segunda-feira, 15 de agosto de 2011

TENTAR DESQUALIFICAR É A PRIMEIRA AÇÃO DA PARTE PREJUDICADA

Desde criança muitos aprendem que desqualificar um o juiz é mais fácil e vantajoso que assumir o próprio insucesso. Ainda nos jogos infantis se pode observar que quando na derrota há uma tendência natural a desviar a responsabilidade do resultado negativo para qualquer coisa que não seja espelho. O menino diz que o seu time de futebol perdeu porque a "bola era ruim" ou "o gramado era irregular ou que o "juiz roubou". O tempo passa, mas na idade adulta é o mesmo. Os adultos habitualmente acusam os árbitros de ladrões quando estão perdendo, embora realmente o sejam numa proporção muito mais rara que aparente. Qualquer acusação é rápida na paixão.
No mundo jurídico é a mesma coisa. Advogados, de maneira geral, sempre tentam utilizar do recurso da "desqualificação" que, por sinal, existe na lei para tentar desqualificar policiais, testemunhas, peritos e, claro, juízes. Da mesma forma que no futebol, existem situações onde o pedido é de fato procedente, mas existe uma desproporção enorme entre os casos onde realmente há a desqualificação e os que se pensa haver.
Os Peritos do INSS sempre foram alvo fácil nesta matéria. Ainda lembro das lágrimas de uma colega que leu numa peça de advogado o seu nome e de outra colega com adjetivos como "inexperientes", "incompetentes", "mal-educadas" e, claro, "parciais". Mais não era somente isso. Os advogados adoravam colocar em 90% das petições que os peritos: "Não examinaram o segurado", "Não leram os atestados e exames", "Foram superficiais", "Ridicularizaram o médico assistente", "Não respeitaram o doente"... Enfim, a avaliação pericial era uma farsa. Mas isso começou a mudar com os grupos de assistentes. 
Ainda lembro quando uma colega coodernadora do grupo de médicos assistentes da procuradoria notou que alguns dos maiores advogados começaram a mudar as suas estratégias depois que foram taxados de faltarem com a verdade e serem chamados pelos magistrados para explicarem como no laudo do perito havia todos os exames descritos, se ele dizia que este não tinha lido? E também, como não tinham examinado se havia a descrição detalhada no laudo médico pericial? (sim este mesmo que nenhuma emissora de TV mostra).

Este assunto vem como solidariedade aos Delegados da Polícia Federal que emitiram esta nota: 
Nota de Esclarecimento: atuação da Polícia Federal no Brasil
12/08/2011 - 18:31

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal vem a público esclarecer que, após ser preso, qualquer criminoso tem como primeira providência tentar desqualificar o trabalho policial. Quando ele não pode fazê-lo pessoalmente, seus amigos ou padrinhos assumem a tarefa em seu lugar.[...]
http://www.adpf.org.br/Entidade/492/Banner/?ttCD_CHAVE=146149
Os Peritos do INSS sabem perfeitamente sobre o quê os Delegados da Polícia Federal falam. Tenham eles a certeza de que nós estamos solidários. Nós sofremos diariamente ataques de desqualificações exatamente por contrariar interesses de pessoas que, na maioria das vezes, mentem, simulam, fraudam e agridem na tentativa desesperada de justificar sua má-fé.  Nós sabemos que existem sim os maus peritos, mas que a grande maioria das queixas contra nós é improcedente.  Nós sabemos o que é lutar diuturnamente para fazer um bom trabalho e ser ridicularizado por mídia e poder judiciário. Apoio total aos Delegados da Polícia Federal.

Um comentário:

Francisco Cardoso disse...

Essa Nota da ADPF tem endereço completo com Nome e Sobrenome.
70175-900 hehehe