terça-feira, 26 de março de 2013

Rio Grande do Sul pára em Protesto a Política do Governo

26/03/2013 10:43 - Atualizado em 26/03/2013 10:52

INSS paralisa as atividades e perícias são suspensas no RS
Categoria reivindica plano de carreira, gratificação e contratação de funcionários

O atendimento aos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está paralisado em boa parte das agências no Rio Grande do Sul. Peritos e funcionários da área administrativa cruzaram os braços para chamar a atenção da sociedade e do governo federal para as más condições de trabalho e falta de funcionários. O ato integra as ações de mobilização nacional.

Em Porto Alegre, os integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência no Rio Grande do Sul (Sindisprev/RS) se reuniram no Centro da cidade para protestar. Dois bonecos com duas cabeças e quatro braços cada ficaram expostos para representar os servidores que teriam que ter vários membros para conseguir dar conta do volume de trabalho. “Um senhor veio aqui reclamar, com toda a razão, pois espera agendamento há seis meses para mudar o cadastro que foi feito feminino, quando era para ser masculino. Esse é o reflexo da sobrecarga de trabalho dos servidores”, disse o presidente da entidade, Giuseppe Finco.

Ele avaliou que há um déficit de mais de 20 mil servidores no País. No Estado, a falta de profissionais soma 2 mil. 
“Também reivindicamos uma carreira para o servidor e incorporação da gratificação de produtividade”, afirmou. Finco contabiliza que todas as agências de Porto Alegre estão fechadas, além da metade das de Caxias do Sul e 100% das de Passo Fundo, além de tantas outras pelo Estado.

A diretora do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e vice-presidente da Associação Gaúcha de Médicos Peritos (Agapel), Clarissa Bassin, declarou que os salários dos peritos estão congelados desde 2008. Os vencimentos são de R$ 4,2 mil mais gratificação para 40 horas semanais. “A bandeira de todo o movimento é o pagamento do piso de R$ 10,4 mil para 20 horas”, destacou.

Segundo ela, sete médicos concursados sequer aceitaram a nomeação. “O INSS perde seus médicos, porque a carreira se desestruturou. A dificuldade está em manter os concursados e nomear novos”, ressaltou. Atualmente são 320 médicos, quando, no mínimo, deveriam ser 600.

Fonte: Karina Reif / Correio do Povo

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