segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SRPM ou "SICAMP 2 - O RETORNO DE FREDDY KRUGGER". MAIS UM SISTEMA PARA CONTROLAR PERITOS.

INSS quer terceirizar gestão para os já sobrecarregados peritos da ponta.

Com o fim do SIBE-BI, o INSS decidiu resgatar lá do fundo das trevas um sistema arcaico para tentar com que os próprios peritos façam aquilo que 11 sistemas diferentes existentes não conseguem: mensurar o real trabalho dos peritos dentro do INSS.

Fazendo um resgate de uma postagem de 2012, o INSS tinha naquela época 10 sistemas diferentes para controlar peritos, cada um com um resultado diferente (clique aqui).

Um deles era o SICAMP, feito por médicos da Gex Santos, onde o próprio perito tinha que perder tempo cadastrando em um sistema lento e detalhista todas as atividades feitas, que por sua vez foram usadas em reuniões para fazer comparações indevidas causando assédio a vários colegas.

Uma frustrada tentativa de encampar esse sistema fracassou em 2009. Agora, porém, o INSS decidiu resgatar esse sistema e vai rebatizá-lo de SRMP, sistema de registo de atividades médico-periciais, onde o INSS vai terceirizar a função de gestão no próprio operador (perito) que, além de ter que cumprir agendas lotadas sem condições estruturais, ainda vai ter que gastar tempo para passar tudo o que fez para um sistema a mais dos que já existem, como SABI e e-recursos.

Isso, somado ao sistema implementado no SABI para cruzar dados do SISREF com o início das agendas (Memorando-Circular Conjunto nº 8/DGP/DIRSAT/INSS), já somamos neste momento 12 sistemas de controle de atividade médico-pericial, a saber:

1) SISREF - Ponto eletrônico, senha individual, vigiado diariamente pelo chefe que homologa, SST e BSB.
2) SGA - O sistema Big Brother do Gabas, controla as senhas, a movimentação e tempo em cada setor.
3) CLOCK - Programinha do DATAPREV instalado nos computadores do INSS que passam relatórios diários de toda movimentação na máquina.
4) SABI - Possui relógio interno que controla o tempo de cada ação feita pelo perito
5) SICAMP/SRPM - Sistema interno criado em Santos que deveria ser alimentado pelos peritos para produzir relatório de atividade. Não colou e só algumas gerências usam. INSS quer institucionalizar essa ferramenta.
6) SCP - Sistema de controle pericial criado por Hauschild que nunca deu certo. Gestores vão alimentar o sistema com as atividades feitas pelos peritos.Era o "big brother" do Hauschild.
7) Controle Operacional - Médicos destacados pelo SST para supervisionar atividades periciais nas APS, mas em "off" também são obrigados a passar relatórios diários dos atendimentos dos peritos.
8) Supervisão de Benefícios - Faz relatórios diários via administrativo para a DIRBEN.
9) Chefe de APS - Além de ter que preencher vários dos sistemas acima ainda tem que fazer relatórios diários e mandar para a gerência.
10) Vigias de APS - Contratados para supostamente dar segurança ao trabalho, mas alguns tem desvio de função para vigiar entrada e saída de peritos e anotar placas de carros.
11) QUALITEC - Ferramenta de controle de qualidade de laudo médico pericial, usada para verificar também produtividade mas que os peritos jamais sabem exatamente quando é feito ou qual o resultado.
12) SABI x SISREF - Mecanismo para controlar o horário de entrada do perito x início das atividades periciais junto ao SABI.

SIBE-BI SUSPENSO DEFINITIVAMENTE

Após 8 anos enrolando o MPF, o Governo, a DPU, a CGU, o TCU e a Justiça dizendo que "todos os graves problemas de gestão" do INSS seriam resolvidos com a adoção "em breve" do SIBE-BI, o INSS, sem ter como explicar o gasto de diárias e projetos em 8 anos sem fazer nascer o programa, decidiu interromper o projeto por prazo indeterminado.

A decisão de interromper o SIBE-BI foi tomada em junho de 2014 por ofício do INSS junto à Dataprev.

Todos os procuradores, corregedores, auditores, técnicos e políticos enrolados esses anos todos, claro, nada farão contra os gestores, pois é tudo um teatro circense a céu aberto onde nós, servidores e segurados, somos os palhaços.

SOBRE A NOTINHA DA ANMP HOJE...

Manipulação - Segundo o Dicionário Houaiss:

substantivo feminino ( 1801)
1 ação ou efeito de manipular
2 ato de tocar, segurar ou transportar com as mãos
3 p.ext. manejo, utilização
    ‹ m. de instrumentos de precisão ›
4 p.ext. em espetáculos de mágica, série de movimentos das mãos, feitos com destreza, com os quais o prestidigitador simula o aparecimento ou desaparecimento de objetos, ou sua substituição por outros
5 pej. manobra oculta ou suspeita que visa à falsificação da realidade
    ‹ m. de dados estatísticos ›
6 pej. manobra pela qual se influencia um indivíduo, uma coletividade, contra a vontade destes (de modo geral, recorrendo a meios de pressão, tais como a mídia)
7 farm operação manual de produtos químicos; preparação de fórmulas farmacêuticas etc.
8 fisquím controle de um sistema, situação etc., provocando seu desenvolvimento numa direção desejada
9 med qualquer procedimento manual, como palpação, extração do feto etc.
10 med infrm. qualquer procedimento realizado por um quiroprático
11 tel ação de incorporar sinais telegráficos a uma corrente contínua ou alternada, destinada a transmiti-los


A ANMP soltou nota hoje acusando ser vítima de manipulação ao dizer que o SINAPEM, avô falecido do SindSimas, era algo totalmente diverso e diferente do que a ANMP faz agora e por isso não estaria impedida de tentar montar outro sindicato.

Vamos a um exemplo de manipulação segundo o destaque acima: Se o SINAPEM de fato era entidade completamente distinta sem nada a ver com a ANMP, porque então foi a ANMP que ingressou com a ação 00389-2009-004-10-00-0 junto ao TJ DF contra o MTE pelo não registro do SINAPEM, ação essa perdida de forma definitiva?

CRIAÇÃO DO BOLSA-INSS

29.09.2014
A criação da bolsa INSS através do Auxílio Doença
Paulo César Régis de Souza*

A perícia médica do INSS está no olho do furacão! Os peritos do INSS estão presentes em 70% das 1.500 agências da Previdência Social. Eles atuam em condições de trabalho inaceitáveis, ganham mal e não têm proteção (há casos de agressões e até de mortes). O perito não está no INSS para prejudicar o segurado. Muito pelo contrário. Seu trabalho é o de avaliar a capacidade laborativa, de acordo com as leis e as regras do INSS, que acompanham o que se passa em outros países. Eleger o perito como inimigo do segurado é covardia.

O governo negou aos peritos do INSS o enquadramento como carreira de estado; recusou a concessão do horário de 30 horas semanais; promoveu a terceirização e pretendeu a autorização para que assistentes sociais e fisioterapeutas realizem a perícia por incapacidade. A demanda de benefícios por incapacidade corresponde hoje a 60% do volume de requerimentos ao INSS e a 22% do total das despesas com benefícios. É crescente. Isto representou no ano passado a cifra de mais de 50 bilhões de reais!

Surpreende-nos a manifestação do interesse de alguns setores do INSS, por pressão sindical e política, que deseja abrir as comportas para a concessão de benefícios por incapacidade sem a respectiva atenção à legislação, à situação do segurado e à ética do médico perito. Uma coisa é doença e outra é incapacidade.

A lei, tão somente, paga benefício por incapacidade. Cerca de 30% dos brasileiros com mais de 50 anos são hipertensos (pressão alta), e isso não quer dizer que são incapazes para o trabalho. A hipertensão é uma doença, mas não necessariamente gera incapacidade.

O INSS conta com 4.604 peritos. Nos ltimos quatros anos 2.141 insatisfeitos deixaram o INSS, que não tem tido a atenção do governo para a reposição da força de trabalho. De janeiro a maio deste ano 1,8 milhão de pedidos de benefícios por incapacidade deram entrada no INSS. Cerca de 1,2 milhão foram concedidos. Foram indeferidos 777.900. Ainda no final de maio, existiam 416.200 benefícios com mais de 45 dias, sendo 323.600 com pendência do INSS e 92.700 com pendência do segurado.

A perícia médica — com qualidade e zelo, profissionalismo e ética — travou, portanto, mais de 35% das solicitações indevidas, o que motiva as pressões e preocupações. Em principio, o segurado tem sempre razão. Cabia ao INSS despachar forças-tarefas para resolver o represamento, como sempre fez, já que as situações eram pontuais, pois há monitoramento permanente. O Auxilio Doença é o calcanhar de aquiles do INSS. Por isso, nada deve ser feito de forma açodada, pois comprometerá não só a qualidade do atendimento como o caixa do INSS. A pressão para a abertura das comportas da pericia médica do INSS tem movimentos externos e internos. No plano externo estão os sindicatos e os políticos que, as vésperas de eleições, querem criar a Bolsa INSS através da concessão desenfreada de Auxilio Doença. Objetivam transformar o Auxílio Doença no que fizeram com o Seguro Desemprego, explodindo a despesa.

A mídia que vê no represamento de concessão (média superior a 29 dias) algo que prejudica o segurado, o que é verdade, lembra que os 15 dias iniciais de incapacidade são pagos pelo patrão. No plano interno existe um tratamento injusto e eticamente discutível contra os peritos. Querem que a perícia libere os auxílios doença com rapidez e sem acuidade e que assistentes sociais e fisioterapeutas reconheçam a incapacidade para essa concessão.

A Lei 11.907/2009 estabeleceu que no âmbito do INSS a avaliação da incapacidade é ato privativo dos médicos peritos do quadro.

O INSS, passando por cima da lei, autorizou o credenciamento de médicos para a realização da perícia médica através da Resolução nº 430/2014, para os casos em que o tempo médio de espera de atendimento é acima de 45 dias. Ocorre que, se há dinheiro para a contratação de médicos credenciados, é de se supor que também haja dinheiro para a realização de concurso, suprindo assim as necessidades do quadro.

O governo tem 17.600 vagas na estrutura de pessoal. do Ministério da Previdência Social, todas no INSS. O Ministério do Planejamento sabe disso há muito tempo mas não adota uma medida para corrigir a distorção e suprir esta carência. O INSS conhece a experiência do credenciamento. Foi traumática. O viés mais preocupante é que médico credenciado recebe mais do que o perito do quadro, os procedimentos se multiplicam, e muito, geralmente é indicado por um político e, claro, vai liberar os protegidos deste mesmo político. Por conta disso, na época em que houve credenciamento, a Anasps (Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social) foi ao TCU e assim conseguiu sustar a sistemática e foi aprovada a Lei 11.907/2009, que tornou privativa dos médicos do quadro a avaliação da incapacidade.

O Ministério Público Federal, que existe para defender o cidadão, não pode operar acima da lei e do Estado de Direito. As organizações seguem regras que devem ser observadas para a sua defesa e seu equilíbrio. Neste caso, o MPF não se alia ao cidadão mas, sim, aos setores que supostamente operam em defesa da saúde do cidadão.Entendo que o cidadão segurado não pode ser prejudicado. O INSS não tem por regra negar pagamento de beneficio. Hoje, 31 milhões recebem mensalmente (e pontualmente) o seu beneficio. A demanda por benefícios é crescente, passando de 4 milhões em 2003 para 8 milhões em 2013 — 100% no período — sem aumento de servidores nas áreas de benefícios e da perícia médica. Além disso, o INSS adotou modernos sistemas de gestão para que as concessões fossem mais rápidas e seguras. O excesso de prazo de 45 dias decorre da falta de peritos médicos nas suas unidades, e o responsável por isso é o Ministério do Planejamento, pois não abre concurso para novos servidores, mesmo com tantas aposentadorias e demissões. Este é o ponto.

 * Paulo César Régis de Souza é vice-presidente executivo da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps).

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

"SINDSIMAS" JÁ NASCE SOB MANTO DA INVERDADE E DA DESINFORMAÇÃO.

Dr.Jarbas Simas, presidente da ANMP, disse que a "única saída" para a associação obter carta sindical, pedido aprovado em AGE, é através da criação de um sindicato.

Não é verdade.

A AGE aprovou que a ANMP, Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, CNPJ Nº 05.518.103/0001-. 61, obtivesse uma carta sindical junto ao MTE. É isto o que foi aprovado.

O que o presidente da ANMP não contou aos colegas, no dia, é que a ANMP já estava proibida de pedir carta sindical pois ela tentou isso na gestão Argolo e foi negado pelo MTE e ingressou com ação judicial que foi perdida com trânsito em julgado.

Dr. Jarbas, na foto acima entre amigos da gestão e apoiadores, publicou essa semana a criação de mais um sindicato para  a categoria. 

Abrir uma comissão pró-fundação de uma NOVA entidade, com um novo CNPJ, de um sindicato que será MAIS um representante da categoria, além de ser DIFERENTE do que os delegados aprovaram, vai contra o estatuto da ANMP aprovado em 2012 e, pior, com gasto relevante de dinheiro associativo sem consulta prévia aos delegados.

Além das várias INFRAÇÕES ao estatuto da ANMP, passíveis até mesmo de grave punição, se a ANMP fosse um órgão independente, me parece claramente que temos indícios de possível dano ao patrimônio associativo a ser apurado aqui, fora a ilegalidade de propor outro sindicato em área já ocupada por um.

O "SindSimas" tem toda a cara de que está sendo apoiado pelo Comissário, que quer os pelegos lá no topo, impedindo e paralisando a categoria. Aliás fontes do blog já me confirmaram que essa manobra conta com forte apoio do Faraó.

Anúncio da criação do "SindSimas" foi recebido com festa no Planalto. Acima, foto ilustrativa.

Eu fico me perguntando como essa nova "entidade" será gerida, pois o Dr.Jarbas já é presidente da ANMP, médico do Estado de São Paulo, participa de várias entidades ou até recentemente participou de várias como SIMESP, APM, é delegado do Cremesp da Vila Mariana, mais a ABMLPM, mais FONACATE, mais Câmara Técnica Cremesp, mais Câmara Técnica CFM, já faz mágica pra estar em tantos lugares ao mesmo tempo e agora quer ser presidente de mais uma? Como consegue estar nelas todas o tempo necessário e devido?

Em 2012 a FENAM foi radicalmente contra o Sindicato dos Peritos. E com o SEGUNDO Sindicato, o SindSimas, será que terão a mesma postura?

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

DR. JARBAS, PRESIDENTE DA ANMP, TENTA CRIAR SINDICATO PARALELO AO OFICIAL - ONDE ESTÁ O DISCURSO DA "ÚNICA E LEGÍTIMA REPRESENTANTE" ?

A ANMP agora revela a verdade sobre sua oposição ao sindicato: O problema não era a existência do sindicato, e sim o sindicato não ser pelego e alinhado ao governo. Para resolver isso, o presidente Jarbas Simas resolveu dividir mais ainda a categoria e lançou o edital da fundação de MAIS UM sindicato pra categoria, provando que a existência do sindicato em si jamais foi problema, o problema era quem comandava.




Publicado no DOU de 23/09/2014 e nos principais jornais brasileiros no dia seguinte.

Uma publicação dessas não custa menos de 50 mil reais. Sei disso pois eu fui o presidente da comissão pró-fundação do verdadeiro sindicato dos peritos, existente desde 2012.

De onde saiu o dinheiro para o Dr. Jarbas publicar isso? Foi do bolso dele e de seus apoiadores ou foi da ANMP?

Lembrando que a ANMP aprovou na última AGO a obtenção de uma "carta sindical". O que a AGO autorizou foi que a ANMP pleiteasse junto ao MTE a obtenção dessa carta. Criar uma nova entidade sindical, mesmo que com o mesmo presidente, além de ser DIFERENTE do que a AGO aprovou, fere de morte o estatuto da entidade. E esse tipo de agressão ao estatuto tem punição grave prevista.

Que o Dr. Jarbas venha a público mostrar com os devidos comprovantes de onde saiu o dinheiro para esta publicação, bem como as publicações nos jornais em todo o país.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

RISCO DE PERITOS TERCEIRIZADOS - QUEM PAGA A CONTA? COMO O NOVO MODELO EVITARÁ ISSO?

Fotocópia de laudo do SABI de cidadão desvinculado que reentrou no RGPS (4 meses) e mandou um atestado pós-carência relatando doenças adquiridas antes da reentrada. = Caso mais comum no INSS, em especial na categoria "desempregado".

É para isso que existe um perito. O que o novo modelo farpa para evitar atestados assim?

Ah, vamos terceirizar a perícia pois é atividade médica "comum" e não precisa ser de carreira pública, correto Comissário? Olha ai o que o perito terceirizado fez...


Nomes e identificações omitidos e comentários em vermelho do blog - Erro clássico de perícia: Fixar a DII na Data do Atestado. História incompleta, exame físico absurdo. Resultado = cidadão sem direito por doença prévia agora vai ganhar B31 pra sempre, dada a natureza da queixa.

DID em 01/08/2013 - Por que?
DII em 10/03/14 - Já não estava incapaz antes?
DCB em 10/07/14 - Por que?
Considerações: "INAPTO" - Simples assim...

Para o cidadão leigo, é como se você batesse o carro e só depois fosse fazer o seguro e imediatamente executasse o mesmo. As seguradoras iriam quebrar no mesmo ano. Pois é isso que fazem no INSS, com a ajuda de gestores ineptos e políticas inssanas. Com a desculpa que o INSS analisa pessoas e não objetos, permite-se um rombo de gestão que esse ano chegará nos 100 BILHÕES DE REAIS. 

Por isso que o trabalhador aposenta recebendo tão pouco em relação ao que contribuiu. Olha pra onde está indo a grana. E ainda tem a coragem de meter um Fator Previdenciário pra reduzir mais ainda.

Ah, já vi um perito da casa fazer pior. Sim, mas para ele tem como correr atrás do prejuízo, punir, etc. Perito terceirizado? Nada a fazer, a não ser sentar e chorar, pois não há vínculo institucional.

Perícias do "naipe" acima estão sendo emitidas aos montes nas gerências onde existem terceirizados.

Imagina no novo modelo sem peritos...

BLOG PREMONITÓRIO E NOVO ATAQUE AOS TRABALHADORES

Ontem publicamos a derrota iminente na Justiça do INSS conta grandes empresas pelo fato da autarquia contabilizar na FAP anual das empresas os casos de NTEP sob recurso ainda pendente, o que fere a legislação brasileira.

Hoje o Ministério solta portaria com a FAP 2015 já prevendo que casos sob contestação ainda em análise não serão computados, ou seja, assumiu a derrota e já está se preparando com vaselina.

Mas enquanto isso outro ataque aos trabalhadores está em curso: Norma da DIRBEN, cuja fundamentação legal deixa dúvidas, prevê que agora os acidentes de trabalho não devem mais cair na conta das construtoras e sim das empresas criadas exclusivamente para empreendimentos imobiliários.

É prática corrente de empresas imobiliárias, como a do primo do Gabas (clique aqui), criar CNPJ específico para construir uma edificação e vincular toda a parte trabalhista e tributária neste CNPJ. Com isso, preserva-se o CNPJ oficial da construtora que, se estiver sub júdice, impedirá financiamentos, etc.

Mas o INSS, sabendo disso, sempre jogou os acidentes de trabalho dessas "empresas satélites" na conta da matriz principal, ou seja, a FAP da construtora é que era penalizada, o que é correto.

Só que agora a construtora está livre e os acidentes de trabalho serão todos jogados nas "empresas satélites". Quando a edificação ficar pronta, a empresa vai evaporar e os acidentes de trabalho ligados a ela vão sofrer o mesmo processo físico.

Prejuízo ao trabalhador, diminuição da FAP das construtoras, que recolherão bem menos ao INSS, e eventual penalização dos donos do edifício construído (seja de habitação ou comércio) já que na falta de quem culpár, vai acabar sobrando para eles, dada a "hermenêutica" elástica que existe nesse país.

E ai pessoal da CUT, CONTRAF, etc etc, gostaram?

FALA DA PRESIDENTE DILMA SOBRE O "ESTADO ISLÂMICO (ISIS)" FOI INDIGNA.

É só isso o que tenho a falar sobre as palavras da Presidente Dilma na ONU ontem sobre o grupo terrorista que decapita inocentes e escraviza sexualmente mulheres e meninas. Se for me alongar, posso ofender alguém...

terça-feira, 23 de setembro de 2014

CONFLITO DE INTERESSE? PAULO ROGÉRIO, CRIADOR DO NTEP E OCUPANTE DE COORDENAÇÃO DE BENEFÍCIOS DO MPS (DAS 4), CRIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO A R$ 5.000 POR CABEÇA, PARA ENSINAR AQUILO COM O QUAL TRABALHA DENTRO DO MINISTÉRIO.

O que vocês acham de um secretário do Ministério da Saúde criar uma pós-graduação em "auditoria do SUS" voltada para empresas/hospitais/médicos auditores, cobrando milhares de reais por aluno, para ensinar em recinto privado assunto com o qual ele lida todos os dias no Ministério e da qual caberia ele promover, de graça, capacitação sobre o tema?

Horrível, não?

E o que vocês acham do Coordenador-Geral de Monitoramento dos Benefícios por Incapacidade, código DAS 101.4, do Ministério da Previdência Social, Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira, que ganha 26 mil reais por mês do governo para trabalhar exclusivamente nessa coordenação (portal da transparência), que é o criador do NTEP (mecanismo que inverte o ônus da prova em relação ao enquadramento de acidente trabalhista e que é lei desde 2007 -clique aqui) e que lida justamente com o NTEP no seu dia a dia, abrir um curso de pós-graduação, a 5 mil reais a cabeça, voltado para médicos e empresas em geral, para ensinar justamente sobre o tema que ele, como coordenador, lida diariamente no MPS?

Ou seja: Você cria um mecanismo de reconhecimento de nexo doença-labor que vira lei à despeito das enormes críticas que o modelo apresenta (clique aqui, aqui, aqui, aqui), passa a lidar com ele todo o dia, ganha cargo comissionado de alta patente no MPS justamente para lidar com esse mecanismo (saúde do trabalhador, NTEP, etc - clique aqui para ver a portaria) e, permanecendo no cargo onde você tem poder de influência e comando, abre na iniciativa privada um curso de pós-graduação para ensinar justamente sobre os temas que você lida no dia-a-dia de seu cargo diretivo comissionado, a 5 mil reais a cabeça, e está tudo bem?

Vamos supor que dos milhões de empresas brasileiras, apenas 200 resolvam pagar para seus médicos do trabalho aprenderem os "segredos do NTEP" com o seu criador e ao mesmo tempo gestor público, Paulo Rogério. Só ai são R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) no bolso do curso. O que espera uma empresa que pague esse valor para o professor que ao mesmo tempo é gestor do NTEP dentro do INSS? Será que espera que seu médico apenas aprenda bastante? Espera ficar "conhecida" da gestão? Dos que mandam? O que espera uma empresa em situações assim?

Pior que isso, o curso é oferecido dentro da própria rede do INSS, como se fosse praticamente um curso promovido pelo INSS e seus gestores. Somente quando se clica nos links indicados é que vemos se tratar de um curso privado de pós-graduação:

http://profpaulorogerio.wpos.com.br/
http://profpaulorogerio.wpos.com.br/curso-pos-graduacao-distancia/saude-e-bem-estar-ead/nexo-tecnico-epidemiologico-previdenciario/21822.html

Repare que o Gestor Paulo Rogério omite, em seu currículo, que ocupa cargo comissionado DAS 4 junto ao MPS, na CGMBI. Apenas cita seu cargo original, auditor-fiscal, quando muito. Vejam no linkedin: https://www.linkedin.com/pub/paulo-rog%C3%A9rio-albuquerque-oliveira/29/901/405

Além disso, ele sempre dá um jeito de aparecer nas fotos e eventos, mesmo os que comparece a cargo do INSS/MPS, com fotos ou carregando exemplares dos livros que escreveu sobre o tema, como na foto do linkedin ou em aulas como essa: http://www.previdencia.gov.br/arquivos/office/1_121011-101330-719.pdf

Fora isso, o curso vem sendo apresentado nas redes internas de medicina do trabalho e da própria previdência social como se fosse praticamente um "favor" que Paulo Rogério faria aos alunos, a "Módicos" 5 mil reais por cabeça.

Será que o Ministro Garibaldi tá sabendo disso? Será que o Secretário Gabas tá sabendo disso? Será que uma empresa que pague pacotes fechados ou inscreva seus funcionários nesse curso, vai ter a expectativa de algo a mais por isso?

Se fosse apenas amoral e anti-ético, até daria discussão. Mas é pior, ao ler a lei 12.813/2013, fica a forte impressão de se estar cometendo uma ilegalidade. Essa lei dispõe sobre as situações que configuram conflito de interesses envolvendo ocupantes de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo federal, os requisitos e restrições a ocupantes de cargo ou emprego que tenham acesso a informações privilegiadas, os impedimentos posteriores ao exercício do cargo ou emprego e as competências para fiscalização, avaliação e prevenção de conflitos de interesses.

Em tese, DAS 4 não é automaticamente enquadrado, mas é enquadrado os casos onde os ocupantes "tenham acesso a informações privilegiadas, capaz de trazer vantagem econômica ou financeira para o agente público ou para terceiro, conforme definido em regulamento."

E qual é mesmo a função de Paulo Rogério como Coordenador-geral de Monitoramento dos Benefícios por Incapacidade do Ministério da Previdência Social? Vamos ao Regimento do MPS:

Art. 35. À Coordenação-Geral de Monitoramento dos Benefícios por Incapacidade - CGMBI compete:

I - participar da formulação da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador;
II - propor diretrizes gerais para o desenvolvimento de planos, programas e metas das atividades da perícia médica e reabilitação profissional no âmbito do Regime Geral de Previdência Social;
III - sugerir mecanismos de articulação e integração institucional, em relação aos diversos órgãos do Governo com atuação na área de segurança e saúde no trabalho, visando à integração das ações e produção de informações;
IV - participar de estudos e pesquisas em matéria de segurança e saúde no trabalho, visando constituir uma rede de colaboradores para o desenvolvimento técnico-científico na área;
V - propor estudos e buscar subsídios junto aos segmentos interessados, visando à elaboração e à instituição de programas e mecanismos de prevenção e proteção em segurança e saúde no trabalho;
VI - acompanhar e avaliar a implementação do Perfil Profissiográfico Previdenciário e suas repercussões sobre os benefícios por incapacidade;
VII - supervisionar e avaliar as atividades de concessão de benefícios vinculados ao gerenciamento de riscos ocupacionais e suas inter-relações com aplicação do Fator Acidentário de Prevenção - FAP e o Nexo Técnico Epidemiológico - NTEP;
VIII - desenvolver análises e pesquisas sobre séries históricas e a tendência de comportamento de benefícios por incapacidade; IX - planejar a especialização de ações para a melhoria da qualidade, correção e aprimoramento das ações do INSS no âmbito dos benefícios por incapacidade;
X - propor e acompanhar a revisão periódica dos manuais de procedimentos técnico-operacionais da perícia médica do INSS;
XI - elaborar, desenvolver e acompanhar projetos relativos aos benefícios por incapacidade;
XII - acompanhar e avaliar a aplicação da lei no que concerne às ações regressivas; e
XIII - preparar respostas a expedientes e pleitos originários dos órgãos vinculados ao Ministério, de segurados e contribuintes relacionados a benefícios por incapacidade.
É vidente que existe claro e evidente conflito de interesse entre o Paulo Rogério gestor, DAS 4, coordenador-geral de monitoramento de benefícios por incapacidade, que é o gestor que supervisona todos os assuntos relacionados a NTEP/FAP junto ao MPS/INSS, com o Professor Paulo Rogério, que dá aula em universidades privadas sobre o tema, auferindo lucro, e agora monta uma pós-graduação exclusiva sobre o NTEP, a 5 mil reais a cabeça, pós-graduação essa que tem ele como coordenador e professor principal e que na prática só existe em função dele, porque ELE é o "NTEP Man" do INSS.

De manhã eu coordeno, tenho acesso a dados privilegiados sobre NTEP, estatísticas, as últimas decisões, as empresas listadas, tudo. A noite, eu dou aula sobre isso. 

O que os professores de medicina do trabalho, que estudaram o assunto e a lei do NTEP, acham de ter como concorrentes em seus cursos de pós-graduação o homem que é justamente o COMANDANTE DO NTEP dentro do INSS?

O que seria conflito de interesse? Segundo a Lei 12.813/13, configura conflito de interesses caso a pessoa que ocupe cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo Federal pratique alguma das seguintes condutas:

I – Informação privilegiada
Divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em proveito próprio ou de terceiro, obtida em razão das atividades exercidas.

II – Manter relação profissional com pessoa interessada em decisão da qual o agente público participe
Exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio com pessoa física ou jurídica que tenha interesse em decisão do agente público ou de colegiado do qual este participe.

III – Exercer atividades incompatíveis com o cargo ou emprego e em áreas correlatas
Exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja incompatível com as atribuições do cargo ou emprego, considerando-se como tal, inclusive, a atividade desenvolvida em áreas ou matérias correlatas;

IV – Atuar como procurador, consultor etc. de interesses privados na Administração Pública
Atuar, ainda que informalmente, como procurador, consultor, assessor ou intermediário de interesses
privados nos órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Repare que o agente público do Poder Executivo federal não poderá atuar como procurador, consultor, assessor ou intermediário de interesses privados em qualquer órgão ou entidade da administração pública federal, estadual ou municipal, de qualquer dos poderes (e não apenas do Executivo).

V – Praticar ato em benefício de pessoa jurídica de seu interesse próprio ou de cônjuge/parentes
Praticar ato em benefício de interesse de pessoa jurídica de que participe o agente público, seu cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, e que possa ser por ele beneficiada ou influir em seus atos de gestão.

VI – Receber presente de que tenha interesse em decisão da qual o agente público participe
Receber presente de quem tenha interesse em decisão do agente público ou de colegiado do qual este
participe fora dos limites e condições estabelecidos em regulamento.

VII – Prestar serviços à empresa controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente público
Prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente ao qual o agente público está vinculado.

Obs1: existe conflito de interesses mesmo que o agente público esteja de licença ou afastado
As situações acima listadas, que configuram conflito de interesses, aplicam-se aos agentes públicos mesmo que estejam em gozo de licença ou em período de afastamento.

Obs2: essas vedações acima explicadas são aplicáveis a todos os agentes públicos no âmbito do Poder
Executivo federal.

O NTEP virou um abacaxi dentro do INSS, os recursos das empresas e trabalhadores estão acumulados a vários anos, mas o gestor do assunto parece mais interessado em ganhar dinheiro dando aula do que botar a casa em ordem, não é possível um anúncio desses quando o INSS está sendo processado por dezenas de empresas que querem o congelamento da FAP até os recursos do NTEP serem julgados.

Evidente que montar uma pós-exclusiva sobre tema de enorme impacto econômico do qual você é o "gestor público" do assunto além de parecer anti-ético e imoral, parece que viola vários dos conflitos acima descritos.

Viola tantos em nossa opinião que achamos melhor encaminhar o assunto ao Ministério Público Federal, para averiguar se isso pode ou não.

Será que o curso, o professor/gestor Paulo Rogério vai explicar porque o CNAE da indústria automobilística foi apagado na hora de publicar o decreto do NTEP? 

TÁ QUASE LÁ, DONA DULCINA!!!!

Das 20 melhores gerências no GDASS, nenhuma é de São Paulo.

Das 20 piores gerências no GDASS, 9 são de São Paulo.

Tá quase lá, Dona Dulcina. Mais um pouco e a senhora emplaca o 10x0 para calar a boca dos seus opositores como a PIOR SUPERINTENDÊNCIA do Brasil em gestão e administração.

O padrão "felipão" tá mantido.

MAIS UMA DERROTA A VISTA - NTEP E CONTRADITÓRIO

Este blog soube que o INSS está para sofrer uma baita derrota na Justiça envolvendo o NTEP e empresas grandes, como bancos e indústrias de grande peso.

Algumas delas entraram na justiça, alegando que seus recursos de NTEP estão parados há anos nas gavetas da inssanidade e que sem esse julgamento é ilícito colocar esses casos no cálculo do FAP anual e que isso vem gerando prejuízo às empresas, que tem seu contraditório prejudicado.


As empresas alegam que sem o devido tramite do processo administrativo até o final, é ilegal colocar aquele caso de NTEP no cálculo do FAP e que o INSS só poderia fazê-lo após tramitado em julgado o recurso.


O INSS tem recursos de NTEP engavetados há anos. Se perder a ação, além de prejudicar o cálculo da FAP, o INSS pode ter que arcar com a devolução de valores que somam os milhões de reais a essas empresas.

Tudo isso porque o INSS é mal gerido, mal administrado e só se importa com a fila de perícia médica, uma vez que processo de papel não grita. Mas agora parece que quem vai gritar será a fazenda nacional, quando vier o valor da fatura a ser paga pela incompetência do INSS em tramitar os processos em prazo hábil.

PELEGO PERDE MAIS UMA

Não basta ser pelego, tem que apanhar, levar chifre, facada nas costas e continuar sorrindo.

Está uma briga de facas dentro do INSS pelas preciosas vagas de assistentes técnicos médicos para a procuradoria federal especializada na nova hierarquia que está sendo construída pelo INSS em conjunto com a AGU cuja primeira normativa (PT CONJ INSS/PFE 04/2014) foi publicada há duas semanas. Em especial o cargo de coordenador dos médicos, que ficará sediado dentro da AGU, com promessa de função gratificada recompensadora, é objeto de cobiça de diversos pelegos que sempre ajoelharam-se aos pés dos gestores inssanos.

Interlocutores ligados a fontes do blog se surpreenderam quando viram diretores de Brasília defendendo enfaticamente o nome de determinado perito, muito eloquente e garboso, para a coordenação paulista dos ATM junto à PFE. Principalmente porque o perito em questão nesse momento está ocupando cargo junto a entidade associativa/sindical e, em tese, teria que renunciar ao cargo para assumir tal coordenação.

Quando gestores defendem a indicação de um "sindicalista" para uma boquinha, já sabemos a quem serve o "sindicato/associação", não é?

Só que pelego que é pelego nunca aprende e este blog foi informado que apesar do lobby intenso que se fazia a favor desse pelego, um segundo nome, não alinhado à entidade associativa em questão, foi aprovado e será indicado ao cargo tão cobiçado.

E, pior para o pelego, a pessoa que será indicada sequer estava sondando a vaga e foi surpreendida com o convite, chamada justamente para impedir que o pelegão conseguisse seu pleito, já que seu nome não era consenso da parte da AGU. Claro que a pessoa indicada possui laços de amizade e partidários com Brasília, mas até onde sabemos nunca fez uso deles para ficar na sombra. Também é querer demais que a gestão nomeasse um "inimigo político" para cargo de tamanha relevância. Mas o pelego, não. Esse tem que continuar onde está, pelegando o governo e emperrando a associação sindical.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A SOCIEDADE BRASILEIRA PRECISA HUMANIZAR SUA RELAÇÃO COM SEUS MÉDICOS.

O que os senhores achariam se eu defendesse que empregados domésticos estivessem disponíveis 24h por dia, não tivessem direito a comer, almoçar e jantar em horários regulares, nem mesmo viajar ou curtir seus filhos? E que não podem errar, senão serão condenados e execrados publicamente?

E o que achariam se eu defendesse que os domésticos e os bancários não poderiam cobrar pelos seus serviços, já que são importantes para a sociedade, e que eles deveriam ver o lado "social" do trabalho deles pois se quisessem ficar ricos que mudassem de profissão já que esta não foi feita para "mercenários"?

Bom, a essa altura eu já estaria preso, mas antes disso eu também tive tempo de defender que, apesar de não poderem ter vida própria, se alimentar, cobrar pelo trabalho feito e estarem sempre sorridentes para o atendimento, que eles sequer poderiam determinar como trabalhariam, pois isso seria a cargo do Estado, e que apesar de trabalharem de graça, não poderiam sair com um pãozinho da padaria sem pagar por ele?

Gostaram? O que acham que eu sou? Já devo estar sendo chamado dos piores nomes possíveis. Agora vamos trocar a palavra "empregado doméstico" e "bancário" por "médico". Mudou alguma coisa?

Para a sociedade brasileira sim. Muda muito. Recentes pesquisas mostraram que, para a sociedade brasileira, o "bom médico" tem que ter esse perfil:
 
- Estar disponível 24h por dia sem se queixar.
- Não cobrar pelo serviço, ou se for cobrar, que seja barato, pois não pode lucrar com a saúde dos outros.
- Deve estar sempre atualizadíssimo. E tem que pagar os congressos com dinheiro próprio, claro.
- Não pode errar. Nunca.
- Não pode fazer o paciente esperar para ser atendido.
- Mas quando o paciente for atendido, tem que ser tratado com todas as honras e esperar o paciente falar tudo, sem pressa, por horas se necessário.
- Não pode se queixar nunca e deve estar sempre limpo, asseado e sorridente.
- Mas não pode fazer o paciente esperar por estar no banho, almoçando ou jantando.
- Não pode viajar sem "deixar um suplente" para caso o paciente precise.
- Ninguém quer pagar o médico mas também não dão desconto ao médico em seu respectivo comércio.
 
 
Exigências que seriam consideradas caso de polícia em outras profissões são consideradas "aceitáveis" quando se trata de médicos. Isso mesmo.
 
A revolução cultural que estamos vivendo nos últimos 50 anos, associado a dezenas de fatores a qual não detalharei agora, fizeram a população crer que não apenas a saúde é seu direito, mas "ter o médico" a sua disposição também é um direito, e que não devem pagar nada por isso, nem lutar por esse direito, muito menos cuidar dos que cuidam deles ao adoecer.
 
A forma mais abjeta desse pensamento vem quando se associa o salário/lucro do médico a algo "pejorativo, feio, sujo" por estar lidando com doenças, "deveria ser de graça", "absurdo", dizem. Esse sofisma está no fato de se associar o trabalho médico à mesma obrigação imposta ao Estado pela Constituição e que por "ser obrigação" que o médico não deveria receber nada por sua atuação.
 
Grande erro. A obrigação de manter a saúde de todos em dia é do ESTADO BRASILEIRO, não de um médico individual. É o Estado que tem que fornecer meios e profissionais para valer esse dever constitucional, e não o médico, pessoa física, sacrificar sua vida para fazer o que o Estado rico e corrupto não quer fazer.
 
Abrir mão de sua vida para se doar aos outros é um ato de altruísmo. Um ato de heroísmo. Não pode ser imposto a um coletivo. Igual a esmola. Altruísmo, heroísmo e esmola só fazem sentido se forem atos voluntários. Se forem atos obrigatórios, esmola vira tributo e altruísmo em dever. Perde o sentido e cria uma exploração.
 
Medicina não é sacerdócio. Medicina é uma profissão e como tal deve ser tratada. O chamado "compromisso com o ser humano" é uma bandeira que todas as profissões devem ter, até a das meretrizes e coveiros. Médico é um trabalhador como qualquer outro e seus legítimos anseios de prosperidade devem ser respeitados como os são para qualquer outra categoria na atual sociedade capitalista onde isso é permitido.
 
No dia em que eu for procurar um médico, vou querer que ele esteja limpo, atualizado, disponível e que seja eficaz, claro. Mas para isso eu também vou querer que ele esteja alimentado, sem problemas externos que possam atrapalhar sua atuação, descansado, calmo e, principalmente, bem remunerado. Se não por mim, diretamente, pelo Estado que suga metade do que produzimos anualmente.
 
Pense nisso da próxima vez que você "exigir" gritando que o médico que está atendendo uma pessoa no posto pare tudo para "lhe atender imediatamente".
 
A sociedade brasileira trata seus médicos como se fosse escravos. Não são. Fala-se em "humanizar a medicina", desculpa esfarrapada para trocar a medicina oficial por algo mais barato. Porém achamos que, diante dessas "opiniões" medidas em pesquisas, é a sociedade que precisa "humanizar" suas relações com seus médicos.

domingo, 21 de setembro de 2014

POLÍCIA QUE NÃO PODE SEQUER SE DEFENDER, NÃO IRÁ DEFENDER NINGUÉM.

Que tipo de sociedade é essa que estamos construindo? Para onde queremos ir quando mídia e governo e "formadores de opinião" se unem para condenar um policial que, em legítima defesa, usou de força letal para se defender de um ataque?
 
Estou falando do caso do PM paulistano que matou um camelô em São Paulo essa semana. Resumo do caso: Policiais em patrulha apreendem camelôs vendendo DVD pirata em uma movimentada rua de comércio paulistano. O camelô oferece resistência e, em solidariedade, dezenas de colegas de trabalho e populares se unem para ameaçar os 3 PM que faziam a apreensão. Dois imobilizaram o camelô preso e um ficou na retaguarda. Um camelô avançou para cima desse PM que revidou atirando, o camelô morreu e virou mártir. Será?

Em primeiro lugar, vamos lembrar a lei. O Código Penal contém justificativas ou causas de exclusão da antijuridicidade relacionadas no artigo 23, ou seja, estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito, como se vê:

Exclusão de ilicitude
Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato:
- em estado de necessidade;
- em legítima defesa;
- em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular de direito.

Também diz o Código de Processo Penal, em seu teor, artigos que permitem o emprego de força por policiais no exercício profissional, como:
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou tentativa de fuga do preso.(... )
 
Em segundo lugar, vamos aos critérios de uso de força por um policial de acordo com a hierarquia do primeiro ao último recurso, sendo a lista abaixo um consenso entre forças policiais:
 
1) Intimidação pela presença física
2) Intimidação pela verbalização
3) Submissão pelo controle físico
4) Táticas defensivas não-letais (exemplo: uso de armas não letais como spray de pimenta, ou sacar e empunhar uma arma de fogo sem atirar)
5) Uso de arma letal (tiro defensivo)
 
Reparem que o tiro defensivo só pode ser dado em último caso, quando todas as táticas anteriores falharam em controlar o alvo ou a multidão a ser dominada.
 
Agora vamos ver a foto do momento que precede ao tiro:

 


Essa era a visão do sargento da PM antes do tiro defensivo. Reparem, e podem checar isso nos vídeos feitos pelos próprios manifestantes, que as quatro etapas foram cumpridas à risca, sem sucesso: presença física, verbalização, controle físico e táticas não-letais não impediram a população local de atacar a polícia.
 
Reparem que o policial atua adequadamente de acordo com os manuais, ao sacar a arma e mantê-la abaixada, com o dedo FORA do gatilho, como manda a regra.
 
MESMO ASSIM, um dos mais de 25 (VINTE E CINCO) manifestantes agressivos vistos apenas nesta foto, avançou para atacar o policial e tomar-lhe a arma não-letal.

Se o PM deixa isso ocorrer, o próximo passo seria o avanço de todos com o linchamento dos policiais. Em legítima defesa, foi dado o tiro defensivo.
 
Pode-se discutir se havia condições ou não de acertar outra parte do organismo, mas é impossível prever que, qualquer que fosse a parte atingida, que não haveria morte. Falam que ele deveria ter atirado na perna. E se pegasse a artéria femoral, uma das mais calibrosas do corpo?
 
Portanto, acho sim que todo caso que envolva morte de cidadão por PM deve ser apurado, até para os PM não se sentirem "livres" em matar, mas jamais tratando o PM como bandido e muito menos prendendo-o como se fosse um reles assassino.
 
A lei já diz, em legítima defesa não há crime, e a foto comprova que ele estava em legítima defesa, ao contrário do que quer impor a mídia progressista ditatorial dos tempos atuais.
 
Uma polícia que não tem o direito de se defender, não irá defender ninguém. Só espero que os progressistas não precisem passar por um ataque de bandidos, assassinatos em famílias ou coisa similar, para aprender isso.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

PRESIDENTE DA ANMP AMEAÇAR PUNIR PERITOS QUE FALAREM MAL DO PT NO FÓRUM DA ENTIDADE

É isso mesmo o que vocês leram. Obviamente a mensagem está guardada mas o Presidente da ANMP, Jarbas Simas, numa aparente confusão entre crítica construtiva e crítica de ódio, acaba de proibir no fórum associativo que peritos falem mal do PT, invocando artigos do estatuto da associação, que aparentemente ignoram o direito à livre manifestação, vedada o anonimato, presente no artigo V da CF 88.

Como o mesmo estatuto veda publicação de material do fórum fora dele, não postarei a imagem, mas fica aqui o comentário, pois já que não podemos falar mal de partidos no fórum, aqui no blog pode. E de todos.

DR. SÉRGIO CARNEIRO, DR. LINDOLFO, QUEM VAI RESSARCIR O ESTADO BRASILEIRO DOS BENEFÍCIOS FRAUDULENTOS QUE VIRÃO COM O FIM DA PERÍCIA?

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/09/1517786-policia-prende-dois-suspeitos-de-falsificar-atestados-medicos-em-sp.shtml

Somente na foto ai abaixo dava pra gerar uns 30 benefícios por incapacidade fraudulentos, uma vez que pelo modelo que defendem Lindolfo e Carneiro, bastaria apresentar um desses no balcão da APS para sair com o dinheiro na conta.

Quantos benefícios ilegais já não devem estar rolando em Porto Alegre heim??

CARO DR. SÉRGIO CARNEIRO, QUER RESPONDER AO JOVEM??


CARO SÉRGIO CARNEIRO, COMO O NOVO MODELO (SEM PERITOS) VAI IMPEDIR ESSES ATESTADOS FALSOS DE GERAREM BENEFÍCIOS FRAUDULENTOS?

http://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/falso-medico-e-preso-acusado-de-vender-atestados-no-rj-18092014

http://www.portalguanduense.com.br/noticia/14891/-homem-e-preso-por-apresentar-atestado-medico-falso-no-trabalho-

http://www.folhavitoria.com.br/policia/noticia/2014/06/patrao-denuncia-ex-funcionario-por-entregar-atestado-falso-em-loja-de-shopping-em-vila-velha.html

http://www.topatudonews.com.br/ver.php?id=2236

http://portal.tododia.uol.com.br/_conteudo/2014/07/cidades/32706-policia-investiga-esquema-de-venda-de-atestados-falsos.php

RESPOSTA DO INSS À ANMP É UMA COLETÂNEA DE DEBOCHES

A resposta do INSS ao "principal" meio de pressão da ANMP, ofícios, dessa vez um ofício que listava uma série de exigências da ANMP em relação ao trabalho pericial, é uma sucessão de deboches e mostram que o sentimento que a presidência do INSS dá aos peritos é próxima ao zero grau fahrenheit, isso porque 2014 seria "o ano da perícia" segundo palavras do atual mandatário.

Apenas citando um exemplo do que falo, vejam a resposta dada à pergunta sobre a CRER:


Não preciso dizer mais nada. O ofício sequer foi assinado pelo presidente e sim por sua chefe de gabinete em claríssimo ato de desprezo institucional pelos peritos e a audiência solicitada, sequer respondida.

Isso porque o Jarbas era "amigo" dos "caras"... Imagina se não fosse... Relembrando uma charge que fez sucesso...


domingo, 14 de setembro de 2014

MÉDICOS COM DILMA - DIRETOR DA ANMP APÓIA DILMA.

Saiu em blogs alinhados ao petismo uma lista de "Médicos que apóiam Dilma", lista essa incontestada até o presente momento.

Uma lista pra lá de murcha, em sua maioria médicos de PSF, quase ninguém das universidades e nenhum médico famoso ou conhecido em determinada área. Em relação à lista de 2010, desidratou em 2/3 em tamanho. Nem Gastão Wagner, ídolo dos sanitaristas e homem forte da saúde petista, se dignou a assinar a mesma. Que fase, heim?

Tem petista histórico que defende a derrota nessa eleição para se expurgar os "carguistas" (dilmistas) e reconstruir o partido em suas bases históricas. Ainda tem gente lúcida no atual PT.

Porém ao passar o olho na mesma, identifiquei dois peritos do INSS que declaram seu apoio à Dilma, ao Mais Médicos e ao veto ao ato médico.

Será que são peritos da linha de frente? Claro que não. Um é SST e a outra é RT da DIRSAT em determinada SR. São esses o tipo de apoio que  Dilma consegue atualmente. O SST faz parte da diretoria da ANMP (Comissão Fiscal). Com isso já são dois diretores da ANMP que estão publicamente alinhados ao atual governo, a outra virou vice-DIRSAT.

Para saber mais:

http://www.perito.med.br/2014/06/tendencia-governista-na-anmp-explicaria.html

http://www.perito.med.br/2014/02/lembrar-e-viver-quem-sabe-em-2015.html

http://www.perito.med.br/2014/02/mais-um-escandalo-de-diretores-da-anmp.html

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

COMPLICOU PRO COMISSÁRIO

Consta que amanhã o Ministro Garibaldi vai entrar de férias para se dedicar à campanha de Dilma e de seu filho, candidato a deputado federal pelo RN.

Em sua ausência, assume o Comissário Gabas, que também luta por tempo livre para fazer campanha em sua terra natal, Araçatuba. Com isso vai ficar difícil sobrar tempo para o comissário continuar sua campanha.

Inclusive soubemos de informes de que, em demonstração de força, o comissário teria reunido na Vila Mariana esses dias, fora do expediente, um grupo de "apoiadores" para prestigiar candidatos a deputados por Araçatuba que contam com seu apoio.

O que os candidatos presentes não sabiam é que a "base" presente não passava de gerentes de APS convocados "por livre e espontânea pressão", em sua grande maioria apolíticos e sem militância, para fazerem número ao teatrinho montado para impressionar o partido.

Entenderam porque as calçadas estão esburacadas?

terça-feira, 9 de setembro de 2014

COMO CONSEGUIR SE ENCOSTAR RAPIDAMENTE, COM AULAS DO PRÓPRIO INSSANO - OU SERIA A CAMPANHA "VAMOS ELEGER TARSO E DILMA"?

O INSS nunca, nunca, nunca, nunca quis se mover para ensinar ao segurado como proceder adequadamente para comparecer em uma perícia médica. Jamais quis cumprir seu dever legal e se limitava a informações burocráticas em internet ou informações incompletas e/ou que beiravam à fraude como no 135 flagrado pela TV Globo.

Sempre lutamos para o INSS fazer seu papel mas ele sempre se recusou, causando assim o caos nas APS e os gerentes por sua vez preferiam pressionar os peritos a atender de qualquer maneira do que remarcar e fazer o correto.

Por isso impressiona o que o INSS está fazendo nesse momento em Porto Alegre, capital do RS, onde o comissário Tarso Genro está levando uma surra nas pesquisas eleitorais e a presidente vence por margem apertada.

Ao invés de cumprir a determinação judicial e fazer as reformas administrativas para diminuir a fila em Porto Alegre, trouxe 20 administrativos de Mossoró para ficarem dedicados à concessão automática de auxílio-doença (mesmo Porto Alegre tendo TMEA menor que 45 dias).

Não contentes, agora o INSS envia para cada segurado que agenda um Ax1 nas gerências do Sul sob ACP o seguinte memorando, detalhando com pormenores o que ele deve levar para ganhar o auxílio-doença sem passar em perícia. Coisa que o INSS jamais fez para os outros segurados em situação de avaliação médico-pericial. Jamais. E ainda cita um "GT do Reconhecimento Simplificado":




Diante da facilidade em se obter um atestado médico falso, fica evidente que o INSS anda mais preocupado em conceder de qualquer jeito do que se esforçar para fazer todos os segurados passarem em perícia médica. 

Será que o companheiro Tarso se salva? Pois se ficar doente na campanha, basta seguir os passos acima que ao menos o auxílio-doença ele consegue.

PROGRAMA "SALVE TARSO" EM AÇÃO - MENTIRA SOBRE RESPONSABILIZAÇÃO PECUNIÁRIA AOS PERITOS DO SUL

Alô SIMERS!!!

Peritos de duas GEx do RS me procuraram preocupados com ameaças veladas partidas de chefias de que os peritos que "não realizassem" TODAS as perícias da agenda seriam responsabilizados pecuniariamente pela não realização da mesma.

Mentira (Caô) das grossas.

Primeiro que não há amparo legal para tal responsabilização, nem jurídico nem administrativo, nem nas gerências livres de ACP e nem nas submetidas à ACP uma vez que o apenado na ACP é o INSS e não o perito individualmente e a ACP é clara ao falar que o INSS deve fazer as ações (que não fez) antes de começar a pagar sem perícia.

Segundo que devidamente justificado, qualquer não realização de perícia não pode ser questionada administrativamente.

Terceiro que o telegrama revelado hoje mostra que o INSS vem se empenhando para pagar benefícios sem perícia e não fazer as medidas administrativas necessárias para baixar a fila.

E por fim, a sentença do MEP proíbe a penalização de peritos por não fazerem a carga total de perícias determinada pela autarquia, se a remarcação for justificada.

Portanto, colegas, esqueçam essas ameaças e se vierem de novo, peçam por escrito.

OPINIÃO PERITO.MED: CASO PETROBRÁS

A presidente Dilma presidiu o conselho da Petrobras por oito anos quando era ministra de Lula, nomeou seus diretores, dentre eles Paulo Roberto Costa, e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia). Aprovou a compra da refinaria de Pasadena, sua campanha pela reeleição é paga com dinheiro arrecadado pelo tesoureiro do PT, João Vaccari, e todos os que nomeou, pagam suas despesas de campanha e aliados foram denunciados recebendo propina. Mas ela diz que “não sabe de nada" e que "não atinge o governo".

Aos petistas históricos, resta o consolo de que Dilma não é "orgânica" e sim fruto do brizolismo. Por que tá difícil defender essa situação...

SOMOS AMIGOS, AMIGOS DO PEITO...

Tá pegando mal o Comissário falar agora em toda reunião em que comparece que precisa "ajudar" seu amigo "Jarbas" e que precisa fazer "algo pelos peritos" para impedir que "Jarbas perca em 2015". 
Chegou ao cúmulo de chamar os peritos de "carreira diferenciada", acreditam?? 

Os gerentes administrativos que ouviram ficaram irritados e tão começando a achar que o Comissário mudou de time e criticaram duramente o discurso feito esses dias por ele em São Paulo e em Brasília.

Até a vice-comissária foi vista em reunião insuniando que o "governo estaria preocupado" com uma eventual "derrota de Jarbas".

Mas na verdade, fiquem tranquilos, colegas chefetes. É tudo mise-en-scène. Que nem quando certa entidade associativa divulga aos seus associados, dias depois de perder a liminar, que entraram com determinada ação para "lutar contra o governo", ou quando prometeu "paralisações pontuais", entenderam?

COM SUPERINTENDÊNCIA PERDIDA E LARGADA AO CAOS, BRASÍLIA PRECISA INTERVIR ATÉ EM ASSUNTOS DO COTIDIANO, EM SÃO PAULO

Soubemos que a vice-comissária, Elisete Berchiol, teve que vir a São Paulo esses dias resolver uma pendência na Gerência Guarulhos. O INSS teve uma APS incendiada nessa GEx e desde então o absurdo se instalou com servidores tendo que trabalhar no meio do carvão, odor e absoluta falta de estrutura do que restou do equipamento, objeto de denúncias sucessivas dos sindicatos.

Mas porque a vice-comissária teve que desembarcar nas terras bandeirantes para resolver algo tão corriqueiro como a reforma de um prédio incendiado? Simples, pois a omissão da Gerência local e da Superintendência levaram a situação ao pé de uma crise institucional, inclusive com ameaças de intervenção pelo MPF e Prefeitura de Guarulhos, que também é PT como a Superintendência.

Mas não adianta serem alinhados politicamente quando a gestora nomeada para São Paulo é tão ineficaz, mas tão ineficaz, que acaba exigindo a intervenção de Brasília para resolver algo que seria atribuição local.

Soma-se a isso o despejo em Amparo-SP, por calote no aluguel. Onde estava a Superintendência para resolver essa situação antes de tomar uma ordem de despejo?

Dulcina não monitora suas APS? Não verifica situações de risco? O que ela faz, exceto reportar ao comissário o dia a dia na SR?

Dulcina e a Diretoria do INSS adoram cobrar "produtividade" dos servidores e esfregar isso na cara de todo mundo. E a "produtividade" dos gestores, da superintendente, como podemos aferir? Óbvio que para eles não haverá nenhuma gratificação vinculada à produtividade de gestão, senão iam ficar sem salário.

É o caos, o caos....

CAOS DA GESTÃO DE DULCINA - HAVIA UMA CALÇADA NO MEIO DO CAMINHO...

Publicamos recentemente notícia dando conta que o INSS havia sido condenado em recurso a consertar calçadas do entrono de suas APS em São Paulo, obrigação ao qual vinha se esquivando, pois o ente público está sujeito à mesma obrigação municipal segundo decisão proferifda.

Como o público-alvo do INSS são idosos e doentes de toda sorte, já é o cúmulo da desumanização e do absurdo saber que o INSS deixava calçadas esburacadas e mal conservadas na porta de suas APS.

Saber então que o assunto precisou ir à justiça é quase hediondo. Se Dulcina Golgato não consegue resolver sequer o problema de uma calçada, preferindo levar o assunto às raias dos tribunais, como pode ocupar o cargo mais importante, no maior estado brasileiro, de um ministério que tem o maior impacto social do Brasil?

Não seria mais fácil mandar um dos vários engenheiros da superintendência para a subprefeitura da Sé e dizer: "digam o que está errado com a calçada que vamos consertar hoje" e ponto final? Mas dinheiro para recepcionar comitiva de argentinos, isso tem?

Que falta de diálogo é essa? Que falta de gestão é essa? Isto porque é tudo PT: Prefeitura e Superintendência, imagina se não fosse...  Chega a ser inacreditável!!!! Depois ainda tem a coragem de falar em gestão publica, etc , etc , etc.

Deixar segurado adoecido ou idoso sob risco de queda e grave traumatismo em frente às APS, ou quebrar a bengala e cadeira de rodas em calçadas esburacadas e sem nenhuma segurança, isso é correto, Dulcina? E ainda falam em humanização? Que cara de pau!

Dulcina, uma sugestão: Chama o deputado Tiririca, que ele resolve, pois palhaçada é com ele mesmo.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

SENTAR E CHORAR - ESTUDO DA PERDA DE COMPRA DO SALÁRIO DO PERITO MÉDICO 2000-2014 - JÁ ESTAMOS GANHANDO MENOS QUE EM 2000

Estudo feito por colaborador do blog mostra o impacto da inflação no poder de compra do salário pago aos peritos médicos desde o ano 2000, baseado no IPCA.

Diferente dos cálculos já apresentados correlacionando perda inflacionária nominal, este estudo mostra o impacto da inflação e da defasagem da correção salarial no poder de compra do perito, ou seja, do bruto recebido, o que ele consegue de fato comprar com o que ganha.

O poder de compra é a capacidade de adquirir bens e serviços com determinada unidade monetária. Por exemplo, se você entrou em um supermercado com R$ 100 no ano de 2000 e conseguiu comprar um quantidade maior de itens do que nos dias de hoje, isso significa que essa base monetária tinha maior poder de compra no ano de 2000. Nesse estudo, O poder de compra foi representado com base no ano de 2000, ou seja, com o que ganhamos hoje, o que daria para comprar se fosse em 2000?

O estudo mostra que os aumentos salarias ocorridos após 2008 foram insuficientes para manter o poder de compra que tínhamos em abril de 2007, quando a curva chegou ao seu pico máximo. Desde então, só estamos perdendo valor, ou seja, o que ganhamos mensalmente a cada mês compra menos do que no mês anterior e os aumentos não foram suficientes para repor essa perda, tomando por base 2007, último ano em que tivemos de fato uma mudança de patamar financeira.

Para empatar com o poder de compra de 2007, nosso salário deveria ser, bruto, R$ 10.976,34.

Só que é pior do que se pensa: Em 2000, a carga horária era de 20h. Enquanto auditores e policiais dobraram o salário nesse mesmo período sem alteração na carga horária, os peritos tiveram a carga horária dobrada de 20h para 40h.

Isso quer dizer que em 2000, um perito do INSS tinha o poder de compra equivalente a R$ 2.237,65 para fazer 20h. Em 2014, nosso poder de compra é o equivalente a R$ 3.941,23 para fazer 40h, ou seja, R$ 1.820,00 para 20h.


Isso significa que após uma década de enganação, o INSS paga hoje em dia, em termos de poder de compra, 19% a menos do que pagava em 2000 aos peritos médicos do INSS.


Enquanto as outras carreiras dobraram o salário (mesmo corroído pela inflação), nós estamos andando para trás. É esse tipo de estudo que deveria embasar uma revindicação salarial para a nossa carreira, mas para isso precisamos de pessoas competentes nos representando e não pelegos sorridentes.


Para saber mais:

domingo, 7 de setembro de 2014

EDITORIAL: OS DILEMAS DO MUNDO PROGRESSISTA MULTICULTURAL E A NECESSIDADE DE UMA ESCALA DE DESIGUALDADE SOCIAL

Nesse mundo multicultural politicamente correto, as pessoas que se identificam com as diretrizes que permeiam essa ideologia, às vezes chamadas de esquerdistas mas na verdade são progressistas (não é a mesma coisa), possuem bem definidas em suas cabeças as situações nas quais devem se posicionar a favor e contra.

Porém com a expansão dos conceitos de minorias e de deveres sociais, quem é progressista muitas vezes acaba sendo colocado diante de verdadeiros dilemas sociais na qual duas pessoas classificadas como "minorias" se defrontam em um antagonismo típico do clássico "burguês x proletariado" onde é fácil para esse grupo se posicionar.

O choque em ver uma minoria atuando de maneira "opressora e dominante" sobre outra minoria, embaralhando os conceitos arraigados do multiculturalismo vigente, normalmente deixa os progressistas em estado de choque ao ponto de ficarem mudos, sem responder aos questionamentos, como no caso do jovem negro pobre e homossexual que virou prioridade do governo quando a suspeita era de homicídio mas foi relegado ao esquecimento quando descobriram ser suicídio (clique aqui). Ou então leva à omissão de dados, como no recente caso envolvendo a torcida do Grêmio no jogo contra o Santos.

A burguesinha branca de cabelos claros identificada foi condenada à morte pela sociedade "justa" e "igualitária", por ter feito uma ofensa de cunho racista no alambrado de um estádio de futebol. Por conta disso teve a casa apedrejada e se mudou as pressas de Porto Alegre e está condenada para sempre por ter sido filmada. Se ela andasse na rua de sua casa com certeza seria espancada até a morte. Quem tem ódio mesmo?

Longe de querer defender ou justificar a idiotice da torcedora, mas torcedores negros e mulatos do Grêmio flagrados no mesmo ato de xingamento foram "poupados" de críticas, apesar de terem sido identificados e até mesmo expulsos do estádio pelo clube, por terem feito o mesmo xingamento ao goleiro santista. Difícil acusar um negro de ser racista contra outro negro? A solução é omitir e paulada na branquela atrevida.

Na era onde "o correto é tratar desigual os desiguais" e onde a opinião diferente, mesmo infame, é tratada com apedrejamento público e incitação à violência, por muitas vezes fica complicado definir quem é mais desigual do que outro quando o clássico vilão (homem branco trabalhador com dinheiro, dono de propriedade, cristão/judeu, adulto) não está em um dos lados da equação a ser analisada.

Imaginem o drama dos progressistas quando, por exemplo, recebem a notícia de quem uma pessoa favelada, negra e sem ensino fundamental é flagrada ofendendo com dizeres homofóbicos uma transsexual que passava na rua onde ele, negro e excluído, pedia esmola. A quem condenar? Quem tem razão? E se o transsexual proferisse ofensas raciais e sócio-discriminatórias ao pedinte? Quem teria razão? Como se posicionar? A quem os progressistas devem apoiar?

Vejamos essa foto abaixo: 


Vemos homens vestidos segundo os princípios do grupo racista Ku Klux Klan cercando homens mulatos e negros algemados no meio da floresta. Aqui é moleza se posicionar. Uma foto dessas seria capa da TIME, do NYT, da FSP e com certeza levaria o prêmio Pulitizer do ano, auferindo lucros e fama ao fotógrafo, que passaria a frequentar eventos da alta sociedade, colunas sociais e festinhas hypes para dar um verniz "humano" aos eventos.

Só que não, a foto acima é uma montagem grosseria. A verdadeira foto está abaixo:


Agora a coisa complicou. Sâo índios que por conta própria agrediram e prenderam trabalhadores negros e mulatos, acusados de roubarem madeira de suas terras. Como se posicionar? A quem devo prestar apoio? A quem Caetano e Gil devem fazer cartas abertas de solidariedade? Para qual grupo Maria do Rosário, Juca Kfouri, Kennedy Alencar, Mino Carta, Ideli Salvatti, Alberto Dines, Gilberto Dimenstein, PHA, Guilherme Boulos, Nelson de Sá e toda a burguesia "24/7", dentre outros, irá escrever artigos, depoimentos e livros?

O mundo mudou e não dá mais para dividi-lo entre burgueses e trabalhadores, se "aliar" aos trabalhadores para oprimir a democracia (mas governar apoiando o lucro dos burgueses para receber seu quinhão) escolhendo um determinado segmento para oprimir e servir de bode expiatório e elemento de união das massas protegidas, como no passado recente fizeram o nazismo, o fascismo italiano, o getulismo, peronismo, etc.

A pós-modernidade com seu caráter multicultural, polifacetado, gera uma miríade de possibilidades de enfrentamentos que desafiam a lógica dos modernos pensadores e defensores de minorias e do Estado babá, muito além da velha relação patrão x empregado na qual foi construída a cultura progressista (se quiser me chamar de fascista, obrigado).

Urge, diante da necessidade de não incorrermos em injustiças sociais, elaborar uma escala de desigualdade social. Entre tantas minorias (que somadas já passam em muito a "maioria"), entre tantos "desiguais" a serem tratados "desigualmente" e amparados pelo Estado Babá (ou fascista, conforme queiram) comandado pelo "Grande Tutor" (ou ditador, conforme queiram), é necessário uma escala, uma pedra da roseta, para sabermos diante de conflitos assim, quem merecerá nosso apoio e quem deverá ser condenado e perseguido.

O que vale mais em termos de desigualdade? Estar em situação de rua ou ser mulher solteira com filhos? Ser homosseuxal ou negro? Depender de ônibus ou andar de bike? Ser índio ou portador de deficiência grave?

Taí um bom trabalho para a Secretaria de Direitos Humanos - SDH. Melhor fazer isso que contratar ONG fantasma para fazer pseudociência com tabelas de deficiência que no fim serão ajustadas pela turma da fazenda para diminuir o enquadramento que geraria o maior gasto financeiro.