terça-feira, 6 de setembro de 2016

O 13º GERENTE


Em novembro de 2016 as Gerencias Executivas estarão completando 17 anos. Durante este período a Gerencia Executiva SP Centro teve nada menos que 12 Gerentes Executivos , ou seja , um a cada 16 meses , com certeza um recorde nacional e quiçá em toda administração publica federal do Brasil.

E porque tal fenômeno ocorre nesta Gerencia Executiva e não nas demais que tiveram em media 2 ou 3 Gerentes Executivos no mesmo período ? Não estamos defendendo a permanência indefinidamente no poder, jamais, pois somente gera efeitos negativos, como : estagnação, todo tipo de vícios e falta de perspectivas para novas ideias e ideais.

A maior prova dos efeitos nocivos da perpetuação no poder é justamente o caos em que se encontram as Gerencias Paulistas , que encontram-se ( com raras exceções ) com os mesmos gestores a mais de 10 anos , período ao qual chamamos de A Idade das Trevas da Previdência - sob o comando do investigado e condenado Gabas e sua assessora adestrada Elisete. Os resultados desta associação mortífera são que estas Gerencias Executivas encontram-se entre os ultimas do país em índices de eficiência conforme os últimos indicadores apurados por Brasília.

É extremamente salutar em qualquer organização humana, a alternância do poder e a oxigenação dos quadros de comando, pois somente assim deixaremos de lidar com "pinóquios" cujos cordões são puxados por um único Mestre ou Comissário. Portanto será extremamente salutar que o novo governo possa vir a fazer uma higienização completa e erradicar o bolor e os fungos vermelhos que contaminam na quase totalidade as Gerencias Executivas do INSS em SP.

Não obstante o quadro acima , permanece a obscura questão da Gerencia Executiva SP Centro , que se mantiver a média de ocupação na cadeira de seus ocupantes podemos projetar que, se um novo Gerente Executivo tomar posse nos próximos dias, digamos em 08 de Setembro 2016 ele duraria no máximo até Dezembro de 2017 ou janeiro de 2018!


Porque isto acontece ? Existem as mais variadas teorias, citaremos as mais singelas a seguir:

1) Sombra da Torre de Santa Ifigênia

A Torre de Santa Ifigênia, sede da poderosa Superintendência São Paulo, conhecida também como a Torre Negra de Sauron, Barad-dûr, Farol de Santa Ifigênia ou "O lado mais escuro do viaduto", fica a dez passos da sede da GEx SP Centro. A sombra da Torre de Mordor sempre ofuscou o Sol para os gerentes executivos da São Paulo Centro. A enorme concorrência, talvez só equiparável a do antigo Ministério da Previdência Social sobre a GEx Distrito Federal, sempre causou instabilidade na cadeira do Gerente Executivo.

A GEx SP Centro, por seu tamanho, importância e localização estratégica, sempre foi uma grande e visível vitrine que, do alto de seu pedestal, projeta seu Gerente para voos importantes no cerrado brasileiro.

Na última década, foi alvo de intensa guerra interna e externa entre diversos grupos políticos. Basta dizer que a vinte passos da Gerência se encontra a sede nacional do PT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, cujos líderes foram as mentes mestras dos esquemas ora descobertos pela República de Curitiba. Barad-dûr sempre achou que a GEx Centro era de sua propriedade.

Sua localização estratégica sempre fez da GEx SP Centro uma espécie de Constantinopla da Previdência Social. Com a queda da gangue do motoqueiro sem cabeça, a Torre de Mordor agora é ocupada por outro Senhor. Será que ele vai manter a sombra sobre a GEx SP Centro?


2) Interferência de outras Gerências-Executivas

Sempre foi comum a interferência de outras Gerencias Executivas no dia a dia da Gerencia Centro , chegando até a emplacar gerente executiva oriunda da GEx SP Sul. Isto mesmo,  não é a primeira vez que Lúcia Paquier tenta emplacar para ela a GEx Centro, já conseguiu no passado, ainda que por curto espaço de tempo, colocar um preposto seu como gerente da centro, a saber a Sra Maria Lucia Alferes Demola Peixoto, que fez gestão tão desastrosa que na sua saída um grupo de servidores estourou champanhe para comemorar. Muitas vezes essas "invasões de hordas estrangeiras"  gozaram do beneplácito e vista grossa da Torre de Mordor, algo do tipo "deixe as crianças brigarem".

3) Para-raios do Lamaçal de Gabas

Havia nítido interesse da Torre de Mordor ter sempre um patinho feio em quem colocar a culpa , um tipo de para-raios ou fusível organizacional. A cortina de fumaça para a incompetência da gestão Gabas/Elisete & cia dos últimos 13 anos sempre foi a Gerencia Centro , quando a coisa complicava mais do que o habitual , sempre havia o culpado pronto a mão: Gerencia Centro!

4) Excesso proposital de demanda

Por sua localização, a GEx Centro sempre foi alvo preferencial de procura por segurados, agenciadores, advogados e toda sorte de usuários que, aproveitando um intervalo de folga do trabalho, caminhavam até suas agências para as demandas das mais variáveis. A APS que fica no térreo do prédio da Gerência, a Xavier de Toledo (APS Centro) bate todo dia mais de 1.500 senhas de atendimento para um quadro de servidores cada vez mais estafado e ensandecido. Chefias muitas vezes incompetentes eram colocadas nessas APS a mando da Torre Negra para tumultuar e interferir na gestão local. A região onde fica a Gerência possui a maior concentração de bancos, escritórios de agenciadores, advogados e procuradores em geral por m2 de todo o Brasil. Detalhe: a maior parte do corpo funcional já está em idade de se aposentar.


5) Escândalos sucessivos

Sucessivos escândalos envolvendo servidores, operações da Policia Federal , com demissões de números expressivos de servidores, vide os casos da APS Vila Prudente onde praticamente 1/3 do quadro foi demitido e um dos mais emblemáticos do pais: o caso do "estagiário da Centro", onde um estagiário menor de idade teve acesso a senhas-chave e efetuou desvios milionários. Quando estoutou o escândalo, Gabas tratou de proteger os maiores responsáveis, levando-os para Brasília, enquanto servidores do baixo clero foram massacrados com PAD e cobranças impagáveis sem terem tido culpa no cartório. Claro, as gerentes executivas dos períodos desses escândalos foram nomeadas por Gabas, evidente. Coincidência? Incompetência? Gabas recém casou sua filha no Caribe, em um resort de alto luxo e ostenta padrão de vida incompatível com seus vencimentos, além de já ter sido condenado por perjúrio (trocou a prisão por pena alternativa) e agora está envolvido até a tampa nos escândalos da Bancoop e da Lava Jato. Quem sabe quantos tentáculos a mais este polvo não teve e tem por aí?

A última Gerente nomeada, que fez um trabalho competente e era uma das poucas não-alinhadas com o petismo e com Gabas, foi exonerada no dia seguinte à votação do impeachment na Câmara. Seu substituto,  Edgar, mal completou 6 meses no cargo e já é vítima de facadas no fígado, bola nas costas e toda sorte de traição que possa supor, e os ataques estão vindo de todos os lados, em especial da GEx Sul.

Enfim, poderíamos listar dezenas e dezenas de teorias , motivos e acontecimentos diferentes , mas uma coisa é certa: ou o Ministério, o INSS e a Torre de Mordor tomam atitudes realmente concretas e solucionadoras ou continuaremos a ver uma lista interminável de candidatos a Gerente Executivo SP Centro numa situação política e administrativa cada vez mais instável e com conseqüências também imprevisíveis para servidores, políticos , sociedade e governo.

Para alguns, o melhor seria que a Gerencia Centro fosse dissolvida , suas agencias redistribuídas entre as outras 3 Gerencias da Capital , e sua área meio fosse incorporada a Superintendência. Pelo menos esse sempre foi o desejo do Comissário e sua trupe.

Enquanto essa situação não se resolver, continuaremos a ver as cenas abaixo:



Um comentário:

Paulo Taveira disse...

kkkkkk! fusível organizacional!kkkk