segunda-feira, 5 de março de 2012

NOTÍCIAS G1

05/03/2012 13h53 - Atualizado em 05/03/2012 16h12

Ex-motorista diz que perdeu auxílio-doença por recusar curso de manicure
Ex-caminhoneiro acusa o INSS de ter suspenso o pagamento do benefício.
INSS diz que ofereceu outras opções e que aguarda decisão da Justiça.

Um ex-caminhoneiro de Salvador acusa o INSS de ter suspenso seu auxílio-doença porque ele se recusou a fazer um curso de manicure. Hércules Vidal tem 38 anos e, depois de quatro anos de profissão dirigindo caminhão e ônibus coletivo, ele desenvolveu hérnia de disco, problemas no joelho, além de ter um laudo médico que comprova o risco de ter vertigem durante a atividade profissional.

"Devido ao quadro da labirintite que eu tenho. Isso ia ocasionar o risco da vida de pessoas no trânsito", avalia Hércules.

Há quase seis anos o motorista passou a receber o auxílio doença do INSS. Em março de 2011 ele foi encaminhado para o processo de reabilitação. "Ela me mostrou vários cursos, mas devido à minha limitação de escolaridade, que só estudei até a 4ª série, o único curso que foi encontrado foi o de cabeleireiro ou manicure, sendo que o de cabeleireiro ela mesma disse que eu não teria condições de fazer por eu ter minhas limitações de coluna", conta o ex-caminhoneiro.

Hércules chegou a se matricular no curso de manicure, com todas as despesas pagas pelo INSS. Ele frequentou três dias de aula, mas percebeu que a tentativa pela nova profissão não daria certo. Hércules conta que voltou à agência do INSS para negociar uma outra forma de reabilitação, mas não conseguiu. "Procurei a Justiça, que me concedeu o benefício judicialmente", diz Hércules.

A primeira sentença da Justiça Federal determinou que Hércules deveria voltar a receber o dinheiro do auxílio-doença através de liminar, sugeriu também a possibilidade de aposentadoria.

"Eu tenho um menisco estourado no joelho, tenho hérnia cervical e lombar, ainda com labirintite, qual é a profissão que vai se enquadrar nessas patologias?", indaga Hércules.

Na unidade de reabilitação profissional do INSS estão todos os documentos referentes ao benefício do motorista Hércules. Um dos documentos mostra que o INSS chegou a sugerir que ele voltasse a estudar para melhorar o grau de escolaridade e o benefício seria mantido. A matricula foi feita em uma escola estadual.

"A gente queria que ele completasse pelo menos o ensino fundamental, fosse até a 8ª série, seguisse os estudos para que a gente pudesse dar a ele um curso de uma formação melhor, para que ele pudesse ter um melhor ganho, aumentar o nível de sustento dele", justifica Ângela Dias, técnica de reabilitação do INSS.

Como não voltou a estudar, Hércules teve que escolher um curso de formação profissional, e o INSS nega que tenha oferecido apenas as opções de cabeleireiro e manicure.

"Turismo e hospitalidade, tem aqui no processo dele, no prontuário dele, tem atendimento ao público, tem informática básica, tem camareiro, tudo isso tem", enumera Ângela. O INSS aguarda a decisão da Justiça.

Veja vídeo:

8 comentários:

HSaraivaXavier disse...

Eis a realidade nua e crua.

Um jovem com 38 anos com hernia de disco e patologia em joelho afastado há 6 anos em benefício quer se aposentar por invalidez.
Inacreditável porém é a nossa realidade.

A questão da reabilitação é simples. Ninguem consegue aprender ou fazer nada forçado e as pessoas não o querem acostumadas com o benefício, ou benevício.

A profissão de motorista de ônibus dificulta a reabilitação porque, para a baixa escolaridade, é uma das que paga melhor.

Cria-se uma série de mentiras descaradas sobre a condição de saúde. Inventam doenças na véspera de treinamento e outras coisas. O importante é se manter em benefício.

O sujeito não quer cursos, melhorar escolaridade, não quer nada de nada salvo o receber o garantido.

A matéria, como de costume, é tendenciosa porque não enfatisa que foram oferecidas todas as oportunidades de cursos, inclusive a e melhorar a escolaridade.

Francisco Cardoso disse...

Chega a ser hilário a história do curso de manicure.... , mais risível que um jovem de 32 anos afatsado a 6 anos por "hérnia de disco" e ainda por cima querer se aposentar... Realmente...

Snowden disse...

Estou fazendo um Trabalho na Justica Federal e digo a vocês o seguinte:
Se vc pegar 100 processos dos quais o INSS é parte, nenhum reclamante tem Nível Superior. A grande maioria tem trabalhos arcaicos onde faz uso apenas da força física! Como a desenvoltura vai-se reduzindo ao longo do tempo, cedo ou tarde vai se enganchar no INSS, como a escolaridade e baixa, como nAo existe a vontade de estudar, vai querer se aposentar e contar com o "fixo" no final do mês! E faz o complemento com um bico! A partir de 2014, com o Imposto de Renda em moldes similar a França, e se no Brasil existisse a obrigatoriedade da venda apenas com o CPF, ai sim veríamos o Mercado Negro, o Caixa 2 que existe neste país! Forma bastante interessante de combate a sonegação, a fraude, os ganhos sinistros e a corrupção!

HSaraivaXavier disse...

Sem contar que no Brasil ate recentemente 55% dos segurados recebiam mais $$ encostados que se estivessem trabalhando.

Aí meu amigo é jogar gasolina no fogo da vagabundagem

José Carlos Gomes disse...

AOS SENHORES COMENTARISTAS É PRECISO GARANTIR OS DIREITOS FUNDAMENTAIS. ESTUDEM MAIS SOBRE DIREITO PREVIDENCIÁRIO.

Flor do campo disse...

Vocês que críticam, não sabe o que e ter dor, quando passar situação, Vai entender...aff

Flor do campo disse...

Vocês que criticam, não sabe o que e dor, quando passarem por uma situação destas vão entender!! Aff...

Flor do campo disse...

Vocês que críticam, não sabe o que e ter dor, quando passar situação, Vai entender...aff