diferenciar um distúrbio primário de memória de outro em que o segurado diz "se esquecer das coisas", mas tem um déficit de atenção importante que simula perda de memória ...
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... ou diferenciar psicose patológica daquelas visões que têm como base um fundo religioso ...
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... ou identificar que é possível um esquizofrênico alegar que é doente e que as imagens que vê são alucinações, e mesmo assim o seu diagnóstico de esquizofrenia estar correto.
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Esquizofrênicos em tratamento crônico, após muitos anos de terapia e história clínica, são convencidos pela lógica e por seus psiquiatras que as imagens e/ou personagens que vê não são reais; como exemplo, temos o prêmio nobel Jhon Nash, ma vida do qual foi baseado o filme "uma mente brilhante".
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Pacientes assim chegam em seus médicos e dizem: "Doutor, eu estou piorando, aquela menina está me seguindo de novo. Aumenta aí a dose de tal remédio para mim".
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Outro exemplo que eu já ouvi: "Doutor, minha doença voltou. Eu estava assistindo TV e começou a passar aquelas imagens que fala comigo. Aí eu fiz o que o Sr. mandou e tirei o fio da TV da tomada, e a imagem continuou a falar comigo".
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As pessoas nos exemplos, assim como o Jhon Nash, têm esquizofrenia, mas com o tempo e tratamento, aprendem a diferenciar o que é alucinação e o que é real, recobrando assim seu juízo crítico.

HSaraivaXavier disse...

A nova sociedade do século XXI sem alicerce nenhuma de moralidade - educação familiar, ausência de estado e de religião - enfim, vide vida - retorna aos tempos priscos imemoriais quando os fins justificavam os meios plenamente.

A moral é a base da boa conduta social. Hoje, não faz mair parte das escolas. Sem o senso de moral as pessoas confundem absurdos com a normalidade e, claro, se justificam de quaisquer atitudes.
Desde roubar nos cargos eletivos, passando pela prostituição publica até mentir por benefício. Mesma doença. Este País está f*dido

Snowden disse...

Esse país é uma piada!
Governo paternalista, assistencialista!
Sociedade infantilizada e Hipócrita!
Mediocridade, Picaretagem, Malandragem dominando em todas as esferas!
Como explicar que este país tem 80% mais inválidos que qualquer país serio da Europa?
Os que se propõem a trabalhar, já estão de saco cheio de pagar tanto imposto pra manter a mamata dos demais!
E a divida publica que já passa dos 2 trilhões, quem é que vai pagar?
Ah, antes que eu esqueça, estão sabendo algo sobre a Proposta do Guido Mantega de que a contribuição previdenciária ao invés de iniciador sobre os salários, seja sobre o LUCRO DAS EMPRESAS?
E Vandeilton, vamos ser honestos, aqui tem gente que diz que é doido mas pilota ate helicóptero! O Governo deveria era cruzar dados, do INSS com a receita federal, do INSS com o BACEN, da movimentação financeira com as fontes de recursos! Mas nao faz isso pois a Incompetência Gerencial corre solta! É so olhar as responsabilidades do Estado e a tratativa que o mesmo se propõe! Saude, Educação, segurança lixos! Viu o magnata da saude ontem na Folha de Sao Paulo?! E as medidas Governo pra Educação, essa vergonha de cotas porque nao investe na Educação Básica, no Ensino Fundamental, pra dar condições de competir?! Quer corrigir o erro na ponta?!
E aqui muita gente se faz de doido sim mas é pra nao ir trabalhar, é pra curtir a vida, viajar, beber, fumar, meter! Se existisse Investigadores Previdenciários vc ia ver o tanto de Vagabundo...

Francisco Cardoso disse...

Vandeilton publicou no tópico errado.

Vandeilton disse...

É, publiquei neste tópico, mas queria publicar no outro, que versa sobre síndrome de Burnout.
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Mas, explicando-me melhor, acho que nós (médicos peritos), policiais, fiscais de impostos e de renda e os professores são quem mais entendem da infantilização da população. Estado-Babá (acho que o termo mais correto é Estado populista) transforma população em crianças crescidas.
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Mas ... nós não devemos nos esquecer que somos médicos, profissionais da saúde com ênfase nos conhecimentos comprovados pela ciência. Não devemos pautar nossos comentários públicos em achismo.
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Sobre as doenças mentais, vemos no dia-a-dia o quanto de gente mal-intencionada, que fingem ou supervalorizam o quadro clínico mental para se aproveitar do estigma social destas doenças.
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Sabem que, ao se passar por doente mental, angariam facilmente o apoio da população, da imprensa leiga, de policiais/promotores, advogados e autoridades populistas semi-analfabetas.
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Porém ainda há os realmente doentes e incapacitados. Nós, peritos, temos que nos capacitar para diferenciar o joio do trigo de forma mais justa.
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Para isto, de nada adiantará colocarmos em dúvida o potencial incapacitante de uma doença, sem embasamento científico. Digo que este embasamento não existe porque a nossa experiência diária profissional não viram estatísticas, nem são publicadas em veículos especializados da imprensa científica, nem foram submetidas ao contraditório (pesquisas semelhantes, realizadas nos mesmos moldes da nossa, porém por outra equipe e em outra população).
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Por isto, devemos nos resguardar de fornecer opiniões que, estatisticamente e cientificamente, não podemos provar, mesmo que sabemos por experiência ser estas opiniões corretas.
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Refiro-me, claro, ao post em que o diagnóstico e o potencial incapacitante da Síndrome de Bournot são questionados, mas sem se fornecer argumentos científicos relevantes que possibilitem este questionamento.
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Sobre o governo não fazer o cruzamento de dados ... sabemos o porquê ele não faz isto: não dá voto em melhora sua imagem com os demais políticos, não lhe garantindo portanto nenhum benefício pessoal, que é o que realmente importa para estes gestores.