terça-feira, 8 de junho de 2010

Não tenho tempo pra isso

Poucos são os que se dispõem a comentar, a expor uma opinião. Centenas passam diariamente por aqui e se vão deixando apenas um número no contador. Muitos são os afazeres e curto é o tempo. Médicos trabalham muito e poucos sob o stress elevadíssimo de ser perito sem o amparo institucional ideal.

Os fatos desfilam aos nossos olhos que, perplexos, correm sobre eles sem tempo para refletir, sem tempo para opinar. Passamos os olhos na vida, corremos de um lugar para outro para sobreviver em um padrão de vida compatível com a profissão que escolhemos. O Congresso Nacional legislou de forma que nos interessa, mas há risco de dar em nada. O que os peritos pensam fazer? O que pensam não fazer? É um fato fundamental para todos, mas.... Temos pressa.

A falta de reflexões e ações concretas junto ao judiciário, nosso interlocutor mais importante, faz com que decisões estranhas, ou absurdas, sejam tomadas com base até no google (leia) porque estamos ensimesmados em nossos problemas individuais, com uma entidade representativa introvertida que acredita na própria soberba. Estamos assistindo a derrocada de nossa carreira, ou melhor, passando os olhos e seguindo em frente.

10 comentários:

Regiane Alves da Rosa . disse...

Pois é,a ANMP insistindo em 6hs,nada cobra sobre a Carreira Típica de Estado,Juízes dizendo quem deve fazer perícias(só lembrando: a perícia previdenciária avalia o "status" laboral e não as doenças em sí,portanto não necessitando ser especilista em determinado assunto, assim como os Juíses também não o são); e a nossa ANMP (?); não achamos apoio na da instituição e nem do judiciário.É hora de não mais batermos contra essa Autarquia e sim sairmos dela, como fizeram os antigos Procuradores que conosco trabalhavam e agora são atrelados à AGU,respeitados e com salários condisentes.

HSaraivaXavier disse...

Uma juíza dá uma sentença baseada numa consulta que fez pela internet? Muita inocência. É imaginar que ser médico é muito fácil. Se somente informação na internet fosse preciso para conduzir casos e decidir condutas não precisávamos de médicos. Na verdade este tipo de conhecimento somente serve para atrapalhar a assistencia e agora... a perícia médica.
Imagine fazer um JULGAMENTO somente lendo o Codigo de Leis e com acesso a INTERNET?
É subestimar muito o trabalho de um médico e de um perito trazê-lo para tão baixo nível de complexidade.

HSaraivaXavier disse...

PERÍCIA MÉDICA ADVERTE:
O USO DO GOOGLE SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA PODE FAZER MAL AO JULGAMENTO.

Tonhãoo disse...

Esquecemos o epírito de corpo e estivemos em luta interna.Não cabe explicar. Nós somos sabedores de uma ciência que nos enche de orgulho e altivez. Não que não seja para se orgulhar de ser médico. Porém antes de termos orgulho,temos que ter capacidade de resolver "interna corporis" nossas "pendengas" e sem nos esquecer das outras frentes que nos ameaçam externamente.E não são poucas. Algumas carreiras são exemplos de como se manter com o foco principal.Ao trabalhar junto ao judiciário podemos ter um "atalho" no caminho a conquistar. Talvez este momento de interesse único da categoria esteja nos ensinando muito, pois percebo que todos anseiam, torcem e trabalham pelo mesmo resultado. Talvez a tempestade esteja passando e possa vir a colheita.Que quem esteja no comando atue realmente como pensa a imensa maioria da categoria.

Adriano Battista disse...

Mais uma dos "deuses" do Judiciário! Parabéns, divindade Jacqueline! Vossa Altíssima Santíssima simplesmente descredibilizou o trabalho de toda uma categoria. E chegou a ver a requerente "in loco" e examiná-la? Enquanto a "deusa" Jacqueline foi extremamente rápida e "decidiu" uma ação com uma busca simples no Google, outra "deusa" - da "Justiça" estadual - prejudicou-me (e prejudica ainda) muito ao protelar por mais de um ano o julgamento de uma ação, tendo solicitado "informações" ao INSS siobre os meus vencimentos, sendo que bastaria uma busca na internet para encontrar a lei da GDAMP e outros dispositivos legais correlatos.
Os "deuses" é quem mandam!
Quanto à ANMP... O que é isso, mesmo?

Luis Fernando disse...

Tudo isso decorre da ausência de referencial técnico para o Judiciário. A insegurança técnica dos juízes é justificável, porém evitável ( se modificarmos o referencial ).
Como confiar em um corpo pericial que presta serviço dentro da autarquia que é demandada???
Diferente realidade existiria se a perícia médico-legal deste país estivesse abrigada em um instituto nacional de reputação ilibada.
A discussão é ampla e deve ser divulgada.

Eduardo Henrique Almeida disse...

A discussão sobre o papel e estrutura que o país requer para qualificar as decisões administrativas e judiciais que envolvem perícia médica precisa ser levada por nós peritos, junto à sociedade organizada. Belo Horizonte terá o segundo evento neste sentido, desta vez na sede da OAB (o primeiro foi na ass médica); Porto Alegre fez um, Itajubá outro. É muito pouco.

Orestes disse...

Cada dia que passa acredito menos em nossa carreira. Não por ela em si, mas por nós mesmos.
Não temos liderança, falta nos motivação e coragem para lutar.
E agora?
Resta nos o sonho.Que o atual desastre seja superado e tenhamos disposição para criar, como bem fez o Eduardo Henrique nos seus tempos áureos.
Resta nos o sonho, somente.
Mas quem sabe esse sonho sonhado junto, e com boa liderança, possa nos conduzir a uma posição mais digna.
Quem sabe?

Luiz Carlos Amado Sette disse...

RECOMENDO AOS COLEGAS QUE FAÇAM COMENTARIOS NO DC-ONLINE. O CADASTRO É RAPIDO MAS O COMENTARIO É SUJEITO A AVALIAÇAO PREVIA. O MEU PASSOU:
A MM.Juiza provou que não entende nada de Previdencia, nao sabe o que é perícia médica e nao sabe fazer pesquisas no Google nem interpretar o que lê. A doença é passivel de recuperaçao com tratamento. O Perito do INSS não analisa doença e sim incapacidade e é treinado especialmente para isso. Existem casos de pessoas incapacitadas SEM diagnóstico conclusivo, ou seja, em fase de esclarecimento. Sua Excia. deveria buscar assessores médicos antes de exarar uma sentença absurda como esta. Ela também descaracteriza o Generalista, de sorte que, por coerência, ela deveria propor o fim do Progama de Saúde da Familia e exigir Postos de Saude com TODAS as especialidades. O Poder Judiciário vai mal no Brasil. Muito mal.

Anônimo disse...

É por estas e outras que para mim esta carreira pericial previdenciária está na tampa da beirada, em coma profundo e irreversível.

O Judiciário, Deus que nos livre, desconhece até mesmo a Lei que instituiu esta moribunda carreira, então, meus amigos, não há como recorrer a ninguém mais. O despreparo de muitos (não são poucos) magistrados é gritante, até mesmo em questões do beabá do Direito e não adiante babar ovo para o Judiciário pois este é, a meu ver, o mais leniente dos poderes republicanos, o mais lerdo, o mais corporativo, o que menos se presta à efetivação dos plenos direitos do cidadão. É a inversão total dos papéis, em países sérios ( não é o caso do Brasil! ), o Judiciário é de fato independente e rápido na efetivação dos direitos. Simples!

Triste sina a nossa que herdamos esta morosidade lusitana e estes entraves da plena Justiça, justiça com J maiúsculo e não este arremedo tosco de justiça.

Não falo mais em ANMP pois esta já perdeu o seu senso até mesmo de decência há mais de 02 anos e estamos totalmente desguarnecidos em todos os sentidos: o INSS nos odeia, o governo não nos ouve, a sociedade crê que somos o mal que não permite o acesso do desamparado aos benefícios sociais. Enfim, estamos f...

Bom, quem ficar que apague as luzes da carreira pericial previdenciária. Acho que do jeito que vai a coisa toda afundará em no máximo mais uns 5 anos.