domingo, 22 de maio de 2011

Sem representação

Uma diretoria sub-judice por ter sido eleita sem cumprir seu próprio estatuto, não teve auditoria do processo eleitoral, não teve fiscalização das chapas, computou votos de defuntos, etc está negociando o futuro da classe às escondidas, ou nos bastidores como é sua tradição herdada. Há rumores de que teria apresentado uma proposta de estrutura de carreira sem dar conhecimento disto aos interessados e, assim, tem a legitimidade ainda mais questionável. O ponto de discordância em relação à proposta estaria sendo a dedicação exclusiva. Mas, o que pensa a classe sobre a questão? Quem foi ouvido? Ninguém, apenas os iluminados que declaram fazer o que é o melhor para a categoria, na opinião deles mesmos!
Que ouçam as bases, que ouçam juristas, que trabalhem com transparência e lealdade! Isso é possível?
Parece que não. As traições de que fui vítima continuam se repetindo e há até traidores sendo traídos, que ficarão sem dim-dim porque obedeceram orientações equivocadas, um verdadeiro barraco. Não jogam limpo mesmo.
Sobre a tal dedicação exclusiva, tenho um ponto de vista firmado: Muitas carreiras, inclusive Auditor Fiscal, Procurador Federal e outras, têm a cláusula restritiva em suas carreiras sem que isso represente grande limitação. O texto das leis deles têm em comum o artigo:
Art. x Aos titulares dos cargos de que trata o caput e o § 1º do art. 1º (...), aplica-se o regime de dedicação exclusiva, com o impedimento do exercício de outra atividade remunerada, pública ou privada, potencialmente causadora de conflito de interesses, ressalvado o exercício do magistério (e da medicina?-pq não?), havendo compatibilidade de horários.
 Não há conflito entre se perito - ou auditor médico previdenciário - e atender consultório, dar plantões, fazer cirurgias, logo a Dedicação Exclusiva não me parece ser tão ameaçadora à prática clínica concomitante. Por que opor-se sem debater? Por que opor-se sem um belo parecer jurídico sobre a questão? Chega de tutelar adultos sem delegação para isso!

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Um comentário:

H disse...

Não tenha dúvida que nessa negociação de bastidor, a dedicação será exclusiva mesmo ( a negociação é assim:"A casa não dá nada e vcs aceitam assim mesmo? Só cobraremos. Resposta da outra parte: aceitamos sim senhor, é uma grande vitória isso"). Nem para nossas famílias poderemos olhar. Vai ser o coroamento do inferno que nos desejam. Se assim for, sem chance de ser médico, me exonerarei. E mais: vão prometer um salário cheio de penduricalhos, com regras muito mais severas do que as dos administrativos e que nunca alcançaremos e que em pouco tempo será transformado em pó...e a DE lá...