quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

DIÁRIO DE SÃO PAULO

05/01/2012 22:15
Crescem casos de agressão a peritos do INSS Foram registradas 51 denúncias de médicos no ano passado, contra 32 em 2010. Falta de segurança é motivo.

Fernando Granato

As agências do INSS têm há cinco anos portas com detector de metal para evitar a entrada de pessoas armadas em suas instalações. Mesmo assim, médicos peritos continuam sofrendo agressões físicas de pessoas contrariadas com laudos desfavoráveis a elas. Recentemente, numa agência da Zona Oeste, uma mulher que trazia uma garrafa com gasolina ameaçou i ncendiar o posto se não conseguisse sua aposentadoria por invalidez.

A ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos) registrou 51 casos de agressões no ano passado, um aumento significativo em comparação a 2010, quando 32 casos foram reportados à associação.

Segundo a ANMP, há uma grande subnotificação nos casos de agressões a peritos médicos previdenciários no exercício de suas funções. “A perícia, desanimada com a falta de providências por parte das autoridades cabíveis, tem cada dia mais se sentido desassistida, desamparada e muitos peritos acreditam que não há vantagem alguma em tomar as providências legais cabíveis no caso de ameaças e agressões, sejam elas físicas ou verbais”, disse o presidente da entidade, Geilson Oliveira.

De acordo com Oliveira, a estrutura física das agências não foi preparada para dar guarida aos peritos. “Além disso, a vigilância é apenas patrimonial, não se preocupa com os servidores”, disse.

Oliveira disse que há uma promessa do INSS, de reformular sua área de segurança, mas até agora nada foi feito. Ele acusou também o INSS de não ter um acompanhamento contínuo dos casos de agressões.

O INSS se limitou a dizer que não há segurança armada dentro das unidades por conta da legislação.

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