sexta-feira, 12 de agosto de 2011

País tem 87 juízes ameaçados, segundo levantamento


A corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, informou hoje que há pelo menos 87 juízes ameaçados no País. Há cerca de três meses, a corregedora pediu aos tribunais de todo o Brasil que informassem quantos juízes estavam sendo ameaçados e se eles vinham recebendo proteção. O número de juízes ameaçados, no entanto, deve ser maior, porque tribunais como os de São Paulo e de Minas Gerais ainda não encaminharam a informação à corregedora.

Eliana reconheceu que existem falhas na segurança de juízes. 'Temos cochilado um pouco', afirmou. Ela disse, no entanto, que todas as vezes que a Corregedoria Nacional de Justiça é procurada por um juiz ameaçado, são tomadas providências para assegurar proteção. Isso ocorreu, por exemplo, com o juiz do município maranhense de Tuntum. Outro caso citado foi o de uma juíza de Pernambuco, ameaçada de morte por um grupo de extermínio, que agora está com escolta permanente, prestando segurança 24 horas por dia, e usa um carro blindado.

A corregedora afirmou que a execução da juíza Patrícia Lourival Acioli, em Niterói (RJ), pode assustar um pouco a magistratura, mas não irá inibir a atuação dos juízes. Ela manteve contato com autoridades do tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que disseram que atualmente a magistrada assassinada não contava com escolta. Segundo a corregedora, foi oferecida à juíza a possibilidade de transferência da vara criminal onde ela atuava para outra mais amena. No entanto, Patrícia teria dito que não queria mudar e que amava o que fazia.

Um comentário:

Francisco Cardoso disse...

Que me desculpe a nobre corregedora mas nesses casos a escolta deveria ser compulsória ao cargo e a juiza ou o juiz que fosse assumir essa vara já deveria saber de que não poderia abrir mão dessa segurança. Deixar "à critério" do servidor não é o adequado, pois parece favor, parece que o juiz vai sempre dever alguma coisa por aquela segurança.