quinta-feira, 25 de maio de 2017

O SILÊNCIO DAS SOCIÁVEIS - PARTE 2: CRER NO BALCÃO DOS OUTROS É REFRESCO.

Em episódio que já antecedia o movimento insubordinado liderado pela farândula aqui chamada de "as sociáveis", após a publicação do memorando-circular conjunto mais esperado da década pelo conjunto de servidores do INSS (o que eliminou da APS a entrega da CRER no mesmo dia de sua realização), houve uma série de ataques sem nexo e sem sentido promovido por uma federação sem carta sindical CONTRA justamente o memorando tão esperado por seus próprios representados.

Este episódio gerou esta postagem do blog que foi repercutida em todo o meio previdenciário (clique aqui).

Após apurar melhor, descobrimos que quem de fato puxou o coro do geriátrico sindicato em carta sindical contra o memorando da CRER foi uma intitulada "Comissão de Assistentes Sociais da FENASPS", alegando cerceamento de direitos, de informação e perseguição aos segurados "pobres e inválidos".

O que chocou a todos, além da mentira da denúncia, é que a entrega da CRER nunca foi uma atribuição ou problema do Serviço Social, isso sempre foi um fardo para os servidores administrativos e peritos médicos. Estes nunca tiveram apoio das sociáveis quando tiveram que, por anos, entregar tais documentos desprovidos de qualquer segurança e que gerou tantos ataques, alguns mortais, contra servidores do INSS.

Porque diabos as sociáveis estariam se insurgindo contra algo que não lhes diz respeito? É necessário entender isto para se saber o modus operandi deste bando et caterva.

As sociáveis nunca deram a mínima para a população, os hipossuficientes ou os segurados "pobres e miseráveis". Se isto fosse uma preocupação, trabalhariam de verdade e não deixariam deficientes e idosos meses a fio à espera de um atendimento. O grande problema, e que gerou a furiosa reação da malta, foi que o memorando significou uma vitória daqueles que elas elegeram como seus inimigos ideológicos, ou seja, os peritos médicos.

A turma partidária que habita esses "coletivos" de sociáveis INSS afora, as mesmas turmas que trabalham a ritmo de lesma com Guilláin-Barrè,  tem um projeto político de poder junto ao INSS e para esse projeto político ser bem sucedido, precisam suceder ou substituir os peritos médicos no protagonismo das decisões sobre benefícios por incapacidade e assistenciais da autarquia. Aqui está o ponto. O projeto ideológico de roubar atribuições da medicina como forma de empoderamento vem marcando a ação política das sociáveis, assim como suas agregadas de outras profissões relacionadas à saúde, há décadas, não apenas no INSS, mas no SUS e em todo o país.

Seu auge foi no período dantesco do PT de Sérgio Carneiro à frente da DIRSAT. Lá elas conseguiram, de forma absolutamente indevida e desprovida de legislação, a autonomia, a independência hierárquica, os gastos sem comprovação e o poder de pautar incapacidade e deficiência da mesma forma que o Perito Médico, além de concurso para centenas de novas profissionais, desnecessário vide a baixíssima produção média que executam.

Esta farra acabou em 2016, os poderes ilegais conseguidos estão sendo retirados e a ordem e a hierarquia está voltando. É contra isto que protestam, não é pelo coitado do segurado. As sociáveis estão se lixando para eles.

Só que desta vez o protesto atingiu um grupo que até então tinham como aliados: os técnicos e analistas do seguro social (carreira geral). A reação das sociáveis quando viram que os administrativos estavam comemorando o fim da CRER foi irracional: atacaram os técnicos e analistas com todo o ódio, preconceito e fobia que dizem combater na sociedade. Até dizer que não conversavam com quem não tinha diploma universitário foi dito, isto da boca de um dos sociáveis mais "ativistas" do INSS, que por anos difamou e caluniou a perícia médica com discursos sectários e preconceituosos.

Os técnicos e analistas reagiram, denunciando o discurso vitimista, de ódio e fobia proferido justamente de quem dizia combater tais comportamentos. A melhor resposta às sociáveis veio de um perito médico: "CRER no balcão dos outros, é refresco". Foi lembrado que, apesar do discurso igualitário, são as assistentes sociais as primeiras a quererem posições privilegiadas, lembrando a elas um famoso bordão a toda hora proferido por elas quando se recusam a trabalhar de analistas, conforme previsão em seus editais de concurso: o "não é minha atribuição".

Será que não? Veremos na Parte 3 deste documentário. 

Um comentário:

Unknown disse...

"lesma com Guilláin-Barrè"

Gostei dessa expressão, muito engraçada!