segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

ENQUANTO BUSCA VINGANÇA CEGA CONTRA A CLASSE MÉDICA, FLÁVIO DINO ESQUECE DE TRABALHAR, DEIXA EMBRATUR À DERIVA E PREJUDICA TURISMO DO BRASIL EM PLENO PERÍODO DE COPA E OLIMPÍADA.

Flávio Dino é uma pessoa ferida. Seu filho morreu em uma UTI de Brasília após crise de asma. Ex-Juiz e atual político de confiança do Planalto e Presidente da Embratur, está em uma busca cega de ódio por vingança contra a classe médica a quem acusa de erro pela morte de seu filho. A justiça porém discorda e já livrou a colega da primeira acusação. Cabe recurso, obviamente. 

O caso é complexo: O pai afirma que o seu filho jamais poderia ter morrido de asma, mas se asma é doença fácil assim o que fazia seu filho em uma UTI? Talvez o primeiro dos erros médicos aqui foi o do colega pneumologista, não identificado, que disse ao ex-Juiz que asma é uma doença benigna. Ledo engando, asma é uma das doenças mais mortais e ao mesmo tempo mais negligenciadas. O CRM vai apurar e a Justiça também se houve erro médico ou não.

Porém o fato é que Flávio Dino, desde a morte de seu filho, empreende uma cruzada anti-médica sem precedentes nesse país. Recentemente conseguiu liminar para a ANVISA determinar limite de jornada de trabalho para médicos, num claro abuso de poder pois nenhuma profissão nesse planeta possi limitação de jornada para atividade privada. Somente a pública é regulamentada por lei e a regida pela CLT. Obviamente se trata de uma tentativa frustrada pois a ANVISA NÃO POSSUI poder legal de determinar carga horária de médico.

Mas se pudesse, seria uma hecatombe na saúde brasileira. Imagina se determinam a mesma jornada celetista, por exemplo? Todos os programas de residência médica, que são 60h semanais, iriam ter que ser cancelados. O INSS iria perder todos os peritos, que iriam usar as 40h em outra atividade, a medicina privada iria morrer. O médico da Presidente Dilma não poderia mais atendê-la, já que cumpre carga horária de 40h semanais como Professor-Titular de Cardiologia da USP.

Óbvio que se trata de devaneio perdoado pela dor que sente até hoje. Deus me livre de ter dor assim um dia.

Mas o que é imperdoável, e isso exige uma ação do governo urgente, é que em sua busca cega de ódio contra os médicos, ele abandonou a Embratur e o turismo brasileiro vive dias de trevas. Em pleno período de Copa do Mundo e Olimpíada, é inaceitável que a Embratur, comandada por Dino, tenha ficado ausente das principais feiras de turismo mundiais, como a BIT de Milão.

Reportagem recente de Cláudio Humberto ilustra o drama, em sua coluan de 14/01/13, recentíssima:


14/01/2013 | 00:00

Embratur diminui
presença do
Brasil no mundo

À frente de políticas de turismo, a Embratur praticamente não justificou sua existência em 2012, sobretudo na missão de divulgar o Brasil no exterior. Talvez abatido com a morte do filho, vítima de negligência em hospital de Brasília, o presidente da autarquia, Flávio Dino, diminuiu e até cancelou a presença do Brasil em feiras internacionais de turismo, como a célebre BIT de Milão (Itália), da qual participava havia 20 anos. Isto às vésperas da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

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14/01/2013 | 00:00

Dormindo no ponto

A Embratur reduziu para um terço seu espaço na Bolsa de Turismo de Lisboa, cuja empresa aérea TAP é a que mais voa para o Brasil.


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14/01/2013 | 00:00

Turistas para quê?

O Brasil também se ausentou da Top Resa, único evento de turismo no mercado francês, e reduziu à metade sua presença na Fitur de Madri.


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14/01/2013 | 00:00

Ignorando a clientela

Por decisão da Embratur, o Brasil reduziu à metade seu espaço no ITB de Berlim, na rica Alemanha, o maior evento turístico do mundo.


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14/01/2013 | 00:00

Complexo de vira-latas

Nas feiras das quais ainda participa, o Brasil ocupa espaços menores que países como Paraguai, até compartilhando estandes. Um vexame.



Ou seja, a atuação de Flávio Dino é um vexame e compromete o Brasil no exterior.


A presidente Dilma deveria urgentemente retirá-lo do cargo. Além do prejuízo ao turismo nacional, ela pode vir a ficar sem o seu médico de confiança.

2 comentários:

Paulo Taveira disse...

Não sei de onde tiraram que asma não mata! É muito é grave a doença! veja-se o prórpio desfecho do cego pela dor, Dino! Deus me livre de dor assim um dia, mas isto que ele faz é insano!

raccioly disse...

"Cruzada anti-médica" é dose... desde quando lutar pela limitação da jornada de trabalho dos médicos é perseguição? Pelo contrário, isso apenas beneficia todo mundo, tanto médicos quanto pacientes. Se um piloto não pode voar quanto tempo quiser, pelo risco de causar desastres e também destruir sua saúde, os médicos jamais deveriam dar plantões de mais de 24 hs. É no mínimo irresponsável dar plantões de 36, 48 ou sabe lá quantas horas, sem falar no quanto é desumano e prejudicial à saúde dos profissionais... isso não é um "direito" dos médicos (aliás, direitos de indivíduos e/ou categorias profissionais não tem precedência sobre o interesse público... e é de interesse público ter médicos capazes de oferecer o melhor atendimento possível, o que certamente não é o caso quando alguém está trabalhando por mais de 12 horas seguidas). O que é preciso fazer é lutar por remuneração adequada, e jornadas de trabalho viáveis. Plantão não é maratona e medicina não é prova de resistência. E o detalhe é que eu também sou médico, mas torço para que haja leis - não apenas liminares - que limitem os plantões a no máximo 12 horas, com punições pesadas às instituições que permitam que algum médico trabalhe por mais que este limite. E lógico, temos que lutar por remuneração justa, e não nos submetermos a condições de trabalho abusivas. Só que para isso os médicos tem que se mobilizar.