quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

DIFICULDADE PARA BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE

28/02/2013 às 12h31min
Homem de 63 anos não aguenta mais trabalhar e pede ajuda
Em decorrência de uma hérnia na virilha e problemas na coluna, Ademar Ferreira não tem mais como garantir o sustento da família

Alexandre Duarte 
alexandre_duarte@94fmdourados.com.br
Foto: Alexandre Duarte

Ademar e a esposa Vanessa estão vivendo com apenas R$ 70,00 mensais do Bolsa Família

O diarista Ademar Ferreira de Freitas, de 63 anos, está passando por sérias dificuldades financeiras em decorrências de problemas de saúde. Ele conta que trabalhava com uma carroça, puxada por um cavalo, com a qual fazia pequenos fretes e recolhia ferros e madeira para revender, porém, nos últimos anos, uma hérnia na região da virilha e fortes dores na coluna o impedem de continuar com a atividade. Ele e a esposa vivem atualmente no bairro Dioclécio Artuzi, em Dourados-MS.

Freitas conta que trabalha como carroceiro há aproximadamente 20 anos, mas antes ganhava a vida como peão de fazenda. Ele relata que nunca trabalhou registrado e não sabia que os autônomos também devem contribuir com a previdência social. Por esse motivo, ele explica que teve o pedido de auxílio doença negado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ele contou também que durante a perícia do INSS, foi submetido a diversos testes físicos que o fizeram ficar de cama por quase uma semana. “A médica me torceu todo, doia muito. Depois da perícia fiquei vários dias sem conseguir me mexer direito. Mesmo assim, com esse sofrimento todo, tive o pedido de auxílio doença negado”, explicou.

O senhor de 63 anos disse que aguarda há mais de oito meses por uma cirurgia para a hérnia que tem na virilha. “Já tentei várias vezes e não consigo essa cirurgia. Se eu conseguisse pelo menos isso já iria amenizar a minha situação. Com essa hérnia eu tenho muita dificuldade para me mexer e não consigo carregar nenhum peso, e sem carregar peso eu não posso trabalhar”, reclamou.

Leia mais:
http://www.94fmdourados.com.br/noticias/dourados/homem-de-63-anos-nao-aguenta-mais-trabalhar-e-pede-ajuda

2 comentários:

Christopher disse...

SUGESTÃO: Como o BI deve ter sido indeferido devido a falta de carência, porque não tenta BPC,é se tão grave assim? Ao invés de reclamar do exame realizado pela colega perita deveria responsabilizar a quem de direito, no caso, o gestor do SUS local pela demora no agendamento da cirurgia e pelo não tratamento das suas "dores na coluna". Não deve ser por falta de médicos na cidade, deve ser por falta de médicos no SUS local devido a suntuosa remuneração oferecida, pois na cidade tem até Faculdade de Medicina (fato que não garante médicos em número adequado no SUS, pois provavelmente o problema é remuneração adequada e infra-estrura no serviço publico de saúde local)

Rodrigo Santiago disse...

" Ele relata que nunca trabalhou registrado e não sabia que os autônomos também devem contribuir com a previdência social. Por esse motivo, ele explica que teve o pedido de auxílio doença negado pelo INSS "

Neste caso, ao que parece, não há o que discutir: não é filiado ao INSS, não tem direito SEQUER a fazer perícia.Não entendo porque ele passou por perícia.Só se foi de BPC....porque não teria direito a ser encaminhado a perícia se pleiteasse benefício previdenciário.

Este é um dos Enunciados deste blog: o perito só deve fazer perícia de quem é ou já foi filiado, caso contrário incorre em inobservância ao princípio da legalidade, pois não há previsão legal para o ato.

Mas, no INSSANO, nada é impossível, não é incomum a inversão dos fluxos das coisas, como começar um ato pelo seu fim, para cumprir com as metas e em nome do "tudo pelo social", a lei em segundo plano, sem processo capeado.

Ao final ocorre também uma inversão dos julgamentos: o perito acaba sendo responsabilizado pelo fato de o cidadão não ter se filiado ao INSS antes de se tornar incapacitado.O mérito da questão precede ao ato pericial.