quarta-feira, 12 de novembro de 2014

RUPTURA DE MARTA SINALIZA DERROTA DO PT EM 2018

A carta de Marta Suplicy pedindo demissão do cargo de Ministra da Cultura em plena viagem da presidente ao exterior e com o tom áspero e severo empregado é a primeira batalha pública da guerra interna que rachou de vez o PT após as eleições: De um lado, os lulistas, defensores do "Volta Lula" e que estão com medo de que as conquistas fiscais e sociais do governo Lula sejam esquecidas ou revogadas pelo cenário político-eleitoral que se desenha; De outro lado, os dilmistas, que saíram vitoriosos das eleições ao impedir o "volta Lula" e ao ganhar Minas Gerais com Fernando Pimentel, dilmista de primeira hora. Já os lulistas amargaram profundos fracassos em especial na sua base (São Paulo) e com as apostas fracassadas em Padilha, Gleisi e Lindeberg.

O que está em disputa é o controle da máquina partidária. Dilma quer ser a rainha suprema e desbancar o até então intangível Lula, que por sua vez está reagindo, Marta Suplicy, lulista eterna, é a primeira face dessa briga. Gilberto Carvalho, outro ministro crítico a Dilma, é lulista até depois da morte e só faz o que Lula pede.

Aliás, uma manobra de Gilberto Carvalho ano passado, agitando movimentos sociais em BSB e SP para desgastar a presidente Dilma e favorecer o "Volta Lula" acabou dando efeito adverso grave e gerou uma revolta geral contra o PT como um todo e o renascimento da direita brasileira.

Nessa guerra, Lula quer garantir que será o candidato em 2018 e Dilma quer impedir isso, escolhendo ela seu sucessor, pois em uma leitura completamente equivocada, acha que venceu sozinha e que pode dispensar o ex-presidente.

O PT lulista por sua vez, quer evitar a pecha de ser culpado pelo desastre econômico ora em curso e está se posicionando para jogar a bomba no colo de Dilma. O PT dilmista quer mascarar tudo e levar com a barriga até 2018.

O fato é um só: Nessa guerra civil interna do PT, a única certeza é que perderão em 2018, num processo parecido que levou o tucanato a sair do poder em 2002. Na época, para impedir o Ministro da Educação Paulo Renato de ser o indicado, José Serra menosprezou o sistema de bolsas sociais criado pelo primeiro. O PT assumiu, pegou essas bolsas, transformou em Bolsa Família e o resto já sabemos. Mas em 2018, salvo se Lula ou Dilma saírem da disputa ou desistirem da briga, será o fim da era petista no poder.

Um comentário:

sergiotorrino disse...

pra que avisar??? deixem degladiarem.......