sábado, 12 de maio de 2012

DO MINISTÉRIO PÚBLICO (OU SERIA SECRETO?) - PROCURADOR GERAL FOGE DE CPI E DELEGADOS FEDERAIS DESMENTEM AS DESCULPAS USADAS POR ELE.


Delegados da PF contradizem versão de Gurgel

Da Folha de São Paulo 12/05/2012

Os depoimentos dos delegados da Polícia Federal que coordenaram as operações Vegas e Monte Carlo contradizem parte da explicação do procurador-geral, Roberto Gurgel, para não ter investigado, em 2009, as relações do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) com Carlinhos Cachoeira.

Gurgel afirmou ter paralisado a Operação Vegas, que investigou Cachoeira, até que chegassem novas provas que seriam levantadas na Monte Carlo.

Seu objetivo era "evitar que fossem reveladas outras investigações relativas a pessoas não detentoras de prerrogativa de foro [como Demóstenes], inviabilizando seu prosseguimento, que viria a ser formalizado na Operação Monte Carlo".

Mas, segundo os depoimentos, uma operação não foi originada da outra.

Raul Alexandre Souza, da Vegas, e Matheus Mela, da Monte Carlo, disseram que a Vegas foi encerrada em 2009, após manifestação da Procuradoria, e que a Monte Carlo nasceu em outro órgão: o Ministério Público de Goiás, na comarca de Valparaíso (GO).

Segundo Mela, não havia "interseção" entre as operações. "A Vegas nasceu em Anápolis [GO], e a Monte Carlo foi pelos promotores de Valparaíso [GO]."

A Procuradoria disse não ter "nada a modificar e/ou alterar as informações já divulgadas". (JOSÉ ERNESTO CREDENDIO e RUBENS VALENTE)

Nota do Blog: Quando se é desmascarado desse jeito, a melhor coisa a fazer é realmente fechar o bico, mas é obrigação constitucional da PGR explicar à população porque SENTOU EM CIMA POR 3 ANOS de um processo que envolvia um senador oriundo do próprio MP. Se ele "não pode", então quem explica isso? Para acusar peritos do INSS esses procuradores correm para o holofote como aves de rapina em busca da carcaça e disparam acusações sem sentido e sem provas, estimulando o esvaziamento da carreira por parte de médicos que não aguentaram mais ser molestados sem razão. Agora que a máscara caiu eles estão em pânico procurando até os amigos procuradores que viraram Ministros do STF (Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa) que já constam em notas da imprensa como simpáticos ao não comparecimento do Procurador-Geral Gurgel à CPI do Cachoeira.

O que teme o Procurador Gurgel?

3 comentários:

Paulo Taveira disse...

O procurador segundo a subprocuradora sua mulher NÃO viu elementos robustos que justificassem a aceitação de denúncia no STF . E esta prerrogativa é dele. O resto é exatamente como ele diz: gente protegendo mensaleiros querendo diminuí-lo. Não acho quefaça bem ao blogdefender pontos de vistas partidários! Vamos voltar ao assunto pericial, antes que as opiniões divirjam em excesso!Política deve ficar de fora Chico! Um abraço!

Paulo Taveira disse...

Complementando o comentário anterior. Uma nasce em Anápolis outra em Valparaíso e ambas tratavam de Demóstenes e Carlinhos Cachoeira. É claro que era a mesma coisa!E obteve sucesso na denúncia à Justiça. Quantas operações da PF são anuladas por açodamento e ilegalidades? esqueceu da Satiagraha?graças ao Protógenes o DD está solto aí e graças ao PGR o Demóstens será cassado e o CC s
está preso até hj!

Vandeilton disse...

Concordo com o Paulo Taveira, exceto em um ponto:
quando temos a prerrogativa de tomarmos uma decisão, temos o dever de a justificar.
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Se esta justificativa não for convincente, devemos corrigi-la ou sermos punidos por causa das consequências da mesma.
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O que o promotor está fazendo é negar justificativas às suas decisões. Gesto típico de ditaduras.
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Apesar de existir um claro aproveitamento político do caso, o fato é que o dito promotor não tem o direito de se calar. Ele é funcionário público, e como tal, deve esclarecimentos de suas ações públicas ao povo.
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Isto se chama transparência. E é algo essencial à democracia.