sábado, 21 de janeiro de 2012

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Médicos dão pareceres sem ver os doentes

Ordem dos Médicos e Entidade Reguladora da Saúde têm dúvidas sobre este procedimento, que teve aumento de 120 por cento num ano

Por: tvi24 / PO
21- 1- 2012 10: 59

Uma empresa que dá segundas opiniões médicas sem observar os doentes está a preocupar a Ordem dos Médicos (OM), que tem dúvidas sobre o procedimento.

A Best Medical Opinion (BMOp) existe em Portugal desde 2010 e é uma empresa que emite «pareceres fundamentados, sobre documentação clínica». Em menos de dois anos, estes pedidos dispararam para mais do dobro, informa a agência Lusa.

Apesar de reconhecer que a empresa trabalha com «médicos de prestígio», a OM mas manifesta «reservas a segundas opiniões emitidas sem observação e interação com os doentes e sem um conhecimento adequado do seu histórico», considerando tratar-se de «um acto médico incompleto».

A OM salienta que os médicos que «emitam uma segunda opinião sem observar os doentes podem estar a assumir uma grande responsabilidade» e a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) admite que, se houver alguma consequência grave para um doente em função do parecer dado pela BMOp, a responsabilidade só pode ser imputada ao profissional em causa e nunca à empresa, porque esta «não está regulada por ninguém».

A ERS afirma que, na altura em que se constituiu, a BMOp quis saber se precisava de se registar, mas o regulador entendeu que não, precisamente porque a emissão de pareceres sem contacto com o doente não obrigava a essa formalidade.

Pareceres custam cem euros

O preço de base por cada parecer da Best Medical Opinion é de cem euros, mas o custo final pode ser muito superior.

Um doente que pediu à Best Medical Opinion um orçamento para um parecer médico por dúvidas quanto à hipótese de cirurgia, sem envio de exames ou de qualquer documentação, contou à Lusa que a empresa respondeu com um valor «que deverá ascender a 395 euros».

Segundo o director da BMOp, Pedro Meira e Cruz, o serviço é «personalizado e diferenciado», na medida em que há sempre uma conversa presencial, do ponto de vista administrativo, em que o doente apresenta todos os exames e informação de que dispõe.

«Pode existir uma conversa com o coordenador médico, responsável pelo parecer, mas não é uma consulta clínica», especificou o responsável.
No entanto, há circunstâncias em que pode existir uma consulta médica, mas fora do âmbito da BMOp.

Segundo Pedro Meira e Cruz, em 2010 a empresa «contava com cerca de uma centena de pedidos de pareceres médicos, mas em 2011 teve um aumento considerável, na ordem dos 120%».

Este aumento de procura, na opinião do responsável, deve-se não só a uma crescente desconfiança generalizada em relação ao sistema de saúde, no seu todo, fruto da crise de valores, financeira e social que se vive, mas também devido ao alargamento de serviços que esta empresa presta.

Inicialmente, a BMOp emitia apenas pareceres médicos, mas depois alargou o seu leque a outras áreas como as perícias médico-legais e a verificação de consumos.

Actualmente, cerca de 60% do atividade da empresa diz respeito a pareceres médicos, para esclarecer dúvidas, 30% a perícias médico-legais e perto de 10% a pedidos de confirmação de facturas de consumos hospitalares, como o internamento.

«Há uma grande parte de população que tem seguro de saúde, mas mesmo com comparticipação, há sempre uma parcela que tem de pagar do seu bolso. Pode haver alguma desconfiança em relação aos valores que aparecem na fatura», explicou.

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/medicos-saude-ordem-dos-medicos-best-medical-opinion-tvi24/1319037-4071.html


2 comentários:

Snowden disse...

Isso ia ser Bom! rs...mas nao pode :-))
Veja a Resolução 1974 do CFM, art 3 letra J...;-));
Se pudesse já montava meu "Internet Office" rs

Eduardo Henrique Almeida disse...

O português foi se submeter a um toque retal para exame de próstata.
- Doutore, ponha 2 dedos!
- Que pedido é esse, senhor? Nunca ví isso!
- É que gosto de uma segunda opinião.