segunda-feira, 26 de março de 2012

FAKEBOOK INTERNATIONAL - Austríaco amputa próprio pé para não voltar a trabalhar

Austríaco amputa próprio pé para não voltar a trabalhar
26 de março de 2012 | 12h03 | atualizado às 12h03

Um desempregado austríaco amputou o próprio pé com uma serra elétrica para não ter de comparecer a uma perícia médica para determinar se deve ou não ser reintegrado ao seu posto de trabalho, informou nesta segunda-feira a emissora pública "ORF".

Aos 56 anos, o homem tinha nesta segunda-feira uma reunião com escritório de emprego no estado federado de Estíria, no sul da Áustria.

Por volta das 6h, o homem desceu ao porão de sua casa, ao sul da capital regional de Graz, cortou o próprio pé e atirou a parte extirpada em uma caldeira.

Depois, se arrastou até um telefone, chamou uma ambulância, que chegou ao local em poucos minutos. Os médicos tiveram dificuldade para estabilizar o paciente, devido à grande perda de sangue.

Segundo a emissora, o homem foi levado de helicóptero para uma clínica de Graz, onde está em coma induzido e corre risco de morrer.

Áustria, um país com amplo sistema de bem-estar social, é o estado-membro da União Europeia com taxa mais baixa de desemprego, de 4%, segundo as estatísticas comunitárias.


3 comentários:

Snowden disse...

No caso em tela existe a incapacidade portanto faz juz ao beneficio!
O cara acabou de cortar o pé e está em coma, não há o que discutir!
Demonstrou ainda Coragem pois não é qualquer um que diante de ter que trabalhar toma a atitude que ele tomou!
Acredito que no Brasil o pessoal corre mais pra Justica!
;-))

Marcelo Rasche disse...

CREDO.....

HSaraivaXavier disse...

O Brasil teve o seu próprio representante nesta categoria. Quem se lembra?

A golpe de machado
Comerciante forja assalto e manda
cortar a própria mão para
embolsar o dinheiro do seguro

Daniela Pinheiro



O enredo é cinematográfico: um comerciante endividado simula um assalto, tem a mão decepada por um amigo e vai até a polícia registrar o falso crime para requerer mais tarde a bolada do seguro-invalidez. Em tese, o golpe não pode falhar, já que ninguém cortaria a própria mão por dinheiro algum do mundo. Na prática, o que houve foi uma sucessão impressionante de erros e contradições através dos quais a polícia o desmascarou. Na semana passada, antes de ser descobertos, o empresário paulista Sebastião José Rodrigues, de 31 anos, e sua mulher, Claudia Rodrigues, grávida de cinco meses, ainda passaram 24 horas como exemplos de vítimas da violência incontrolável de São Paulo. Sebastião Rodrigues arquitetou a história durante quatro meses. Dela fazia parte o horripilante decepamento de sua mão esquerda, cortada 10 centímetros acima do pulso, num golpe certeiro de machado. No fim, o empresário ficou sem a mão e sem o dinheiro do seguro.

Dono de uma empresa de compra e venda de telefones e com uma dívida de 700.000 reais, havia meses ele se escondia dos credores. Desde então só pensava em se matar. Resolveu fazer três apólices de seguro que pagariam 900.000 reais em caso de morte ou 500.000 reais se constatada sua invalidez permanente. Quando soube que seria pai pela segunda vez, desistiu do suicídio e decidiu pela amputação, mesmo sem saldar toda a dívida. "Eu dizia para ele: não corta a mão, corta qualquer outra coisa. Mão a gente usa muito", conta sua mulher. Quando resolveu forjar o roubo no qual haveria o uso do machado, Sebastião chamou o colega Antonio Silva, o "Lilico", para fazer o papel do assaltante. A ele pagou 300 reais e ainda emprestou o próprio carro para o roubo.

Na quarta-feira à noite, Sebastião saiu a pé com a mulher com a desculpa de comprar sorvete perto de sua casa, no bairro da Água Rasa, Zona Leste de São Paulo. À polícia disse que levava 800 reais no bolso, mas mesmo assim sacou outros 20 reais no caixa eletrônico. Ao sair, teria sido abordado por três assaltantes, que levaram o dinheiro e ainda lhe cortaram a mão para roubar a aliança. Sebastião foi levado para o hospital e a polícia, acionada para investigar. O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, do departamento de investigações sobre crimes patrimoniais, lista as evidências da fraude:

.que bandido leva um machado para assaltar alguém?

.ele foi comprar sorvete às 11 horas da noite numa temperatura de 13 graus;

os bombeiros o encontraram com uma toalha, trazida não se sabe de onde, enrolada no pulso decepado;

.em sua casa, foram encontradas as contas de luz e água e a prestação do carro, todas atrasadas. Só as parcelas dos seguros estavam em dia;

.o saque de 20 reais serviu de álibi para provar a ida ao caixa eletrônico, forçada pelos assaltantes.

No dia seguinte, o delegado foi ao hospital, blefou e o pegou na mentira. Sebastião contou que dirigiu toda a cena da amputação: "Vai logo, Lilico. Rápido. De uma vez", ordenou. Ele dispensou anestésicos para não deixar traços em um eventual exame de sangue. Depois do golpe, que quase não provocou sangramento e foi um pouco mais acima do que Sebastião planejara, Lilico enrolou a mão num plástico e a jogou no Rio Tamanduateí. Apesar de toda a cena, a polícia diz que Sebastião não cometeu nenhum crime. "Ele tentou fraudar o seguro. Como foi em vão, nada vale", afirma o delegado Gonçalves. Pela lei, só Lilico vai responder por lesão corporal dolosa. "Foi besteira. Ainda temos a dívida e ele está sem a mão", diz a mulher, Claudia. Pelo menos o destro Sebastião não mandou cortar a mão errada.

http://veja.abril.com.br/131099/p_051.html